Decreto sobre licenciamento ambiental volta a ser discutido pela FFO

O Decreto 44.309, de 2006, que trata do licenciamento e proteção ambiental, volta a ser discutido pela Comissão de Fi...

28/09/2007 - 00:01
 

Decreto sobre licenciamento ambiental volta a ser discutido pela FFO

O Decreto 44.309, de 2006, que trata do licenciamento e proteção ambiental, volta a ser discutido pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (3/10/07). No último dia 29 de agosto, a comissão se reuniu com convidados para debater o decreto e outras normas jurídicas de proteção e fiscalização ambiental e, diante do consenso quanto à necessidade de reforma do decreto, agendou essa nova reunião de trabalho. O encontro será às 16 horas, no Auditório da Assembléia, e atende a requerimento dos deputados Lafayette de Andrada (PSDB) e Antônio Júlio (PMDB). Outros decretos e portarias que tratam da questão ambiental e os critérios adotados para a proposição de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) pelos órgão ambientais também devem ser abordados.

Na primeira reunião que tratou do Decreto 44.309, os deputados Antônio Júlio e Lafayette de Andrada criticaram a norma que, segundo eles, apresenta incongruências e alguns absurdos. "Transportar aparelho de pescar, como uma vara, sem licença gera multa mínima de R$ 500. Mas desmatar uma floresta nativa de até cinco hectares rende multa de R$ 100", exemplificou Lafayette de Andrada na ocasião. Para o deputado, a burocracia nos órgãos ambientais também precisa ser revista.

O deputado Antônio Júlio também ressaltou os absurdos da legislação. Segundo ele, todos os órgãos estão legislando, por meio de normas internas e portarias com valor de lei, criando distorções. O deputado pediu a suspensão imediata da norma e o cancelamento das penalidades aplicadas sob sua vigência. Na mesma reunião, o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Augusto Horta, afirmou, porém, que a suspensão do decreto feriria a Constituição Federal, que obriga a aplicação de penalidades e sanções administrativas. Ele apresentou ainda alguns argumentos técnicos do decreto e ressaltou que algumas de suas incongruências têm origem nas leis.

Revisão - O secretário executivo do Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI), Paulo Teodoro de Carvalho, que também participou da primeira discussão sobre o assunto na FFO, informou aos deputados que o Executivo criou, em junho passado, um grupo de trabalho para rever o Decreto 44.309 até janeiro de 2008. "Dada a urgência, estamos trabalhando para apresentar uma nova proposta no final de setembro, quando teríamos, então, a contribuição da Assembléia e da sociedade. Uma nova rodada de discussões seria feita, com a previsão de promulgação no final de novembro", relatou na reunião de agosto.

Convidados - Para a reunião desta semana foram convidados o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira Ribeiro; a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam); Cleide Izabel Pedrosa de Melo; o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Humberto Candeias Cavalcanti; e o diretor do Departamento de Meio Ambiente e Trânsito da PMMG, Coronel PM Reinaldo Martins.

 

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