Orçamento de 2008 e PPAG já estão na Assembléia

O presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), recebeu nesta segunda-fei...

24/09/2007 - 00:01
 

Orçamento de 2008 e PPAG já estão na Assembléia

O presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), recebeu nesta segunda-feira (24/9/07), da secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, os projetos de Lei do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) para o período 2008-2011 e da proposta orçamentária para 2008. A entrega foi feita em audiência realizada no Salão Nobre da Assembléia, com as presenças do presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, deputado Zé Maia (PSDB), do presidente da Comissão de Participação Popular, deputado André Quintão (PT), e dos parlamentares Gil Pereira (PP) e Lafayette de Andrada (PSDB).

A secretária Renata Vilhena destacou, no encontro com os parlamentares, a ampliação dos valores dos investimentos como um dos destaques da peça orçamentária. Já com relação ao Plano Plurianual 2008-11, a secretária ressaltou a vinculação entre as 11 áreas de resultados já definidas no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e os 57 projetos estruturadores. Foram criados ainda instrumentos de monitoramento, diretrizes para setorização do choque de gestão e reservados recursos para um prêmio de produtividade. "A grande novidade este ano é a construção integrada do planejamento plurianual com a lei orçamentária", afirmou a secretária.

Em quatro anos, o Estado planeja investir R$ 24 bilhões do Tesouro estadual e de suas empresas, nos projetos estruturadores para o próximo quadriênio. De acordo com a secretária, apenas em 2008 serão R$ 9 bilhões de investimentos, aí somados R$ 4,2 bilhões das empresas estaduais e R$ 4,8 bilhões de recursos próprios do Tesouro do Estado. De acordo com Renata Vilhena, o equilíbrio fiscal alcançado em 2004 possibilitou a expansão dos investimentos nas diversas áreas. Para se ter uma idéia, em 2004 foram destinados aproximadamente R$ 700 milhões para os projetos estruturadores. Comparado a 2008, observa-se um crescimento próximo de 500% (ou R$ 3,4 bilhões).

O deputado Alberto Pinto Coelho (PP) elogiou o trabalho realizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). "O sucesso se dá pela liderança que aponta caminhos, mas também pela equipe que se consegue construir", afirmou o presidente. Ele ressaltou a importância da conjugação do trabalho técnico da Secretaria com as sugestões provenientes da representação parlamentar e da sociedade. "As emendas representam a liberdade do parlamentar para fazer proposições com relação à cidade ou região que representam, mas também convergem com os programas de governo. A soma das emendas com os programas é que efetivamente apontam os avanços nas políticas públicas", declarou Alberto Pinto Coelho.

Executivo participará de audiências na Assembléia

A secretária Renata Vilhena confirmou que representantes do Executivo irão participar das audiências públicas e do Ciclo de Debates realizados pela Assembléia Legislativa para discutir o PPAG e o orçamento. A participação foi confirmada inclusive na discussão programada para quinta-feira (27/9/07), com a presença da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, a respeito do Plano Plurianual e orçamento federais para os estados do Sudeste do Brasil. De acordo com o presidente da Comissão de Participação Popular, deputado André Quintão, há a intenção de levar ao menos parte da discussão relativa ao orçamento e PPAG estaduais para o interior de Minas.

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, deputado Zé Maia, elogiou a ampliação do valor dedicado aos investimentos, e confirmou o plano de repetir o trabalho conjunto com a Comissão de Participação Popular. Desde sua criação, essa comissão vem recebendo sugestões da sociedade civil organizada a respeito das diversas peças orçamentárias, transformando-as em propostas de emendas que são encaminhadas à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. O processo foi elogiado por parlamentares e representantes do Executivo, e vai ser repetido este semestre.

O deputado Lafayette de Andrada afirmou que a elaboração e discussão do orçamento mineiro são um exemplo de aproximação com a realidade, distanciando-se do que acontecia em tempos de inflação, quando a lei orçamentária era criticada como uma peça de ficção. Além dos parlamentares e da secretária, também participaram da reunião o secretário adjunto de Planejamento e Gestão, Bernardo Tavares de Almeida; o subsecretário de Planejamento e Orçamento, Manuel Carvalho da Silva Neto; o diretor da Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária, Henrique Naves Pinheiro; e o diretor da Superintendência Central de Gestão Estratégica de Recursos e Ações do Estado, Thiago Toscano.

Projetos estruturadores são vinculados a áreas de resultados

O Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) é o instrumento normatizador do planejamento da administração pública de médio prazo. Referencia a formulação dos demais planos e programas governamentais do quadriênio, orientando, acima de tudo, as proposições de diretrizes orçamentárias e as leis orçamentárias anuais.

O PPAG 2008-2011 prevê 11 áreas de resultados, e cada uma delas possui um conjunto de objetivos estratégicos, indicadores finalísticos, projetos estruturadores, agenda setorial do Choque de Gestão e metas de desempenho setorial que materializam a estratégia de Minas para o período 2007-2023. As áreas de resultados definidas pelo governo são os seguintes: Educação de Qualidade; Protagonismo Juvenil; Investimento e Valor Agregado da Produção; Inovação, Tecnologia e Qualidade; Desenvolvimento do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce; Logística de Integração e Desenvolvimento; Rede de Cidades e Serviços; Vida Saudável; Defesa Social; Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva; e Qualidade Ambiental.

Orçamento será 16% superior ao de 2007

O Orçamento Fiscal do Estado proposto para 2008 estima a receita e fixa despesa em R$ 35,59 bilhões, valor 16% superior ao orçamento proposto para 2007. Do total da receita prevista para o exercício de 2008, 91,5% correspondem às receitas correntes e 8,5% às receitas de capital. Entre as receitas correntes cabe destaque à receita tributária, que participa com 72,6% da sua estimativa. Entre as receitas de capital, a maior participação refere-se às receitas de operação de crédito, com 39,1%. Em relação ao orçamento para 2007, as receitas tributárias apresentam crescimento de 11,7%.

A principal receita estadual permanece o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que tem arrecadação estimada em R$ 19,8 bilhões, representando 83,7% da receita tributária e crescimento de 11,5% em relação ao orçamento de 2007.

A despesa constante da proposta orçamentária para o exercício de 2008 foi fixada em R$ 35,59 bilhões, sendo 84,3% despesas correntes, 14,7% despesas de capital e 1% destinado à Reserva de Contingência. As despesas de pessoal e encargos sociais possuem a maior representatividade no orçamento, correspondendo a 41,4% do total da despesa fiscal e 49,2% das despesas correntes. Em relação ao orçamento para 2007, estas despesas apresentam crescimento de 13,5%, refletindo aumentos concedidos a algumas categorias, especialmente aos profissionais da defesa social e educação.

Os Investimentos e as Inversões Financeiras, no montante de R$ 4,8 bilhões, representam 91,9% das Despesas de Capital, e destinam-se, basicamente, aos setores de transporte, saúde, segurança pública, agricultura e educação. O crescimento destes dois grupos de despesas, em relação ao orçamento de 2007, é de 30,5%. A Amortização da Dívida está orçada em R$ 425,4 milhões e representa 8,1% das Despesas de Capital.

 

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