Investimento em etanol é tema de debate na
ALMG
A Comissão de Política Agropecuária e
Agroindustrial da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais
vai realizar, nesta segunda-feira (29/10/07), às 14 horas, no
Plenário, o Debate Público Etanol - Investimentos e impactos em
Minas Gerais, a requerimento do presidente da comissão, deputado
Vanderlei Jangrossi (PP). O parlamentar, que fará a abertura do
debate, disse que pretende "esclarecer o mito de que os
investimentos na produção da cana-de-açúcar vão estagnar outras
culturas, como a de grãos, e a pecuária". Segundo ele, o setor
sucroalcooleiro representa apenas 0,8% das terras cultivadas em todo
o Estado.
O parlamentar lembrou que Minas Gerais tem inúmeras
propostas de investimentos em novas usinas de etanol e plantações de
cana-de-açúcar. Por isso, é preciso aproveitar a oportunidade
histórica e a vantagem competitiva alcançada na produção de álcool
combustível. O deputado disse ainda que o estado é o terceiro
produtor de etanol no Brasil (a partir da cana), perdendo para o
Paraná, que está em segundo lugar, e para São Paulo, que ocupar a
primeira posição. A expectativa para o próximo ano, segundo
Vanderlei Jangrossi, é que Minas seja o segundo maior produtor do
país.
O diretor de Articulação Regional e Promoção de
Minas Gerais, do Instituto de Desenvolvimento Integrado do estado
(Indi), Maurício Cecílio, vai representar o secretário de
Desenvolvimento Econômico, Márcio Araújo de Lacerda, no evento. Ele
vai falar sobre "os impactos socioeconômicos e ambientais dos
investimentos no setor". Maurício Cecílio disse que vai fazer um
panorama sobre a produção do etanol: número de empregos gerados,
localização dos empreendimentos, critérios adotados pelo estado para
apoiar novos investimentos, entre outros. Segundo informações do
diretor, o Brasil é o maior exportador do produto derivado da
cana-de-açúcar, e os EUA é o maior produtor do etanol derivado do
milho.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa), Gilman Viana, será um dos debatedores do
evento. Na opinião dele, combustíveis renováveis, como etanol,
metanol e biodiesel, serão os substitutos dos não-renováveis ou
fósseis. Ele defende uma convivência responsável entre a utilização
de áreas agricultáveis para a agroenergia, as áreas utilizadas para
produção de alimentos, e a preservação das áreas de reserva
ambiental como a Amazônia e o Pantanal. "O Brasil tem absoluta
condição de manter este equilíbrio", observou.
Os outros debatedores convidados são o presidente
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
(Faemg), Roberto Simões; o presidente da Federação dos Trabalhadores
na Agricultura do Estado (Fetaemg), Vilson da Silva; o presidente do
Sindicato das Indústrias de Álcool e Açúcar de Minas Gerais
(Siamig/Sindaçúcar), Luiz Custódio Cotta Martins; o
pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (Ufla),
José Roberto Scolforo; e a superintendente técnica da Fundação
Biodiversitas, Gláucia Moreira.
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