PLC 27 está na pauta do Plenário para votação em 1º turno

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 27/07 está na pauta da Reunião Extraordinária de Plenário desta terça-feira (9/10...

09/10/2007 - 16:22
 

PLC 27 está na pauta do Plenário para votação em 1º turno

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 27/07 está na pauta da Reunião Extraordinária de Plenário desta terça-feira (9/10/07), a partir das 9 horas, para votação em 1º turno. O projeto do governador institui a Unidade de Gestão Previdenciária Integrada (Ugeprevi) e o Conselho Estadual de Previdência do Estado (Ceprev), mas o ponto mais polêmico da proposta original é a efetivação dos servidores designados da Educação. O PLC 27/07 também está na ordem do dia das Reuniões Ordinária, a partir das 14 horas, e Extraordinária da noite, a partir das 20 horas.

Segundo o Poder Executivo, a criação do Ceprev visa à unicidade e à padronização das normas e dos procedimentos adotados para a concessão de benefícios previdenciários. O projeto faz várias adequações no sistema previdenciário estadual, para ajustá-lo à reforma da Previdência, implementada em 1998, para promover a passagem de um sistema com base no tempo de serviço para um regime de previdência de caráter contributivo. O artigo 7º do texto original trata da efetivação de pessoal, estabelecendo que os servidores que estejam em exercício na data da publicação da lei, nas situações indicadas, bem como os que se aposentaram nessas condições, em razão da natureza permanente da função para a qual foram admitidos, são titulares de cargo efetivo desde a data de ingresso, observada a correspondência com a função atualmente exercida e, nos termos da Lei Complementar 64. Estimativas do governo do Estado são que cerca de 91 mil servidores serão efetivados.

Substitutivo nº 1 - A Comissão de Constituição e Justiça apresentou ao projeto o substitutivo nº 1, que conferiu mais clareza ao texto, aprimorando-o quanto à técnica legislativa e incorporando a emenda apresentada pelo governador para manter as autarquias Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM) e Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

Emendas nº 1 a 6 - A Comissão de Administração Pública apresentou seis emendas ao substitutivo nº 1, para aprimorar o texto e atender a categorias do funcionalismo. A emenda nº 1 pretende dar garantia aos servidores de que não haverá mudança nos direitos já adquiridos e acrescenta expressão "legislação pertinente" ao parágrafo 1º do artigo 1º do substitutivo, para garantir que a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios previdenciários dos segurados sigam as normas em vigor.

A emenda nº 2 inclui, no artigo 3º, alguns membros no Ceprev, entre eles, o comandante-geral da Polícia Militar e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais. Também muda a forma de indicação do secretário executivo do Conselho, que deverá ser escolhido pelo presidente do Ceprev, entre servidores, militares ou um de seus membros. A emenda nº 3 muda o artigo 7º, considerando que, para fins de aposentadoria, será contado o tempo de contribuição e não o tempo de serviço. Ainda foram feitas alterações para garantir que não serão computados como tempo de serviço os períodos em que os servidores não se encontravam em efetivo exercício.

A emenda nº 4 muda a redação do artigo 12, assegurando a autonomia administrativa, financeira e orçamentária do Ipsemg e do Instituto de Previdência do Legislativo do Estado de Minas Gerais (Iplemg). Já a emenda nº 5 também inclui a expressão "legislação vigente" ao inciso IV do artigo 13, para garantir benefícios já assegurados pelo IPSM. A emenda nº 6 retira parte do texto que assegurava aos servidores os benefícios previdenciários previstos no artigo 79 da Lei Complementar 64, de 2002, que está sendo revogado.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária seguiu o parecer da Comissão de Administração Pública, opinando pela aprovação do projeto, em 1º turno, na forma do substitutivo nº 1 e com as seis emendas.

Emendas de Plenário

No dia 25 de setembro, o projeto teve a discussão de 1º turno encerrada no Plenário, quando foram apresentadas à matéria dez emendas e um substitutivo. As emendas foram dos deputados Sargento Rodrigues - PDT (nº 7), Sávio Souza Cruz - PMDB (nº 8), Arlen Santiago - PTB (nº 9), Doutor Viana - DEM (nºs 10 e 11), Lafayette de Andrada - PSDB (nº 12), Rêmolo Aloise - PSDB (nº 13) e Carlin Moura (PCdoB), nºs 14 a 16. O substitutivo nº 2 foi apresentado pelo deputado Irani Barbosa (PSDB).

O substitutivo nº 2 incorpora o substitutivo nº 1, da CCJ, e as seis emendas da Comissão de Administração Pública. Ele também acrescenta um dispositivo para vedar a possibilidade de dispensa imotivada de servidores de função pública ou de funcionários que comprovarem cinco anos de atividades exercidas no serviço público, seja em nível municipal, estadual ou federal. As emendas nº 7 e nº 9 têm o objetivo de desvincular os militares da Ugeprevi. As emendas nº 8 e nº 10 visam assegurar a servidores de função pública o direito ao apostilamento. Já a emenda nº 11 tem a finalidade de garantir aos servidores cedidos para outros órgãos o posicionamento na carreira do órgão em que eles estejam trabalhando. A emenda nº 12 pretende beneficiar servidores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) que já têm o direito à estabilidade. Já a emenda nº 13 visa efetivar os servidores de gabinete da ALMG. A emenda nº 14 tem o objetivo de incluir como dependente dos segurados do Regime Próprio de Previdência os companheiros de união homo-afetiva estável. A emenda nº 15 visa efetivar os professores designados da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A emenda nº 16 pretende garantir que os servidores beneficiados com o PLC 27/07 continuem recebendo suas aposentadorias, mesmo que a futura lei seja declarada inconstitucional. Para isso, essa emenda prevê que o Estado lance mão dos recursos do Fundo Financeiro da Previdência.

O projeto e as emendas voltaram para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para receberem parecer. A comissão opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, da CCJ, com as emendas nºs 1 a 6, da Comissão de Administração Pública. A comissão também opinou pela rejeição do substitutivo nº 2 e das emendas nºs 7 a 14 e 16. A emenda nº 15 foi considerada prejudicada pelo relator, deputado Zé Maia (PSDB), diante do substitutivo nº 1.

 

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