Líderes discutem prioridades da pauta com governador

Projetos de lei relativos à área da Educação e ao Orçamento do Estado para 2008 estão entre as prioridades estabeleci...

02/08/2007 - 00:00
 

Líderes discutem prioridades da pauta com governador

Projetos de lei relativos à área da Educação e ao Orçamento do Estado para 2008 estão entre as prioridades estabelecidas pelo presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), em reunião com os líderes de bancadas e o governador Aécio Neves, nesta quarta-feira (1/8/07), no Palácio da Liberdade. Também foram tratados, segundo o presidente da Assembléia, a possível antecipação da discussão sobre o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), questões de política nacional e o Projeto de Lei Complementar (PLC) 17/07, que modifica a organização do Ministério Público.

Uma das iniciativas elogiadas pelo presidente Alberto Pinto Coelho foi o Projeto de Lei (PL) 1.324/07, de autoria do governador do Estado, que estabelece o piso mínimo para os servidores da Educação. Ele acenou com a possibilidade de a proposta ser aprovada ainda em agosto. "Eu entendo que vamos dar celeridade, e possivelmente em agosto ou setembro devemos ter o projeto aprovado em dois turnos", afirmou o parlamentar. Também será priorizada, segundo o deputado, o PLC 27/07, que vincula os servidores designados da área da Educação ao regime previdenciário do Estado. Atualmente, o tempo de serviço como designados não pode ser contado para aposentadoria.

O governador Aécio Neves deu sinal verde aos parlamentares para iniciarem a preparação de emendas ao Orçamento de 2008. Ele confirmou o limite de R$ 600 mil para o conjunto de emendas orçamentárias propostas para cada deputado. "Ficou a critério de cada parlamentar, dentro da área de interesse manifesto de suas bases, e dentro dos programas nas áreas de saúde, de obras públicas, de cultura. Isso já ficou distribuído dessa forma na feitura do orçamento. É uma questão rotineira como qualquer outra questão de governo", declarou o deputado Alberto Pinto Coelho.

Governador ainda não definiu posição sobre PLC 17

Durante a reunião desta quarta-feira com os líderes de bancadas da Assembléia, o governador disse que ainda não se decidiu sobre a sanção ou veto ao PLC 17/07, de autoria do procurador-geral de Justiça, que trata da organização do Ministério Público. "O governador afirmou que está analisando a matéria com o cuidado devido, com a profundidade devida, que não tem decisão tomada, e que espera até segunda-feira dar sua decisão", declarou o presidente da Assembléia. Apesar de não adiantar qualquer juízo a respeito de um eventual veto, o presidente disse que a Assembléia examinará o resultado do exame do governador, dentro de suas convicções e prerrogativas constitucionais.

Alberto Pinto Coelho defendeu as emendas dos parlamentares ao PLC 17/07. O presidente da Assembléia ressaltou os aperfeiçoamentos promovidos após discussão na Casa. "Volto a dizer da importância da consolidação do Ministério Público na Constituição de 1988, mas como toda instituição, é importante que ela tenha seus mecanismos de transparência, de publicidade, do controle social, e da busca permanente da eficácia e da eficiência. No que diz respeito a esses aspectos, aquilo que couber na legislação, é dever do Legislativo tomar a iniciativa de propor e aprovar", defendeu o parlamentar.

O presidente destacou dispositivos do PLC 17/07 que ampliam as prerrogativas do corregedor do Ministério Público e determinam a publicação de iniciativas e inquéritos propostos pelo Ministério Público. Ele negou que a transferência de atribuições dos promotores para o procurador-geral de Justiça represente um empecilho à atuação da instituição. "Há um equívoco com relação a isso. Cabe a ele (procurador-geral) um exame preliminar, com relação à iniciação do processo investigativo. Nada mais além disso. Tudo o mais ocorre na cidade, na localidade, na comarca", argumentou Alberto Pinto Coelho.

Ele também ressaltou que o mesmo procedimento já foi regulamentado em outros quatro Estados brasileiros, São Paulo, Bahia, Tocantins e Mato Grosso do Sul. O presidente comentou a situação em São Paulo e manifestou sua estranheza com o fato da Lei Orgânica do MP paulista prever que cabe ao procurador-geral a competência de iniciar procedimento investigatório em inquérito e isso não estar sendo cumprido naquele estado. Segundo ele, o MP é o guardião da lei e não pode arranhar o estado democrático de direito.

Presenças - Deputados Alberto Pinto Coelho (PP), presidente da ALMG; Adalclever Lopes (PMDB), Agostinho Patrús Filho (PV); Domingos Sávio (PSDB); Jayro Lessa (DEM); Lafayette de Andrada (PSDB); Mauri Torres (PSDB).

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715