Aeroportos, agricultura urbana e turismo podem desenvolver o
Estado
O conceito de cidade aeroportuária, os circuitos
turísticos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a inclusão
produtiva, e a agricultura urbana foram alguns dos temas abordados
pelo grupo temático que discutiu o desenvolvimento econômico e
social da RMBH que integrou a 1ª Conferência Metropolitana da Região
metropolitana de Belo Horizonte, realizada pela Assembléia
Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (21/807). Os
trabalhados foram coordenados pelo deputado Vanderlei Miranda (PMDB)
e a moderadora das discussões foi a empreendedora pública da
Secretaria de Planejamento e Gestão, Iracema Generoso de Abreu
Bhering.
O subsecretário de Assuntos Internacionais da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio
Athayde falou sobre cidades-aeroportos, um novo conceito que
impulsiona o desenvolvimento social, conseqüência da globalização, e
de um modelo de economia que muda com maior rapidez e agilidade.
Luiz Antônio Athayde destacou que 40% do comércio internacional é
realizado através do transporte aéreo e a previsão é de que até o
ano de 2025 o tráfego irá triplicar. O subsecretário lembrou ainda
que as 10 maiores cidades do planeta são responsáveis por 20% do PIB
mundial, o que justifica também a necessidade de criação das cidades
aeroportuárias. "Hoje os aeroportos não são mais um simples local
aonde se embarca em um avião, mas a articulação de inúmeras
atividades econômicas", observou.
O tema "inclusão produtiva" foi abordado pelo
subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, Antônio
Eduardo de Noronha Amábile, que destacou que Minas Gerais está
crescendo acima da média nacional há cerca de quatro anos. Ele
garantiu que não faltam empregos na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, existem vagas que não são preenchidas devido à falta de
qualificação profissional. De acordo com ele, o Estado possui 92
postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine), e a RMBH, 12 postos.
Antônio Eduardo destacou que a Sedese além de procurar novas vagas
no mercado, tem programas de qualificação do trabalhador procurando
mantê-lo no emprego..
"Turismo: desafios e oportunidades" também foi
abordado no encontro. Para a superintendente de Fomento e
Desenvolvimento do Turismo da Secretaria de Estado do Turismo
(Setur), Jussara Rocha, é preciso descentralizar as ações visando
desenvolvimento do setor, através de parcerias entre o Estado,
Município e iniciativa privada. Incentivar o turismo interno, atrair
turistas de outros Estados e incentivar uma permanência deles no
Estado são ações que também devem ser implementadas. Jussara Rocha
destacou ainda que é necessário divulgar a existência dos 46
circuitos turísticos no Estado, ampliar e qualificar o mercado de
trabalho. De acordo com ela existem mais de 58 atividades econômicas
agregadas ao turismo, o que gera trabalho e renda além da
valorização do patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais.
O assessor de gabinete da Secretaria de Estado
Extraordinária para a Reforma Agrária, Aldanny Guimarães Rezende,
defendeu a implantação da agricultura urbana e periurbana na RMBH.
Ele afirmou que as cidades possuem grandes áreas ociosas,
principalmente na periferia, que podem ser utilizadas com hortas
comunitárias e agroindústrias. De acordo com Aldanny Rezende, a
previsão é de que em 2015, cerca de 26 cidades no mundo tenham
populações superiores a 10 milhões de habitantes, necessitando, cada
uma, de 6 mil toneladas por dia para alimentar todas elas. Em Belo
Horizonte, já são necessárias 3 mil toneladas por dia. "As cidades
precisam ser produtivas para garantir ao cidadão o direito de se
alimentar com qualidade", finalizou.
|