Comissão opina por manutenção de veto a uso de imóveis do Estado

O parecer do deputado Neider Moreira (PPS) opinando pela manutenção do Veto Total à Proposição de Lei 16.678 foi apro...

04/09/2007 - 00:01
 

Comissão opina por manutenção de veto a uso de imóveis do Estado

O parecer do deputado Neider Moreira (PPS) opinando pela manutenção do Veto Total à Proposição de Lei 16.678 foi aprovado nesta terça-feira (4/9/07) pela Comissão Especial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais criada para analisá-lo. A proposição é fruto do Projeto de Lei 132/07, do deputado Adalclever Lopes (PMDB), que dispõe sobre a utilização, por terceiros, de bem patrimonial do Estado, das autarquias e das fundações públicas. Além disso, prevê os casos em que essa utilização deve ser gratuita e determina que os bens imóveis de valor artístico, histórico ou cultural só serão utilizados por particulares para fins exclusivamente culturais.

Nas razões do veto, a Secretaria de Estado de Cultura avalia que a proposição é inconstitucional por interferir em atividade típica do chefe do Executivo. Na visão da secretaria, nenhuma lei pode impor limites ou retirar a autonomia do chefe do Executivo quanto à utilização dos bens imóveis do Estado. Ainda segundo a Secretaria de Cultura, a imposição de que os imóveis públicos de valor artístico, histórico ou cultural poderão ser usados por terceiros apenas para fins culturais poderia trazer prejuízos exatamente ao setor cultural. Essa medida impediria o Estado de auferir receitas destinadas à manutenção de projetos culturais, inviabilizando sua execução.

"Apesar de repudiarmos a tese da inconstitucionalidade, por não vislumbrarmos ingerência desta Casa em assuntos da alçada privativa do Executivo, parece-nos que a eventual transformação do projeto em norma jurídica poderia comprometer o interesse público", afirmou o relator em seu parecer. "O fato de a proposição impedir o poder público de auferir receitas para investir em projetos culturais, tal como assinalado pelo governador do Estado, demonstra que a matéria não se harmoniza com o interesse público, o que nos leva a acatar a justificação do chefe do Poder Executivo", concluiu.

Presenças - Deputados Neider Moreira (PPS), Fábio Avelar (PSC) e Paulo Cesar (PDT).

 

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