Plenário aprova projeto que reajusta em 5% os salários da educação

Em Reunião Extraordinária da noite desta terça-feira (11/9/07), o Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais ...

11/09/2007 - 00:01
 

Plenário aprova projeto que reajusta em 5% os salários da educação

Em Reunião Extraordinária da noite desta terça-feira (11/9/07), o Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais votou seis proposições. Entre elas está o Projeto de Lei (PL) 1.324/07, do governador do Estado, que reajusta em 5% os valores das tabelas de vencimento básico das carreiras dos profissionais da educação básica do Estado, a partir de 1o de setembro de 2007, e garante, a partir de janeiro de 2008, o piso salarial de R$ 850 para o professor com 24 horas semanais. Na hipótese de remuneração inferior ao piso fixado, o projeto cria a Parcela de Complementação Remuneratória do Magistério (PCRM).

O PL foi aprovado em 1º turno, com cinco emendas. As de nºs 1 a 3, da Comissão de Constituição e Justiça, garantem tratamento igualitário aos profissionais da educação básica e servidores do Colégio Tiradentes, da Polícia Militar; estipulam que o reajuste para os profissionais da educação não será deduzido do valor da Vantagem Temporária Incorporável (VTI), conforme previsto na Lei 15.787, de 2005, que criou a VTI; e dão clareza ao enunciado do parágrafo 5º do artigo 3º, que estabelece o cálculo do valor da PCRM, trocando a expressão "a soma de todas as vantagens pecuniárias a que o servidor fizer jus" por "a soma do vencimento básico e de todas as vantagens a que o servidor fizer jus".

As outras duas emendas aprovadas, de nºs 22 e 23, foram acatadas pelo relator do PL na Comissão de Administração Pública, deputado Ademir Lucas (PSDB). A primeira altera dispositivo da Lei 15.470, de 2005, que trata dos requisitos de ingresso nas carreiras do Grupo de Atividades de Gestão, Planejamento, Tesouraria e Auditoria e Político-Institucionais. Já a emenda no 23, enviada pelo governador, cria a gratificação de desempenho escolar para diretores e coordenadores de escola. Outras 18 emendas apresentadas em Plenário, de nºs 4 a 21, foram rejeitadas pelo relator, em seu parecer, e também pelo Plenário.

Na votação em Plenário, deputados da oposição destacaram as emendas de nºs 12 e 15, que elevam o reajuste para 10% e garantem o reposicionamento na carreira como forma de se atingir o piso salarial de R$ 850. Ambas, porém, foram rejeitadas, com votos contrários da minoria e sob protestos de alguns sindicalistas que ocupavam a tribuna.

Durante o encaminhamento da votação e na declaração de voto, os deputados Carlin Moura (PCdoB), e os petistas Weliton Prado, Elisa Costa e André Quintão criticaram a figura do PCRM, apontado como um novo penduricalho nos vencimentos e um retrocesso em relação aos planos de carreira e tabelas salariais aprovados na ALMG na legislatura anterior. Os deputados também reforçaram que as emendas apresentadas foram sugeridas pelos servidores, inclusive em audiência pública realizada pelas Comissões de Educação e de Trabalho, e lamentaram a aprovação do PL sem essas modificações.

Mantido veto ao projeto que beneficia vítimas de violência

Durante a reunião, foram apreciados ainda, em turno único, os quatro vetos que estavam na faixa constitucional. Em relação ao Veto Parcial à Proposição de Lei 17.670, que garante às vítimas de violência a realização de cirurgia reparadora gratuita, mediante apresentação de Boletim de Ocorrência Policial, foi mantido o veto ao inciso VII (que trata da cirurgia) e rejeitado o veto ao inciso VIII do artigo 3 da Lei 13.188, garantindo assim, a assistência social e psicológica a essas vítimas. A rejeição do veto ao inciso VIII foi garantida por 40 votos, contra três favoráveis.

Os outros três vetos foram mantidos. São eles: os Vetos Totais às Proposições de Lei 17.678, que dispõe sobre a utilização, por terceiros, de bem patrimonial do Estado e de suas autarquias e fundações públicas, mantido por 34 votos favoráveis e 11 contrários; 17.795, que determina que, quando o estabelecimento do contribuinte do ICMS se estender por mais de um município, a apuração do valor devido será "feita proporcionalmente, mediante acordo celebrado entre os municípios envolvidos e homologado pela Secretaria de Estado de Fazenda" (30 votos a 15); e 17.796, que determina a Loteria do Estado de Minas Gerais insira nos bilhetes lotéricos emitidos em cada concurso fotos e dados de pessoas desaparecidas. Esse veto foi mantido por 31 votos a 15.

Imóvel - O Plenário aprovou ainda, em 2º turno o PL 1.332/07, do deputado Alberto Pinto Coelho (PP), que autoriza o Poder Executivo a fazer reverter ao município de Felisburgo imóvel com área de 1.800 m², para o funcionamento de órgãos da administração pública.

 

 

 

 

 

 

 

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