Dezenove cidades do Alto Paranaíba ganharão com o ICMS Solidário

Dos 31 municípios da região do Alto Paranaíba, 19 podem aumentar suas fatias na distribuição do ICMS, caso o Projeto ...

11/09/2007 - 00:00
 

Dezenove cidades do Alto Paranaíba ganharão com o ICMS Solidário

Dos 31 municípios da região do Alto Paranaíba, 19 podem aumentar suas fatias na distribuição do ICMS, caso o Projeto de Lei (PL) 637/07, do deputado Dinis Pinheiro (PSDB), seja transformado em lei. Representantes de 13 cidades da região participaram, nesta terça-feira (11/09/07), em Patos de Minas, do 9o Encontro Regional do Fórum Técnico ICMS Solidário, que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais está promovendo em diversas cidades do interior. O objetivo é colher subsídios para aprimorar o PL 637/07, que altera a Lei 13.803, de 2000, conhecida por Lei Robin Hood. A proposta modifica os critérios de distribuição do ICMS entre os municípios mineiros. A etapa final do fórum acontece em Belo Horizonte, no dia 2 de outubro.

Prefeitos, vereadores e lideranças políticas de diversas cidades que podem perder arrecadação manifestaram sua preocupação com essa possibilidade. Ao ser informado de que seu município poderia ter sua receita reduzida em 17,4% (cerca de R$ 60 mil por mês), o prefeito de Serra do Salitre, Walter Costa, disse que isso significaria um sacrifício muito grande para a população, estimada em 10,4 mil habitantes.

O prefeito concordou com a sugestão apresentada pelo deputado Weliton Prado (PT), que pediu a criação de um fundo de compensação para ressarcir as prefeituras que tiverem perda. O deputado lembrou que todos os municípios mineiros assumem responsabilidades que são do Estado e da União e que por isso não têm condição de abrir mão de receita.

Além do fundo de compensação, os participantes pediram a revisão dos critérios de distribuição do ICMS. Eles sugeriram que aspectos como produção de alimentos e meio ambiente, por exemplo, tenham maior peso sobre a divisão tributária.

Deputado defende foco no cidadão

O autor do projeto, deputado Dinis Pinheiro, não concorda com a criação do fundo. Segundo ele, isso criaria compensações para cidades ricas como Uberlândia, Juiz de Fora e Betim. Ao fazer a defesa do PL 637/06, ele lembrou que atualmente há desequilíbrios gritantes na distribuição do ICMS. "Os critérios atuais privilegiam as indústrias e menosprezam os cidadãos", afirmou. Pinheiro deu exemplos de cidades com 8 mil habitantes que recebem o mesmo repasse de municípios com 300 mil. Ele reafirmou sua abertura para as críticas construtivas e sugestões que forem feitas ao projeto, lembrando que o objetivo é o estabelecimento de um maior equilíbrio entre cidades ricas e pobres.

Para o deputado Chico Uejo (PSB), é necessário rediscutir não apenas a parcela de 25% do ICMS que pode ser definida por lei estadual, mas a distribuição de todos os impostos federais, estaduais e municipais. Ele defendeu a criação de um prazo de adaptação para as cidades que podem perder receita. Delvito Alves (DEM), que no evento representou o presidente da Assembléia, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), disse que o projeto já recebeu inúmeras sugestões, e que todas serão analisadas com a devida atenção.

Já os deputados Deiró Marra (PR) e Elmiro Nascimento (DEM) defenderam a necessidade urgente de uma redistribuição tributária não só no Estado, como em todo o País. Marra disse que o debate deve ser travado também em torno da CPMF.

Para o deputado Hely Tarquínio (PV), o debate para se chegar a uma justiça tributária deve ser guiado por um espírito de justiça social. Segundo ele, com os encontros regionais, a ALMG dá um exemplo de como se deve fazer política atualmente: ouvindo todas as representações da sociedade, ao invés de se tomar decisões em gabinetes fechados.

Servidores da Assembléia Legislativa e da Fundação João Pinheiro apresentaram os aspectos técnicos do projeto e da Lei 13.803.

Presenças - Deputados Delvito Alves (DEM), Dinis Pinheiro (PSDB), Weliton Prado (PT), Hely Tarquínio (PV), Elmiro Nascimento (DEM), Deiró Marra (PR) e Chico Uejo (PSB), além de prefeitos, secretários municipais e vereadores.

 

 

 

 

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