Plenário aprova projeto sobre normas para uso do solo da Mata Seca

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na Reunião Extraordinária da noite desta terça-feira (2...

23/10/2007 - 00:02
 

Plenário aprova projeto sobre normas para uso do solo da Mata Seca

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na Reunião Extraordinária da noite desta terça-feira (23/10/07), em 1º turno, o Projeto de Lei (PL) 1.116/07, da deputada Ana Maria Resende (PSDB). O projeto estabelece normas para o uso alternativo do solo da Mata Seca. Foi aprovado, ainda, o PL 1.446/07, também em 1º turno. Do governador do Estado, o projeto revoga o artigo 22 da Lei 14.699, de 2003, que dispõe sobre formas de extinção e garantias do crédito tributário. O artigo 22 trata da exigência de depósito prévio para a interposição de recurso junto ao Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais. "Fico feliz que o governo do Estado e a Secretaria da Fazenda tenham reconhecido um equívoco. Essa era mais uma burocracia desnecessária", afirmou o deputado Antônio Júlio (PMDB).

O PL 1.116/07 considera mata seca o complexo vegetacional decidual e a caatinga arbórea hiperxerófila, exceto as que ocorrem na Mata Atlântica - caso em que são tratadas por lei federal. O artigo 2º do projeto original determina que fica permitido o uso alternativo do solo em, no máximo, 40% da área total de propriedades rurais onde ocorra mata seca em fase primária, que apresentem cobertura florestal nativa remanescente igual ou superior a 80% da área total. O texto aprovado tem como base o substitutivo apresentado e aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais. O substitutivo incorporou os Projetos de Lei 1.224/07, do deputado Gil Pereira (PP), e 1.228/07, do deputado Almir Paraca (PT), que tratam do mesmo assunto.

De acordo com o substitutivo, que amplia o limite permitido para a implantação de projeto agropecuário, será permitida a implantação de projetos agropecuários em até 70% da área total das propriedades rurais em região de Mata Seca com áreas em estágio de regeneração inicial, médio e avançado. Em propriedade rural que possua mais de 80% de sua área coberta com Mata Seca primária, ou seja, que nunca tenha sido cortada, a implantação de projeto agropecuário sustentável será permitida em até 40% da área total.

Debate - Os deputados Antônio Júlio e Carlos Pimenta (PDT) discutiram o PL 1.116/07, da deputada Ana Maria Resende. Ambos acreditam que é necessário haver um grande debate sobre o tema. "Acho o projeto um grande passo, mas as regras não podem ser mudadas durante o jogo. Está havendo um equívoco em relação às áreas do Norte de Minas", avaliou Antônio Júlio. "Comemoramos a aprovação, mas queremos fazer, entre o 1º e o 2º turno, uma ampla discussão", afirmou Carlos Pimenta. Segundo ele, enquanto o Norte mineiro tem 57% de terras remanescentes, o Triângulo Mineiro, por exemplo, tem 7%. "Ninguém hoje consegue plantar no Norte do estado", comentou.

 

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