Saúde opina pela aprovação de quatro projetos entre sete
apreciados
Quatro entre os sete projetos apreciados pela
Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na sua
reunião desta terça-feira (14/8/07), tiveram aprovados pareceres
favoráveis. Foram ainda aprovados três requerimentos solicitando
audiências públicas em municípios do interior do Estado.
Na forma do vencido em 1º turno, ou seja, sem
alterações ao que foi aprovado em Plenário, foi aprovado o PL
350/07, do deputado Doutor Viana (DEM). Essa matéria originalmente
estendia a obrigatoriedade da realização do exame de fundo de olho
em crianças de 1ª a 4ª série das escolas estaduais de ensino
fundamental. O exame é realizado com o objetivo de detectar um tipo
de câncer ocular conhecido como retinoblastoma. A aprovação se deu
na forma do substitutivo nº 2, da Comissão de Fiscalização
Financeira e Orçamentária. O substitutivo torna obrigatória a
realização do teste do reflexo vermelho em todos os recém-nascidos e
de exames oftalmológicos completos, pelo SUS, em todas as crianças
com idade entre sete e 10 anos.
Selo higiênico - Outro
projeto com parecer de 1º turno favorável aprovado foi o PL 430/07,
do deputado Leonardo Moreira (DEM), que obriga a aplicação de selo
higiênico no local de contato da boca com o recipiente nas latas de
cerveja, refrigerantes e sucos. O projeto define como selo a camada
fina de alumínio ou similar, totalmente reciclável, afixada com cola
alimentícia na borda superior da lata. A proposição estabelece
penalidade no caso de descumprimento das determinações.
O relator, deputado Hely Tarqüínio (PV), que teve
seu parecer lido pela deputada Rosângela Reis (PV), opinou pela
aprovação na forma do substitutivo nº 1, da CCJ, que apenas adequou
o projeto à técnica legislativa. O substitutivo também retirou a
especificação do selo presente no projeto, obrigando os fornecedores
de bebidas em latas a adotar sistema individualizado de proteção.
Projeto obriga fabricante de celular a informar
riscos
Também em 1º turno, foi aprovado o parecer
favorável ao PL 471/07, do deputado Gustavo Corrêa (DEM), que obriga
fabricantes de celulares e operadoras de telefonia celular a
informarem aos usuários, com anúncios publicitários, os riscos do
uso de seus produtos ou serviços. O relator, deputado Doutor Rinaldo
(PSB), opinou pela aprovação na forma do substitutivo nº 1, que
exclui da regra as operadoras de telefonia celular, mas obriga
fabricantes e comerciantes dos aparelhos a cumprirem a futura norma.
As informações deverão constar de anúncios e também do manual de
instrução do aparelho.
Por último, foi aprovado parecer de turno único
sobre o PL 1.035/07, do deputado Neider Moreira (PPS), que institui
a Semana Estadual de Transplante de Órgãos. O relator, deputado
Carlos Pimenta (PDT), teve seu parecer pela aprovação na forma do
substitutivo nº 1, da CCJ, lido pela deputada Rosângela Reis. O
relator entendeu que o substitutivo aprimorou o projeto, pois
incluiu a matéria na lei estadual existente e adequou a redação para
explicitar que essa semana estadual deve coincidir com a campanha
anual da rede estadual de ensino, aumentando seu impacto
social.
Requerimentos - Foram
aprovados três requerimentos solicitando audiências públicas:
Weliton Prado (PT), da comissão em conjunto com a de Assuntos
Municipais e Regionalização, para discutir os impactos das Portarias
1.569 e 1.570, do Ministério da Saúde, que instituem diretrizes para
a atenção à saúde; da deputada Elisa Costa (PT), para debater o PL
1.416/07, do governador, que cria o Conselho Estadual de Saneamento
Básico (Cesb); e de Carlos Mosconi e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), em
Pouso Alegre e Itajubá, para divulgar a proposta do governo do
Estado para resolver o problema das enchentes no Vale do
Sapucaí.
Três projetos tiveram aprovados pareceres pela
rejeição
O primeiro projeto de lei com parecer pela rejeição
foi o PL 7/07, do deputado Paulo Guedes (PT), que acrescenta
dispositivo ao artigo 15 da Lei 13.317, de 1999, o qual contém o
Código de Saúde do Estado. O deputado Doutor Rinaldo fez a leitura
do parecer de 1º turno do deputado Hely Tarqüínio. A proposição
estabelece que o Estado prestará apoio técnico e financeiro aos
municípios na área de saúde e auxiliará na implantação do Programa
Saúde da Família (PSF) em municípios que não possuam infra-estrutura
mínima para seu funcionamento. O parecer afirma que o Estado já
cumpre satisfatoriamente o seu papel no que diz respeito à atenção
básica da população, não havendo necessidade de legislação que o
obrigue a fazê-lo. Por esse motivo, entende o relator que norma
sobre o assunto seria juridicamente inócua.
Cartilha - Também teve
parecer de 1º turno pela rejeição aprovado o PL 236/07, do deputado
Carlin Moura (PCdoB), que dispõe sobre afixação, nas recepções dos
hospitais da rede pública, da Cartilha dos Direitos do Paciente. O
relator, Hely Tarqüínio, teve também o parecer lido por Doutor
Rinaldo, que considerou a proposição inócua. De acordo com o
parecer, todos os dispositivos apresentados no PL já estão
contemplados na Lei 16.279, de 2006, que dispõe sobre os direitos
dos usuários das ações e dos serviços públicos de saúde no
Estado.
O texto original listava direitos do paciente, como
atendimento humano, atencioso e respeitoso e informações sobre o
tratamento e a patologia. A Comissão de Constituição e Justiça
apresentou o substitutivo nº 1, para acrescentar os dispositivos do
projeto à Lei 16.279, de 2006, que dispõe sobre os direitos dos
usuários das ações e serviços públicos de saúde. O substitutivo
acrescenta incisos ao artigo 2º da lei, listando direitos dos
usuários.
Com parecer de 1º turno aprovado pela rejeição, o
PL 366/07, do deputado Arlen Santiago (PTB), institui meia entrada
em locais públicos de cultura, esporte e lazer para doadores de
sangue. Na justificativa do parecer, o relator Doutor Rinaldo se
vale da Resolução 153, de 2004, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), a qual apregoa que "a doação deve ser
voluntária, anônima, altruísta e não remunerada, direta ou
indiretamente". O relator complementa dizendo que, o doador,
almejando um benefício (como a meia entrada, nesse caso) pode omitir
contatos com agentes infecciosos e uso de droga injetável, o que
traria mais malefícios que benefícios ao receptor.
Presenças - Deputados
Carlos Mosconi (PSDB), presidente; Doutor Rinaldo (PSB) e Rosângela
Reis (PV).
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