Direitos Humanos apura denúncias de agressão por
PMs
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais vai realizar audiência pública na
próxima quinta-feira (23/8/07), às 9 horas, no Auditório, para
discutir denúncias de agressão a quatro integrantes de uma família,
depois de um incidente de trânsito acontecido no dia 30 de julho
deste ano. De acordo com o depoimento de Wilson Alves Pinheiro, de
23 anos, Edson Felipe Alves Gonzaga, de 18, Eli Santos de Freitas,
de 35 anos, e Maria Alves Pinheiro Gonzaga, de 39 anos, eles teriam
sido espancadas por policiais militares. O requerimento para a
reunião é do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo
(PT).
De acordo com os depoimentos, Eli Santos de Freitas
levava Wilson, que havia queimado os dois braços, ao hospital
Risoleta Neves, em Venda Nova. No caminho, o Fiat 147 que estava
sendo conduzido por Wilson "encostou" em uma motocicleta, derrubando
seu condutor, um policial militar. Nos depoimentos, os quatro
afirmaram que viram o motociclista caindo, mas não pararam porque,
além de estarem levando um ferido ao hospital, várias pessoas já
estavam socorrendo o PM.
Eles contaram ainda que, ao chegarem no hospital,
um policial armado, à paisana, mandou Wilson sair do carro, deitar
no chão e colocar as mãos na cabeça. Logo em seguida chegaram vários
policiais militares que espancaram os três homens. A mulher também
foi agredida física e verbalmente quando pediu aos policiais que
parassem com o espancamento.
De acordo com a assessoria do deputado Durval
Ãngelo, a comissão encaminhou as vítimas para a Promotoria dos
Direitos Humanos e informou o fato ao Colegiado de Corregedorias. A
assessoria informou também que um cinegrafista amador gravou o
incidente e que as imagens foram transmitidas por uma emissora de
TV.
Serão convidados para a reunião o corregedor da
Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, Coronel Cezár Romero
Machado Santos; o ouvidor de Polícia do Estado de Minas Gerais,
Paulo Alkmim; o promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos,
Mário Konishi Higuchi Júnior; o advogado, Dino Miraglia Filho; e
Maria Alves Piero Gonzaga.
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