Mensagem autoriza crédito suplementar para Tribunal Militar

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na sua Reunião Ordinária desta quinta-feira (30/8/07), ...

30/08/2007 - 00:00
 

Mensagem autoriza crédito suplementar para Tribunal Militar

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na sua Reunião Ordinária desta quinta-feira (30/8/07), uma mensagem do governador autorizando a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 610 mil para o Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJM). Justificando a mensagem, o governador explica que a Lei Orçamentária Anual - Lei 16.696, de 2007, não contém dispositivo que autorize o Poder Executivo a abrir crédito suplementar ao orçamento do Tribunal de Justiça Militar. Essa medida, de acordo com o governador, somente é possível mediante proposta legislativa, que é o caso da mensagem enviada.

Ainda segundo a mensagem, o crédito suplementar destina-se a cobrir despesas com assinatura de cessão de uso entre o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e o TJM. A assinatura refere-se à transferência, para o Tribunal da responsabilidade por imóvel na avenida Prudente de Morais (na Capital), da responsabilidade pelo pagamento de impostos, taxas e contribuições e manutenção do imóvel. O crédito suplementar também será usado para cobrir despesas com reajuste do auxílio-alimentação dos servidores do Poder Judiciário e com pagamento de benefícios de pensionistas.

Encerramento de discussão - A Presidência declarou encerrada a discussão, em 2º turno, dos Projetos de Lei 347 e 1.332, de 2007, e em 1º turno, dos Projetos de Lei 994, 1.356 e 1.415, de 2007, uma vez que permaneceram em ordem do dia por seis reuniões.

Deputados fazem pronunciamentos sobre temas diversos

Dois parlamentares se dirigiram ao Plenário para fazer pronunciamentos pelo artigo 70 do Regimento Interno, comentando diversos assuntos. O primeiro, deputado Paulo Guedes (PT), tratou do abastecimento de água em Miravânia e de obras em estradas do Norte de Minas. Já o deputado Getúlio Neiva (PMDB) tratou, principalmente, de temas nacionais, e também do Ministério Público.

Paulo Guedes fez uma cobrança à Copasa. Segundo ele, a empresa concluiu obras para abastecimento da cidade de Itacarambi (Norte de Minas) com água do Rio São Francisco no início deste ano, e até agora, não realizou a inauguração da obra. "Até hoje, o abastecimento de água lá é feito por poços artesianos, apesar de a cidade estar a beira do São Francisco", reclamou. Em aparte, o deputado Carlos Pimenta (PDT) reforçou o pedido de Guedes, afirmando que os cidadãos de Itacarambi são obrigados a beber uma água calcária, de menor qualidade. Pimenta também reclamou que muitos municípios da região têm conseguido a concessão de abastecimento de água da Copasa, mas essa concessão só valeria para a sede e não para os distritos da localidade.

Na segunda parte de seu discurso, Paulo Guedes falou sobre obras na BR-135. Ele informou que esteve no Dnit, onde disseram que há recursos garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o trecho Itacarambi-Manga-Montalvânia. O deputado também cobrou do governo do Estado obras na estrada entre Miravânia e Manga. De acordo com ele, o programa Proacesso, em vez de asfaltar esse trecho, de apenas 40 km, optou pelo asfaltamento entre Miravânia e Cônego Marinho, de 170 km. "Miravânia tem ligação com Manga, pois era distrito dessa cidade", justificou. Guedes sugeriu então que o Proacesso asfaltasse, pelo menos, o trecho entre Miravânia e São João das Missões, "levando asfalto para a maior reserva indígena de Minas Gerais".

Política - O deputado Getúlio Neiva enfocou diversos assuntos nacionais, afirmando que Minas não pode ficar afastada dessas discussões. Ele disse que o País tem que encontrar uma solução para o "apagão da saúde", defendendo para isso a divisão da arrecadação da CPMF entre União, Estados e Municípios, ou a extinção dessa contribuição. Atualmente, o governo federal centraliza toda a arrecadação, destinando apenas 0,20% para a saúde dos 0,38% cobrados sobre a movimentação financeira: 0,10% vão para a previdência e 0,08% para o Bolsa-Família.

Noutro momento, o deputado defendeu o projeto do ICMS solidário. "Continuamos na mesma polêmica da década de 60: os municípios ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres. Se ICMS solidário não for aplicado, não vamos avançar", disse ele.

Ao elogiar o procurador-geral da República por sua atuação no julgamento dos envolvidos no Mensalão, Neiva aproveitou para criticar o procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Jr. "O procurador-geral fez o que Jarbas deveria fazer: julgar deputados no mesmo patamar que outras autoridades", acrescentou.

Por fim, o parlamentar se disse preocupado com a declaração do ex-deputado Roberto Jefferson que, referindo-se aos 40 indiciados no caso Mensalão como os 40 ladrões, perguntou onde estaria Ali Babá. Neiva avaliou ser importante levantar a discussão, pois, no seu entendimento, a população, com o passar do tempo, se esquece dos fatos noticiados. "Temos que fazer uma grande jornada contra a hipocrisia", concluiu.

 

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