| Heroísmo do 12º BI é destacado na homenagem ao Dia do 
            Soldado O 12º Batalhão de Infantaria, guarnição histórica 
            do Exército Brasileiro, recebeu homenagem no Plenário da Assembléia 
            Legislativa de Minas Gerais, na tarde desta quinta-feira (23/8/07), 
            pelos 156 anos de sua criação, dos quais 87 instalado em Belo 
            Horizonte, e pelo Dia do Soldado, que se comemora a 25 de agosto. A 
            solenidade foi presidida pelo deputado José Henrique (PMDB), 2º 
            vice-presidente da Casa, e teve a presença do general de Divisão 
            João Roberto de Oliveira, comandante da 4ª Região Militar e da 4ª 
            Divisão de Exército; e do tenente-coronel Ramon Marçal da Silva, 
            comandante do 12º BI. O autor do requerimento que deu origem à homenagem, 
            deputado Carlos Pimenta (PDT), lembrou as glórias colhidas pelo 
            patrono do Exército, Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, 
            na Guerra do Paraguai, que deram ao 12º BI o nome de Batalhão "Lomas 
            Valentinas", pela bravura com que seus soldados abriram caminho para 
            a tomada dessa fortaleza de Solano Lopez, apressando a derrota dos 
            paraguaios. Esse combate se deu em dezembro de 1868.  Pimenta disse que o 12º BI se originou no Corpo de 
            Guarnição Fixa da Bahia e hoje conta com 600 militares, "formando 
            jovens plenos de amor à Pátria". Destacou a valentia dos soldados 
            mineiros nos campos da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, e 
            seu papel importante na Força de Paz da ONU em Angola e agora no 
            Haiti. Por seus feitos em campo de batalha, o 12º tem quatro 
            cognomes: "Batalhão Lomas Valentinas", "Batalhão Treme-Terra", "Doze 
            de Ouro" e "Batalhão do Mastro Crivado de Balas". O tenente-coronel Ramon Marçal da Silva disse que o 
            12º combateu com audácia nas batalhas do Chaco, de Establecimiento, 
            Humaitá e Lomas Valentinas, no Paraguai, e também teve papel de 
            destaque nas revoluções de 1824, 1930 e 1932. Compôs o Batalhão de 
            Suez, que ocupou a Faixa de Gaza após os conflitos palestinos de 
            1967, além das participações em Angola e Haiti. Marçal homenageou 
            dois soldados do 12º BI que hoje são deputados na Assembléia: João 
            Leite (PSDB) e o presidente Alberto Pinto Coelho (PP). "Recebemos 
            jovens em estado bruto para devolvê-los lapidados à sociedade, 
            impregnados de civismo e probidade", disse ele. Um vídeo exibido na solenidade ensina que o serviço 
            militar se baseia na vocação, na tradição e numa doutrina moderna 
            baseada na realidade do país. Lembra que o comandante supremo das 
            Forças Armadas é o presidente da República e relata os esforços das 
            armas para alcançar o estágio de desenvolvimento dos melhores 
            exércitos do mundo, reduzindo a dependência de material bélico 
            produzido no exterior. O presidente do evento, deputado José Henrique, 
            lembrou que, em 1930, o 12º BI resistiu, sob o comando do tenente 
            Brito Melo, durante seis dias, ao cerco do quartel, sob severo 
            bombardeio de uma força muito superior. "Com espírito de dever, 
            lealdade e sacrifício, os 385 militares defenderam seu quartel até 
            que ficou clara a vitória da Revolução de 1930. Então renderam-se e 
            saíram de cabeça erguida". A Banda de Música da 4ª RM executou, ao 
            longo da solenidade, o tema da Vitória, o Hino Nacional e a canção 
            "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant. Cerca de 15 
            deputados prestigiaram a homenagem.       
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