Aprovada em Plenário a atualização do PMDI

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou em turno único, na Reunião Ordinária desta quarta-feira ...

29/08/2007 - 00:02
 

Aprovada em Plenário a atualização do PMDI

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou em turno único, na Reunião Ordinária desta quarta-feira (29/8/07), o Projeto de Lei (PL) 1.026/07, de autoria do governador do Estado, que atualiza o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI). Conjunto de ações estratégicas de planejamento de médio e longo prazos, o PMDI tem meta de investimentos de R$ 80 bilhões até 2011, sendo R$ 20 bilhões do Tesouro do Estado e o restante distribuído entre empresas públicas e iniciativa privada. O texto principal do projeto foi aprovado com 33 votos favoráveis e nenhum contrário. Para o cálculo dos 39 deputados presentes, foram contabilizados ainda quatro parlamentares que estavam em comissões, mais o presidente Alberto Pinto Coelho (PP) e o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), que estava em Plenário mas não votou.

Durante o processo de votação, o deputado Sávio Souza Cruz pediu recomposição (contagem para confirmação) de quórum tanto no exame do texto principal quanto na votação das emendas e dos três destaques pedidos pela deputada Elisa Costa (PT) para três emendas de autoria dela, que foram rejeitadas. Ao final, o projeto foi aprovado com as emendas de nºs 2, 4, 5, 9, 10, 44, 59, 65, 66, 76, 77, 89 e 90, com a subemenda nº 1 relativas às emendas 7, 8, 13, 14, 20, 21, 42, 45, 58 e 64, e com as subemendas números 1 e 2 relativas à emenda nº 15. Foram rejeitadas as emendas 1, 3, 6, 11, 17 a 19, 22 a 40, 46, 48 a 56, 60 a 62, 67, 68, 70, 71, 74, 75 e 79 a 88. Ficaram prejudicadas, por já terem sido contempladas por outras modificações, as emendas números 7, 8, 12 a 16, 20, 21, 41 a 43, 45, 47, 57, 58, 63, 64, 69, 72, 73 e 78.

Em sua declaração de voto, o deputado André Quintão (PT) elogiou o fato de o PMDI ter incorporado diversas emendas de origem popular, discutidas no âmbito da Comissão de Participação Popular. Ele destacou as que prevêem a implantação e ampliação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) como objetivo estratégico; o fortalecimento da agricultura familiar no semi-árido mineiro; e a erradicação do trabalho infantil, entre outras. Ele parabenizou o relator, deputado Agostinho Patrús Filho (PV) pela atuação como relator do projeto. "Todas as áreas contempladas pelas emendas populares foram contempladas no relatório", afirmou Quintão. Ele também lembrou que já há um compromisso do presidente Alberto Pinto Coelho (PP) de realizar audiências públicas para discussão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), este semestre.

O deputado Tiago Ulisses (PV) também tomou a palavra a fim de parabenizar o relator Agostinho Patrús Filho, líder de sua bancada. Por sua vez, o relator afirmou que a Assembléia mineira, na votação do PMDI, deu um exemplo de como discutir um projeto. "Foi realizada uma audiência pública com a presença de toda a sociedade organizada. Foram 88 emendas parlamentares, sendo que 22 foram acatadas e outras 22 prejudicadas por já terem sido atendidas", afirmou. Ele concluiu que o projeto aprovado nesta quarta-feira é bem melhor que o enviado pelo Executivo há cerca de 90 dias.

Plano foi elaborado por conselho com participação social

Elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) - que envolve o governo, a iniciativa privada e organizações civis - o plano tem como objetivo a promoção do desenvolvimento econômico, a melhoria dos indicadores sociais e a redução das desigualdades regionais do Estado. Suas metas e diretrizes são fundamentais para orientar a discussão das ações de planejamento de médio e curto prazos, contidas no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA). Das 88 emendas apresentadas pelos parlamentares, 11 tiveram parecer pela aprovação na forma original e 11 na forma de subemendas. O relator, deputado Agostinho Patrús Filho (PV), opinou, ainda, pela rejeição de 66 emendas. Destas, 22 ficaram prejudicadas, o que significa que seu conteúdo estava contemplado no projeto ou em outra emenda acatada ou, ainda, que entrava em conflito com alguma emenda com parecer pela aprovação. Parte das emendas rejeitadas têm cunho alocativo ou visam introduzir no PMDI um conjunto de ações específicas, mais compatíveis com o PPAG, que será discutido neste semestre. Outro grupo de emendas trata de disposições que são objeto de legislação específica, enquanto o PMDI tem caráter apenas indicativo.

Além das emendas discutidas na Comissão de Participação Popular, o deputado André Quintão teve acatadas no texto aprovado pelo Plenário emendas que prevêem o acesso da sociedade ao Orçamento e à execução orçamentária, bem como o estímulo à reciclagem de materiais. Também foi acatada emenda do deputado Padre João (PT), propondo que sejam enfatizados os consórcios públicos na disseminação de mecanismos de gestão e planejamento urbano, de modo a promover o desenvolvimento da rede de cidades mineiras por meio do fortalecimento do sistema de planejamento da rede de serviços públicos.

Entre outras emendas acatadas pelo relator e aprovadas em Plenário está a de número 76, do deputado Sebastião Helvécio (PDT), que dá nova redação ao artigo 5º, para deixar claro que a forma de concretizar as metas idealizadas pelo PMDI é o PPAG, por meio da criação e da alteração de programas, e que a execução dessas ações se torna possível pela compatibilização com a Lei Orçamentária. Outra emenda de sua autoria é a que suprime o artigo 3º, que trata do programa Poupança Jovem, a fim de remeter esse comando ao PPAG, instrumento hábil para criar e alterar programas e ações.

Durante a votação nesta quarta-feira, a deputada Elisa Costa tentou impedir a rejeição às emendas 68, 70 e 74, de sua autoria, mas não conseguiu. A emenda 68 dava prioridade à revitalização das bacias dos rios Mucuri, Jequitinhonha e Doce. Já a emenda 70 propunha a criação do Plano Estadual de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental. "O fato de existir um Conselho Estadual de Saneamento não garante que exista o plano", afirmou a deputada. Já a emenda 74 previa, como objetivo estratégico, a implantação de núcleos microrregionais de apoio técnico aos municípios, capazes de assessorá-los na elaboração de diagnósticos, projetos técnicos de captação de recursos e de implantação de serviços.

 

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