Adiada para quarta exame de parecer sobre emendas ao PLC 27/07

Pela segunda vez, foi adiada a votação do parecer sobre as emendas apresentadas em Plenário ao Projeto de Lei Complem...

02/10/2007 - 00:01
 

Adiada para quarta exame de parecer sobre emendas ao PLC 27/07

Pela segunda vez, foi adiada a votação do parecer sobre as emendas apresentadas em Plenário ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 27/07. A votação estava prevista para esta terça-feira (2/10/07) à noite, na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O projeto propõe a criação da Unidade de Gestão Previdenciária Integrada (Ugeprevi) e do Conselho Estadual de Previdência, mas o ponto mais polêmico é a efetivação dos servidores designados da Educação, proposta no artigo 7º do texto original, de autoria do Executivo.

O adiamento da discussão aconteceu em função de um requerimento apresentado pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), acatado pela comissão. Antes disso, o deputado havia pedido vista do projeto, mas voltou atrás após os integrantes da comissão concordarem em adiar a discussão para esta quarta-feira (3), às 10h30. Com o adiamento, o PL, que já estava na pauta do Plenário para esta quarta-feira à tarde, terá que ser retirado. A votação da proposta em Plenário, em 1º turno, só poderá acontecer nesta quinta-feira (4), caso não haja novos adiamentos.

Antes do adiamento ser aprovado, a reunião da comissão chegou a ser interrompida por duas vezes, para buscar um entendimento. O deputado Antônio Júlio afirmou que o projeto tem equívocos, por efetivar parte dos designados (os da educação), mas deixar outros de fora. Ele questionou o argumento de que o governo teria que aprovar a proposta para obter uma certidão negativa da dívida que o Estado tem com o INSS. Essa certidão é necessária para que o Estado faça um empréstimo externo. "Esse projeto é uma bomba atômica. Derruba ministro, derruba presidente do Banco Central. Quem é que vai assinar essa certidão negativa?", questionou.

A dívida a que se refere Antônio Júlio vem do fato que os designados, apesar de terem desconto previdenciário, não podem se aposentar pelo Ipsemg. Todo desconto, portanto, deveria ser repassado pelo Estado ao INSS, órgão que deveria gerir a aposentadoria dos designados. Só que esse acerto jamais foi feito, gerando uma grande dívida. Com essa dívida, o Estado estaria impedido de fazer empréstimos externos. "O governo tem que pegar o dinheiro, não sou contra isso não. Mas temos que aprovar um projeto que tire os funcionários desse limbo", afirmou.

Antônio Júlio questionou o fato do projeto efetivar cerca de 98 mil servidores do executivo sem concurso, mas excluir servidores de outras áreas, órgãos e poderes que estão na mesma situação. "Se pode para eles, tem que poder para os funcionários da Assembléia também", argumentou.

O deputado Lafayette de Andrada (PSDB) afirmou que há, de fato, muitos funcionários da Assembléia que estão na mesma situação. No entanto, ele argumentou que seriam necessários cuidados com a proposta para que ela não tivesse questionada sua constitucionalidade. "Não adianta aprovar um projeto bonito, e amanhã levar uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) na testa!", afirmou o parlamentar.

Presenças - Deputado Zé Maia (PSDB), presidente da comissão; deputados Agostinho Patrús Filho (PV), Rêmolo Aloise (PSDB), Fahim Sawan (PSDB), Sebastião Helvécio (PDT), Carlin Moura (PCdoB), Jayro Lessa (DEM), Irani Barbosa (PSDB), Lafayette de Andrada (PSDB), Antônio Júlio (PMDB) e José Henrique (PMDB).

 

 

 

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