Projeto amplia uso de área de mata seca para agropecuária

A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, nesta quarta-feira...

03/10/2007 - 00:01
 

Projeto amplia uso de área de mata seca para agropecuária

A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, nesta quarta-feira (3/10/07), parecer favorável de 1º turno ao Projeto de Lei (PL) 1.116/07, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que estabelece normas para o uso do solo nas áreas de Mata Seca.

A proposição foi aprovada na forma dos substitutivo nº 1, incorporando os projetos 1.224/07, do deputado Gil Pereira (PP), e 1.228/07, do deputado Almir Paraca (PT), que tratam do mesmo assunto, divergindo somente quanto ao limite permitido para a implantação de projeto agrícola.

De acordo com o substitutivo do relator, deputado Fábio Avelar (PSC), será permitida a implantação de projetos agropecuários em até 70% da área total das propriedades rurais em região de Mata Seca com áreas em estágio de regeneração inicial, médio e avançado. Em propriedade rural que possua mais de 80% de sua área coberta com Mata Seca primária, ou seja, que nunca tenha sido cortada, a implantação de projeto agropecuário sustentável será permitida em até 40% da área total.

Águas de chuva - O PL 14/2007, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que dispõe sobre a contenção de águas de chuvas nas áreas urbanas foi apreciado em 1º turno.

O parecer foi pela aprovação na forma do substitutivo nº 2 e pela rejeição do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça, que condicionava a concessão de alvará para funcionamento de estacionamentos com um único pavimento à implantação de piso drenante ou naturalmente permeável em no mínimo, 30% da área total.

Já o substitutivo nº 2 determina que o percentual de permeabilidade deve ser definido pelo município e anexa os projetos 942/2007, do deputado Fábio Avelar, e 1.458/2007, do deputado Agostinho Patrus Filho (PV) ao PL 14/2007. Acrescenta que a autorização de órgão municipal para a construção de edificações fica condicionada à apresentação de projeto de coleta, armazenamento e aproveitamento de água de chuva; e que a água captada deverá ser armazenada em caixas coletoras próprias.

Certidão negativa - Foi aprovado também parecer favorável de 1º turno ao PL 529/2007, do deputado Padre João (PT), que institui a exigência de certidão negativa de débito social-ambiental nos processos de licença ambiental.

A proposição foi aprovada na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça. De acordo com o parecer do deputado Rômulo Veneroso (PV), a proposta da CCJ estabelece caminhos claros para o licenciamento ambiental e para a renovação dessas licenças, adquirindo maior abrangência pela proposição inicial. O projeto original se limita à renovação de licenças ambientais, sem, contudo, inovar no que diz respeito ao licenciamento ambiental em suas três vertentes: as licenças prévia, de instalação e de operação.

Fora da pauta - O PL 6/2007, do deputado Paulo Guedes (PT), que altera o artigo 17 da Lei 14.309/2002, sobre políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado, foi retirado de pauta a requerimento do deputado Almir Paraca (PT). A comissão aprovou ainda quatro projetos de lei e cinco requerimentos que dispensam a apreciação de Plenário.

Requerimentos - Também foi aprovado requerimento de autoria do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) solicitando uma visita da comissão aos municípios de Piranga, Presidente Bernardes, Porto Firme e Ervália, na Zona da Mata, para verificar as denúncias apresentadas pelo IEF e pela Polícia Militar de devastação da Mata Atlântica na região.

Outro requerimento aprovado, solicita a realização de audiência pública nas cidades de Viçosa e Pitanga para discutir o desmate ilegal de reserva florestal.

Presenças - Deputados Sávio Souza Cruz (PMDB), presidente; Fábio Avelar (PSC), vice-presidente; Almir Paraca (PT); Inácio Franco (PV) e Wander Borges (PSB).

 

 

 

 

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