Universidades públicas querem redução nas contas de energia

Reitores de universidades públicas de Minas Gerais querem redução nos custos da energia elétrica. Esta é uma das reiv...

18/10/2007 - 00:00
 

Universidades públicas querem redução nas contas de energia

Reitores de universidades públicas de Minas Gerais querem redução nos custos da energia elétrica. Esta é uma das reivindicações que eles apresentaram ao presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), e outros 11 deputados, em reunião no Salão Nobre nesta quinta-feira (18/10/07). As 14 universidades públicas sediadas no Estado querem que seja levado em consideração o alto custo da eletricidade gasta em seus laboratórios, tendo em vista a expansão dos cursos noturnos prevista no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Segundo o diretor do Fórum dos Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Adipes), Carlos Sigueiuki Sediyama, o Reuni vai elevar em 25% o número de alunos matriculados nas universidades federais. "As instituições mineiras estão entre as melhores do País, e a continuidade do seu sucesso depende de trabalho conjunto", afirmou Sigueiuki, que é reitor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Pedro Ângelo de Almeida Abreu, lembrou que o Pará concede isenção total da conta de energia da sua universidade federal. "Prestamos um serviço público, e entendo que não deveríamos pagar imposto sobre a energia elétrica", disse.

Para o presidente Alberto Pinto Coelho, o assunto precisa ser discutido em profundidade. "Tem que haver políticas públicas que proponham tributação e composição tarifária diferenciadas para as universidades públicas. Não vejo razão para as instituições de Minas Gerais terem tratamento diferenciado em relação aos outros Estados", afirmou. Ele lembrou o risco de se criar precedentes para outras isenções de tarifa. "A Cemig tem que cumprir o seu papel social, mas também tem que dar satisfação para seus acionistas", ponderou. O presidente manifestou apoio à criação de uma frente parlamentar para apoiar as reivindicações das universidades.

Para o líder da Maioria, deputado Domingos Sávio (PSDB), a questão deveria ser resolvida em âmbito federal. "A Cemig é uma empresa que atua numa economia de mercado, de acordo com as regras estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", explicou. O gerente de Relacionamento com o Poder Público da Cemig, Márcio Barbosa de Rezende, que participou da reunião, informou que o setor elétrico é regulamentado pela Aneel. Ele pediu aos reitores que formalizem propostas bem fundamentadas para serem encaminhadas à empresa, que por sua vez apresentaria as reivindicações à Aneel.

A deputada Elisa Costa (PT), que organizou o encontro, defende a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a energia elétrica consumida pelas universidades públicas. Ela disse que é possível incluir uma emenda com essa finalidade ao Projeto de Lei 1.585/07, que reduz a carga tributária de diversos produtos.

Universidades têm pauta de reivindicações

A pauta de reivindicações das universidades inclui ainda redução dos custos da telefonia e apoio à informatização dos novos campi, aos programas de educação à distância, à implantação dos parques tecnológicos e à manutenção das emendas federais que destinem recursos para essas instituições. Os reitores defendem também a continuação dos repasses para os programas de fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

Além da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e Universidade de Minas Gerais (Uemg), o Estado conta com unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e outras 11 instituições federais sediadas em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Lavras, Ouro Preto, São João del-Rei, Uberaba, Uberlândia, Viçosa, Alfenas, Itajubá e Diamantina. São 52 campi, com 105.526 alunos de graduação.

Presenças - Deputados Alberto Pinto Coelho (PP), Domingos Sávio (PSDB), Dimas Fabiano (PP), Ruy Muniz (DEM), Doutor Viana (DEM), Carlin Moura (PCdoB), Gil Pereira (PP), Eros Biondini (PHS) e Arlen Santiago (PTB); e as deputadas Elisa Costa (PT), Gláucia Brandão (PPS) e Maria Lúcia Mendonça (DEM).

 

 

 

 

 

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