Discussão sobre PMDI levanta algumas críticas em
Plenário
O Projeto de Lei (PL) 1.026/07, do governador do
Estado, que aprova a atualização do Plano Mineiro de Desenvolvimento
Integrado (PMDI), foi discutido pelos deputados durante a Reunião
Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas
Gerais, na manhã desta quarta-feira (29/8/07). O projeto traz o
conjunto de ações estratégicas de planejamento de médio e longo
prazos. O PMDI tem meta de investimentos de R$ 80 bilhões até 2011,
sendo R$ 20 bilhões do Tesouro do Estado e o restante distribuído
entre empresas públicas e iniciativa privada.
O deputado Antônio Júlio (PMDB) criticou o excesso
de planos elaborados pelos governos. "Esses planos parecem
estratégia de marketing para dar a ilusão de que está sendo feita
alguma coisa", afirmou. Para ele, a publicidade que é feita não
condiz com a realidade. "Os números parecem mais importantes que os
cidadãos", continuou. O deputado também não concorda com a
contratação de consultores de outros Estados para elaborarem esses
planos, porque acredita que eles não conhecem Minas Gerais o
suficiente para isso.
A opinião foi compartilhada pelo deputado Carlin
Moura (PCdoB), para quem o projeto original do PMDI apresentava uma
visão tecnicista, desconsiderando o histórico de planejamento do
Estado. Ele elogiou o relator da matéria, deputado Agostinho Patrús
Filho (PV), que acatou emendas apresentadas pela Comissão de
Participação Popular, acrescentando ao projeto a contribuição da
sociedade.
Deputado afirma que objetivo do projeto é dar
diretrizes
Já o deputado Lafayette de Andrada (PSDB) afirmou
que o PMDI foi feito em grande parte a partir de dados técnicos e
estatísticos, mas que o plano é para dar diretrizes e não para ter
aplicação prática, pontual e imediata. "Minas Gerais sai na frente
ao ser o primeiro Estado a ter um plano para pensar o seu futuro",
concluiu. O deputado Weliton Prado (PT) ressaltou que o PMDI não
traz diretrizes para os servidores do Estado e, acompanhado pelos
servidores da Educação que ocupavam as galerias do Plenário, afirmou
que a remuneração desses profissionais é das mais baixas do País.
Andrada respondeu que o PMDI não trata
especificamente de servidor público e, diante de manifestações das
galerias, desafiou os presentes a apresentarem planilhas provando
que os servidores federais, de qualquer categoria, foram mais
beneficiados que os de Minas Gerais. "Precisamos buscar melhorias em
cima da realidade", concluiu.
Combate ao fumo - No início
da reunião, o deputado Fahim Sawan (PSDB) lembrou o Dia de Combate
ao Fumo, comemorado nesta quarta. Ele ressaltou que existem hoje
muitos métodos para quem quer parar de fumar e informou que 5
milhões de pessoas morrem por ano, no mundo, por causa do cigarro. O
deputado informou ainda que as três principais causas de doenças são
o cigarro, o consumo de álcool, e o fumo passivo.
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