Após ouvir queixas de lojistas, comissão deve visitar o Shopping Oi

Lojistas do Shopping Oiapoque estiveram nesta quarta-feira (22/8/07) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais para d...

22/08/2007 - 00:00
 

Após ouvir queixas de lojistas, comissão deve visitar o Shopping Oi

Lojistas do Shopping Oiapoque estiveram nesta quarta-feira (22/8/07) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais para denunciar, entre outros problemas, o aumento abusivo nos aluguéis dos boxes daquele centro de compras e a iminente rescisão unilateral de contratos. Eles foram ouvidos pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, após a aprovação de requerimento com esse teor, de autoria do presidente Weliton Prado (PT). A comissão aprovou também requerimento dos deputados presentes para realizar nesta quinta-feira (23), às 11h30, uma visita ao Shopping Oi, com o objetivo de verificar a situação dos lojistas.

De acordo com a presidente da Associação da Economia Informal do Canteiro (Asseic), Rosemary da Silva, o aluguel dos boxes, que era de R$ 100, foi elevado para R$ 300, no ano passado e, agora, para R$ 1.500. Outras lojas do shopping tiveram o custo alterado de R$ 1 mil para R$ 4 mil. Além disso, segundo ela, como o contrato firmado com o proprietário Mário Valadares é por tempo indeterminado, ele já estaria notificando lojistas sobre o rompimento unilateral desses contratos. "Ele ainda cobra uma série de outras taxas. Fizemos uma passeata ontem (21), mas não temos apoio da Prefeitura de BH. Precisamos de garantias", reclamou Rosemary.

Já o presidente da Cooperativa de Compras Comum dos Empreendedores de Shoppings Populares, Aroldo José dos Santos, lembrou que o centro de BH estava "morto" antes da criação desses centros de compra. "Hoje, magazines disputam espaço próximo aos shoppings, e grandes empreendedores têm interesse em nossas lojas. Nós fizemos essa mudança, mas agora somos descartados e com base na lei", lamentou. De acordo com os lojistas, o Shopping Oi abriga atualmente cerca de 12 mil trabalhadores, em 900 boxes.

Como o Shopping Oi foi ocupado em 2003 e vendido apenas em 2004, o deputado Wander Borges (PSB) questionou a legalidade da venda, já que os lojistas deveriam ter sido priorizados. E Weliton Prado levantou até mesmo a possibilidade de anular a transação. Para entender melhor o caso, os deputados apresentaram e aprovaram requerimento solicitando informações e cópias de documentos à PBH. Outro requerimento dos parlamentares solicita realização de audiência pública para discutir o problema. A deputada Cecília Ferramenta (PT) sugeriu o envolvimento de outras comissões.

Desocupação de áreas na BR-381 deve ser tema de audiência

Outro debate que pode ocorrer na comissão envolve a ordem de desocupação de aproximadamente 200 famílias que vivem na faixa de domínio da BR-381, entre os quilômetros 443 e 448, nos municípios de Sabará e Santa Luzia. O autor do requerimento para a audiência pública, deputado Wander Borges, informou que o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) já notificou a Associação Comunitária Bairro Bom Destino para que, no prazo de dez dias, faça a demolição das casas e desocupe da área, sem direito a indenizações. A ordem estaria baseada em várias normas jurídicas.

"Não quero discutir a questão apenas do ponto de vista legal, mas também social. As famílias moram no local há dez, 15 anos. Por que o DNIT deixou isso acontecer? Para onde serão levadas as 200 famílias? Alguém tem que ter sensibilidade com essa questão", ponderou Borges. O deputado Ronaldo Magalhães (PSDB) reforçou que é preciso encontrar uma saída para as famílias. Para ele, o crescimento das invasões é reflexo do problema habitacional do país. Também o deputado Weliton Prado avaliou como um "absurdo" a desocupação sem o pagamento de indenizações.

Durante a reunião, foram aprovados também requerimentos que dispensam a apreciação do Plenário.

Presenças - Deputados Weliton Prado (PT), presidente; Ronaldo Magalhães (PSDB), vice-presidente; Wander Borges (PSB); e a deputada Cecília Ferramenta (PT).

 

 

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