Pronto para Plenário PLC que trata da carreira do defensor público

Está pronto para ser apreciado, em 1º turno, pelo Plenário o Projeto de Lei Complementar (PLC) 29/07, do governador d...

09/10/2007 - 00:01
 

Pronto para Plenário PLC que trata da carreira do defensor público

Está pronto para ser apreciado, em 1º turno, pelo Plenário o Projeto de Lei Complementar (PLC) 29/07, do governador do Estado, que altera a Lei Complementar 65/03 e, originalmente, fixava o subsídio dos membros da Defensoria Pública. A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) aprovou parecer favorável ao projeto na tarde desta terça-feira (9/10/07).

O relator, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), opinou pela aprovação do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça, da emenda nº 1, da Comissão de Administração Pública, e ainda apresentou as emendas de 2, 3 e 4. Desmembrado pelo substitutivo da CCJ, que apresentou o PL 1.658/07, o PLC trata, agora, apenas da estrutura da carreira, do reposicionamento e do quantitativo de cargos de defensores, enquanto o PL trata dos subsídios.

A emenda nº 2 da FFO suprime o artigo 8º do substitutivo, que acrescentava ao artigo 41 da Lei Complementar 65, o texto "e em todos os graus de jurisdição, inclusive nas instâncias especial e extraordinária". Esse acréscimo na estrutura do órgão, de acordo com o relator, acarretaria despesas excessivas, incompatíveis com o orçamento do Estado. Lafayette de Andrada ressalva, no entanto, que a instalação da Defensoria Pública continuará sendo obrigatória em todas as comarcas de Minas Gerais, como previsto na lei.

A emenda nº 3 inclui no artigo 77 da Lei Complementar 65, parágrafo que assegura o recebimento de subsídio, direitos e vantagens pelo defensor público que se afastar para exercer a presidência da Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais.

Já a emenda nº 4 altera o parágrafo único do artigo 12 e o parágrafo 2° do artigo 19 da Lei Complementar, estabelecendo que o cargo de defensor público geral será exercido pelo subdefensor público geral, se a vaga surgir nos últimos seis meses do mandato; e nos casos de afastamento previstos no artigo 19. A emenda suprime da lei a menção ao subdefensor "mais antigo", pois o cargo é único.

O PLC prevê mudanças na carreira do defensor público, entre elas, cria 282 cargos, elevando para 1.200 o número de profissionais no Estado. Também divide a carreira em cinco classes, em vez das três existentes. Essas alterações foram previstas pelo substitutivo nº 1, da CCJ. Já a emenda nº 1, da Comissão de Administração Pública, assegura aos defensores o recebimento da gratificação natalina e do terço constitucional de férias.

Emendas rejeitadas - Após a leitura do relatório, a FFO recebeu três emendas do deputado Sargento Rodrigues (PDT), que foram rejeitadas pelo relator, cuja decisão foi acompanhada pelos demais parlamentares. Lafayette de Andrada se dispôs a analisar as sugestões em 2º turno, mas advertiu que as emendas causam impacto financeiro ao Tesouro estadual. O relator considerou, ainda, que o teor das emendas é mais adequado ao PL 1.658/07, que trata dos subsídios dos defensores.

As emendas do deputado Sargento Rodrigues prevêem assegurar aos assistentes jurídicos penitenciários, equivalência salarial com os defensores públicos Classe I, e a integridade dos ganhos na ocorrência de aposentadoria e óbito (no caso de pensões). Segundo o autor, seriam beneficiados 43 servidores em todo o Estado.

Durante a reunião, também foi aprovado o PL 1.357/07, que doa imóvel ao município de Piraúba.

Elogios - Os deputados elogiaram a luta dos defensores públicos mineiros pela aprovação do projeto, embora todos tenham reconhecido que nem todas as reivindicações da categoria foram atendidas. Para Elisa Costa (PT), a aprovação mostra o "reconhecimento do papel da Defensoria Pública em Minas Gerais".

Sebastião Helvécio (PDT) afirmou ter convicção de que as proposições que tramitam na Assembléia Legislativa significam um grande avanço para a Defensoria, órgão que ele considera "um dos mais importantes elementos da cidadania e da democracia em Minas Gerais".

Já Lafayette de Andrada ressaltou que o relatório apresentado foi fruto de entendimento entre os defensores públicos e o governo do Estado, iniciado por um movimento grevista, mas que evoluiu para o diálogo. "Dentro do possível, foi uma grande conquista", disse o parlamentar.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Lafayette de Andrada (PSDB) e Sebastião Helvécio (PDT), e a deputada Elisa Costa (PT).

 

 

 

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