Adiada análise de projeto sobre regime de previdência dos servidores

Ficou para as 17 horas desta quarta-feira (29/8/07) a análise do parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre ...

28/08/2007 - 00:04
 

Adiada análise de projeto sobre regime de previdência dos servidores

Ficou para as 17 horas desta quarta-feira (29/8/07) a análise do parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 27/07, do governador, que institui a Unidade de Gestão Previdenciária Integrada (Ugeprevi) e o Conselho Estadual de Previdência (Crepev) para o regime próprio de previdência do Estado. O relator da matéria, deputado Neider Moreira (PPS), distribuiu, nesta terça-feira (28), cópias do seu parecer pela constitucionalidade que, segundo ele, entre outras modificações, assegura um regime próprio de previdência para os servidores do Estado e outro para os militares, e mantém as autarquias Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM) e Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O projeto também vincula os servidores designados da área da educação e os de função pública ao novo regime previdenciário.

A reunião, que foi acompanhada por dezenas de representantes dos servidores militares do Estado, foi precedida de intenso debate, motivado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), e do seu pedido de retirada de pauta do PLC 27/07. Solicitação esta que foi rejeitada pela maioria dos deputados presentes. Para Sargento Rodrigues, a inclusão do IPSM no bojo do projeto não atende aos princípios constitucionais que determinam que as mudanças relativas às prerrogativas, garantias e direitos dos militares devem ser tratadas em lei estadual específica. "Volto a insistir: este projeto está eivado de inconstitucionalidade", afirmou. Ele destacou ainda que a proposição "vai provocar a pior crise na história desse governo e pode colocar em risco a situação do governo Aécio Neves. Segundo o parlamentar, a partir de hoje, os militares estarão acampados na frente do Palácio da Liberdade.

Já para o relator, deputado Neider Moreira, as mudanças apresentadas em seu relatório, por meio do substitutivo nº 1, corrigem os vícios de inconstitucionalidade presentes no texto original, dão maior clareza e asseguram os benefícios dos servidores, inclusive os previdenciários. "Respeito as colocações e compreendo as preocupações do deputado Sargento Rodrigues, mas pedi a distribuição de avulsos para a discussão partir das modificações apresentadas no relatório", ponderou Neider Moreira. Ele lembrou ainda que outras três comissões vão analisar o PLC 27 - Segurança Pública, Administração Pública e Fiscalização Financeira e Orçamentária - e que eventuais dúvidas poderão ser dirimidas durante a tramitação.

Os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Gilberto Abramo (PMDB), Delvito Alves (DEM) e Hely Tarqüínio (PV) destacaram a importância do projeto e a necessidade de estudo do parecer. "Queremos chegar a um denominador comum: atender o governo, sem desapontar os militares", disse Gilberto Abramo. Para Delvito Alves, devido à complexidade da matéria, a análise deve ser feita com tempo. O presidente da comissão, Dalmo Ribeiro Silva, afirmou que os deputados terão prazo para apreciar o parecer. Já o deputado Hely Tarqüínio lembrou que compete a este parlamento fazer a apreciação do projeto enviado pelo governador.

Durante a reunião, foram aprovadas 30 proposições que declaram de utilidade pública diversas instituições do Estado e que dispensam a apreciação do Plenário.

Presenças - Deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente; Gilberto Abramo (PMDB), vice; Delvito Alves (DEM), Hely Tarqüínio (PV), Neider Moreira (PPS) e Sargento Rodrigues (PDT).

 

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