Aeroportos, agricultura urbana e turismo podem desenvolver o Estado

O conceito de cidade aeroportuária, os circuitos turísticos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a inclusão pro...

21/08/2007 - 00:01
 

Aeroportos, agricultura urbana e turismo podem desenvolver o Estado

O conceito de cidade aeroportuária, os circuitos turísticos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a inclusão produtiva, e a agricultura urbana foram alguns dos temas abordados pelo grupo temático que discutiu o desenvolvimento econômico e social da RMBH que integrou a 1ª Conferência Metropolitana da Região metropolitana de Belo Horizonte, realizada pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (21/807). Os trabalhados foram coordenados pelo deputado Vanderlei Miranda (PMDB) e a moderadora das discussões foi a empreendedora pública da Secretaria de Planejamento e Gestão, Iracema Generoso de Abreu Bhering.

O subsecretário de Assuntos Internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde falou sobre cidades-aeroportos, um novo conceito que impulsiona o desenvolvimento social, conseqüência da globalização, e de um modelo de economia que muda com maior rapidez e agilidade. Luiz Antônio Athayde destacou que 40% do comércio internacional é realizado através do transporte aéreo e a previsão é de que até o ano de 2025 o tráfego irá triplicar. O subsecretário lembrou ainda que as 10 maiores cidades do planeta são responsáveis por 20% do PIB mundial, o que justifica também a necessidade de criação das cidades aeroportuárias. "Hoje os aeroportos não são mais um simples local aonde se embarca em um avião, mas a articulação de inúmeras atividades econômicas", observou.

O tema "inclusão produtiva" foi abordado pelo subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, Antônio Eduardo de Noronha Amábile, que destacou que Minas Gerais está crescendo acima da média nacional há cerca de quatro anos. Ele garantiu que não faltam empregos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, existem vagas que não são preenchidas devido à falta de qualificação profissional. De acordo com ele, o Estado possui 92 postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine), e a RMBH, 12 postos. Antônio Eduardo destacou que a Sedese além de procurar novas vagas no mercado, tem programas de qualificação do trabalhador procurando mantê-lo no emprego..

"Turismo: desafios e oportunidades" também foi abordado no encontro. Para a superintendente de Fomento e Desenvolvimento do Turismo da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), Jussara Rocha, é preciso descentralizar as ações visando desenvolvimento do setor, através de parcerias entre o Estado, Município e iniciativa privada. Incentivar o turismo interno, atrair turistas de outros Estados e incentivar uma permanência deles no Estado são ações que também devem ser implementadas. Jussara Rocha destacou ainda que é necessário divulgar a existência dos 46 circuitos turísticos no Estado, ampliar e qualificar o mercado de trabalho. De acordo com ela existem mais de 58 atividades econômicas agregadas ao turismo, o que gera trabalho e renda além da valorização do patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais.

O assessor de gabinete da Secretaria de Estado Extraordinária para a Reforma Agrária, Aldanny Guimarães Rezende, defendeu a implantação da agricultura urbana e periurbana na RMBH. Ele afirmou que as cidades possuem grandes áreas ociosas, principalmente na periferia, que podem ser utilizadas com hortas comunitárias e agroindústrias. De acordo com Aldanny Rezende, a previsão é de que em 2015, cerca de 26 cidades no mundo tenham populações superiores a 10 milhões de habitantes, necessitando, cada uma, de 6 mil toneladas por dia para alimentar todas elas. Em Belo Horizonte, já são necessárias 3 mil toneladas por dia. "As cidades precisam ser produtivas para garantir ao cidadão o direito de se alimentar com qualidade", finalizou.

 

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