Fhemig pretende negociar solução para evitar corte em aposentadorias

Representantes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) garantem que vão procurar uma solução para e...

18/07/2007 - 00:00
 

Fhemig pretende negociar solução para evitar corte em aposentadorias

Representantes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) garantem que vão procurar uma solução para evitar o corte nos salários de 102 funcionários aposentados da instituição que recebem gratificações indevidas. Eles participaram de reunião conjunta das comissões de Direitos Humanos e do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizada nesta quarta-feira (18/7/07). A reunião foi realizada a pedido do deputado Durval Ângelo (PT), que adiantou que não haverá corte nos pagamentos enquanto não se encontrar uma solução para o impasse.

O grupo de servidores aposentados da Fhemig se viu surpreendido em junho com a notícia de corte em seus proventos, que pode ultrapassar 50% em alguns casos. Trata-se de gratificações pagas em virtude de extensão de jornada de trabalho ou pelo exercício de cargos de confiança. Elas foram incorporadas aos salários por meio de portaria interna da Fhemig, e não por lei aprovada na ALMG. "O presidente da Fhemig confirmou o corte nos pagamentos, o que gerou uma situação de terrorismo. O erro foi institucional, não foi nosso", alega o aposentado Saturnino Carvalho Gomes.

A nutricionista Jaqueline Dias Freitas, que começou a trabalhar na Fhemig em 1954, relata a angústia de se ver na iminência de um corte de 55% em sua aposentadoria. "Não sei como vou viver", desabafa. O diretor administrativo da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Augusto dos Passos Martins, reclama que o governo do Estado não tem interesse de discutir uma solução para o problema com as entidades sindicais. A Asthemg propôs o enquadramento dos aposentados por tempo de serviço, conforme prevê o plano de carreira da categoria, mas não obteve resposta do Estado, segundo o diretor.

Em meio a essas críticas, o representante da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) assegurou que o vice-governador Antônio Augusto Anastasia já manifestou interesse em buscar uma solução. Segundo o chefe de gabinete da Fhemig, Fernando Eduardo Guimarães Barbosa, a instituição quer resolver o impasse da melhor maneira possível. "Estamos consternados com essa situação", disse. O diretor de planejamento, gestão e finanças da Fhemig, Ricardo Luís Barbosa Guimarães, reiterou que a instituição quer resolver o problema sem prejudicar os servidores.

Deputados manifestam solidariedade

Todos os parlamentares presentes à reunião manifestaram solidariedade aos aposentados da Fhemig. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo, disse que a reivindicação do grupo é legítima, e lembrou que a Assembléia já regularizou situações semelhantes, com a aprovação de leis em benefício de servidores do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Ele propôs que o problema seja resolvido por meio de uma emenda ao Projeto de Lei Complementar 27/07, que visa regularizar as aposentadorias dos designados da educação.

O deputado Carlos Mosconi (PSDB), que já foi presidente da Fhemig, informou que o governo assumiu o compromisso de não cortar os pagamentos de agosto. Para a presidente da Comissão do Trabalho, deputada Rosângela Reis (PV), não se deve procurar culpados, mas sim procurar soluções para o problema. Os deputados Domingos Sávio (PSDB) e Ruy Muniz (DEM) também manifestaram apoio aos servidores.

Ao final da reunião, foram aprovados dois requerimentos de autoria coletiva com pedidos de providências. O primeiro pede à Fhemig a suspensão dos procedimentos administrativos abertos para investigar as irregularidades constatadas no pagamento das aposentadorias. O segundo solicita à Seplag providências para regularizar a situação dos aposentados.

Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos; Luiz Tadeu Leite (PMDB), vice; Ruy Muniz (DEM), Domingos Sávio (PSDB), Carlos Mosconi (PSDB) e Weliton Prado (PT); e deputadas Rosângela Reis (PV), presidente da Comissão do Trabalho; e Elisa Costa, vice.

 

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