Deputados discutem projeto sobre pagamento de precatórios a idosos

O Projeto de Lei (PL) 1.182/07, do governador do Estado, que prioriza pessoas com 70 anos ou mais para recebimento de...

30/08/2007 - 00:00
 

Deputados discutem projeto sobre pagamento de precatórios a idosos

O Projeto de Lei (PL) 1.182/07, do governador do Estado, que prioriza pessoas com 70 anos ou mais para recebimento de precatórios de natureza alimentar em atraso, foi tema de discursos na Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (30/8/07). Os deputados se revezaram na tribuna para encaminhar a votação da proposta, que condiciona o pagamento das dívidas à disponibilidade de recursos do Tesouro Estadual.

O deputado Carlos Pimenta (PDT) ressaltou a oportunidade de se fazer justiça a uma parcela da população mineira, embora discorde da idade de 70 anos para o recebimento prioritário do crédito. Na opinião do deputado, o benefício deveria ser concedido a pessoas com 65 anos ou mais. Segundo ele, desde a aprovação do Estatuto do Idoso, muitas leis foram aprovadas para beneficiar a terceira idade, mas grande parte delas não teve aplicação.

Para o deputado Getúlio Neiva (PMDB), o projeto deveria assegurar a transferência do benefício aos herdeiros, no caso de falecimento da pessoa com mais de 70 anos. Segundo ele, o projeto original deverá beneficiar cerca de 88 pessoas. Caso fosse aplicada sua sugestão, esse número subiria para cerca de 200. O deputado Luiz Tadeu Leite (PMDB) defendeu a aprovação do projeto sem os dispositivos que contrariam a proposta do governador e disse que muitos credores morreram sem receber pelos precatórios.

O deputado Weliton Prado (PT) criticou o projeto e disse que ele não é justo, pois deveria estabelecer a idade de 60 anos para o recebimento dos créditos. "A expectativa de vida dos homens brasileiros é de 68 anos. A pessoa vai receber depois da morte?", questionou.

CPI - Durante a reunião, o deputado Padre João (PT) defendeu a instalação da CPI do sistema prisional. Segundo ele, esse é o único instrumento que os deputados dispõem para apurar a chacina de Ponte Nova que, em termos percentuais, seria a maior do País. "Em Ponte Nova houve, no mínimo, omissão. Mas acredito que possa ter havido cumplicidade também", concluiu.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715