Venda de guloseimas em escolas é criticada em Ciclo de Debates

O presidente do Conselho de Alimentação Escolar de Minas Gerais (CAE), Élido Bonomo, criticou a venda de guloseimas n...

18/10/2007 - 00:01
 

Venda de guloseimas em escolas é criticada em Ciclo de Debates

O presidente do Conselho de Alimentação Escolar de Minas Gerais (CAE), Élido Bonomo, criticou a venda de guloseimas nas cantinas dos colégios. Para ele, tais produtos se contrapõem às diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o argumento de algumas diretoras de que o dinheiro é necessário para cobrir despesas dos estabelecimentos de ensino não é válido. "É preciso encontrar outra maneira para solucionar o problema financeiro, que não seja vendendo guloseimas", acrescentou.

Élido Bonomo, que abriu o painel "Controle Social do PNAE", no ciclo de debates Alimentação Escolar como Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional, realizado no Plenário da Assembléia Legislativa, nesta quinta-feira (18/10/07), chamou atenção para a importância da elaboração correta do cardápio escolar. "Além de rico e balanceado, tem que estar de acordo com a região e atender a agricultura familiar", opinou. O presidente do CAE, entretanto, reconheceu que isso só é possível com a participação de uma equipe técnica especializada, com a atuação de nutricionista, e pediu ao Estado a contratação destes profissionais.

A contratação de nutricionistas foi a principal reivindicação do integrante do Colegiado da Escola Estadual Maria Amélia Guimarães, em Belo Horizonte, Marcos César Ribeiro Pereira, que também pediu melhoria da qualidade dos alimentos servidos aos estudantes. "Eu gostaria de saber para onde vai o dinheiro da merenda, pois não existe um acompanhamento de como está sendo usada esta verba. Não é demais lembrar que muitas crianças vão à escola não só para aprender, mas para merendar ", disse.

Debates - Na fase de debates, o deputado Deiró Marra (PR), que presidiu o painel, lembrou que existe um projeto de lei em tramitação na ALMG que obriga a presença de pelo menos um nutricionista em cada Superintendência Regional de Ensino. "A Assembléia é uma espécie de caixa de ressonância dos anseios da população. Isso inclusive, é um desejo antigo dos diretores que são obrigados a fazer de próprio punho, juntamente com as cantineiras, os cardápios escolares", afirmou.

O deputado João Leite (PSDB), por sua vez, afirmou que o conselho é frágil, de atuação limitada e sugeriu o incremento da equipe técnica e mudanças na composição da instituição. "Minas Gerais tem 853 municípios e é um Estado muito grande. Mas às vezes o governo federal se esquece disso e o trata da mesma maneira que o Rio de Janeiro, que tem 92", disse.

 

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