Ex-presidente da ALMG foi enterrado no Bosque da
Esperança
Morreu em Belo Horizonte, neste domingo (16/9/07),
aos 82 anos, o médico, ex-deputado e ex-presidente da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais, Genésio Bernardino. Seu corpo foi
velado no Salão Nobre da ALMG nesta segunda-feira (17) e sepultado
no Cemitério Bosque da Esperança. Ele morreu em casa, vítima de
parada cardiorrespiratória.
O velório foi acompanhado por políticos de várias
gerações, entre deputados estaduais e federais e ex-senadores. O
presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), ressaltou a
atuação de Genésio Bernardino como presidente do Legislativo mineiro
e como deputado federal. "Ele tinha as características do político
mineiro: homem determinado e firme em suas decisões. Foi um homem
público na expressão maior da palavra, que abdicou de tudo para se
dedicar à vida pública", afirmou o presidente.
Genésio Bernardino nasceu em Mutum, no dia 15 de
setembro de 1925. Filiado ao MDB, ajudou a fundar o PP em 1979,
partido que, posteriormente, juntaria-se ao PMDB. Elegeu-se deputado
estadual da 8ª à 10ª Legislaturas (1975 a 1987), sendo presidente da
ALMG no biênio 1983-1984, início do governo Tancredo Neves. Em 1986,
elegeu-se deputado federal Constituinte (1987-1991). Licenciou-se
para assumir a Secretaria de Estado de Governo e Coordenação
Política no governo Newton Cardoso. Foi reeleito para a Câmara dos
Deputados na legislatura seguinte (1991-1995). Na Assembléia, foi
vice-líder (1975-1976) e líder (1977 e 1982) do MDB e do PMDB;
vice-presidente da Comissão de Redação; membro efetivo da Comissão
de Saúde e Ação Social (1975-1976, 1978) e membro e suplente de
diversas comissões.
Formou-se em Medicina em 1950, pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Minas Gerais (FMUMG). No mesmo ano,
concluiu o curso de sanitarista da Escola de Saúde Pública do Estado
de Minas Gerais. Era também otorrinolaringologista. Sua vocação
política manifestou-se ainda na universidade, quando destacou-se
como representante estudantil: presidiu o diretório acadêmico da
Faculdade de Medicina (1946-1947) e o Diretório Central dos
Estudantes (1946); foi membro do Conselho Universitário da UMG
(1946-1949) e representante da Faculdade de Medicina em diversos
congressos e encontros estudantis.
Depois de formado, dedicou-se ao exercício de
Medicina em Manhumirim, onde foi chefe da Unidade Sanitária local da
Secretaria de Saúde e Assistência do Estado (1951-1960). Foi
representante do Ministério da Saúde em Minas (1955), sendo executor
do convênio de saúde pública com a Companhia Vale do Rio Doce,
função que exerceu até 1966. Pela Secretaria de Saúde e Assistência
de Minas Gerais foi médico do Departamento de Medicina Social
(1962-1965) e especialista do Hospital do Câncer. Após concurso
(1969), integrou-se à Prefeitura de Belo Horizonte como médico
sanitarista, e dirigiu diversos setores de saúde da PBH. No governo
parlamentarista de Tancredo Neves, foi oficial-de-gabinete do
Conselho de Ministros. Em 1968, foi designado membro da Junta
Federal de Saúde no Estado de Minas Gerais, pelo então presidente da
República, Artur da Costa e Silva. Ao longo de seu crescente
envolvimento com a política, manteve sempre em funcionamento a
clínica de otorrinolaringologia em Belo Horizonte.
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