Plenário aprova sete projetos na Reunião Ordinária

Os deputados da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovaram sete projetos de lei na Reunião Ordinária de Plenári...

17/07/2007 - 00:01
 

Plenário aprova sete projetos na Reunião Ordinária

Os deputados da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovaram sete projetos de lei na Reunião Ordinária de Plenário, nesta terça-feira (17/7/07). Os parlamentares encerraram ainda a fase de discussão de seis proposições. Outros dois projetos receberam emendas e retornaram às comissões.

Entre os projetos aprovados estão o PL 76/07, do deputado Gilberto Abramo (PMDB), que determina a aplicação de testes vocacionais em todas as escolas públicas e privadas do Estado. Aprovada em 2º turno, a proposição obriga os estabelecimentos de ensino a prestarem serviços de orientação aos alunos dos cursos regulares e de educação de jovens e adultos de nível médio. A orientação deve ser acompanhada por um pedagogo, que deve trabalhar na tentativa de identificar os interesses e aptidões dos estudantes.

Também em 2º turno, foi aprovado, na forma do substitutivo nº 1, o PL 153/07, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que cria a Política Estadual de Controle e Erradicação da Anemia Infecciosa Eqüina, doença conhecida como febre dos pântanos. A iniciativa estabelece as responsabilidades do Estado e as infrações administrativas, decorrentes da omissão dos governantes. A anemia eqüina é causada por um vírus transmitido pela picada de moscas e não tem cura.

Outros dois projetos passaram em 2º turno: o PL 172/07, do deputado Gustavo Valadares (DEM), institui a política de incentivo ao uso da bicicleta em Minas Gerais. O texto determina as ações do Estado para garantir a concretização da política de incentivo ao uso desse meio de transporte. Entre as ações, estão a divulgação dos benefícios do ciclismo, a realização de cursos internacionais sobre a prática e a implementação de programas de mobilidade. O PL 328/07, do deputado Zé Maia (PSDB), por sua vez, acrescenta os parágrafos 4º e 5º ao artigo 39 da Lei 11.404, de 1994, que contém normas de execução penal. A intenção é fazer com que 5% das vagas para contratações de obras e de serviços públicos sejam reservados a sentenciados. A preferência é para os que cumprem pena na localidade onde será executada a obra ou o serviço e para aqueles com melhores indicadores de aptidão, disciplina e menor grau de periculosidade.

Meio Ambiente - Já em 1º turno, foi aprovado, na forma do substitutivo nº 1, o PL 11/07, do governador do Estado, que modifica a atuação da polícia ambiental de Minas Gerais. O projeto altera o parágrafo 3º do artigo 16-B da Lei 7.772, de 1980, sobre a proteção e conservação do meio ambiente. Também em 1º turno, os deputados aprovaram o PL 41/07, do governador, que autoriza o Estado a permutar imóvel com o América Futebol Clube.

Comenda - Também na reunião desta terça-feira, foi aprovado, em turno único, o PL 1.337/07, dos deputados Alberto Pinto Coelho (PP), presidente da ALMG, e Getúlio Neiva (PMDB), que autoriza o governo do Estado a criar a Comenda Teófilo Otoni, para homenagear pessoas e instituições que se destaquem nas áreas de políticas, cultural, econômica e social das regiões dos Vales do Jequitinhonha e São Mateus, Mucuri e Norte de Minas.

Emendas - O PL 1.182/07, do governador do Estado, que prioriza os credores idosos para o recebimento de precatórios de natureza alimentar, recebeu três emendas. A proposta inicial dá preferência a pessoas com 70 anos ou mais. Um das emendas, da deputada Elisa Costa, líder do PT, sugere a diminuição do limite de idade para 60 anos.

O PL 1.016/07, do deputado João Leite (PSDB), que declara como patrimônios históricos e culturais de Minas Gerais os mercados distritais de Santa Tereza e do Cruzeiro, em Belo Horizonte, também recebeu emendas. Uma delas, do deputado Irani Barbosa (PSDB), pede a inclusão do mercado do Barroca à declaração. Os PLs 1.182 e 1.016, de 2007, voltam agora as comissões para que as emendas recebam parecer.

Deputado defende servidores designados

O 1º-vice-presidente da ALMG, deputado Doutor Viana (DEM), defendeu a iniciativa do governo do Estado de vincular os servidores designados ativos e inativos da área de educação ao regime previdenciário do Estado. "A proposição enviada pelo governador Aécio Neves para esta Casa vai corrigir uma grande injustiça. Gente que trabalhou por décadas e que agora terá direito de se aposentar com dignidade", ressaltou. O parlamentar pediu sensibilidade à imprensa e à população em relação à causa destes 100 mil servidores que serão beneficiados. Doutor Viana elogiou ainda o início da duplicação de parte da BR-040, no trecho de Sete Lagoas ao trevo de Curvelo. "É altíssimo o número de acidentes nessa rodovia, e as obras devem dar mais segurança aos motoristas".

Já o deputado Carlin Moura (PCdoB) mostrou-se preocupado com a atuação das mineradoras no Estado. Ele leu cartas dos prefeitos de Itabirito e Ouro Preto, que reclamam do repasse de verbas pelas empresas. "Precisamos fazer uma cruzada em defesa dos municípios. Nossa riqueza mineral não pode servir só para o lucro de poucas companhias. É preciso compartilhar com o povo mineiro. Não podemos permitir que uma mineradora explore o minério por 30 anos e vire as costas e vá embora depois de acabar com tudo", defendeu.

Ministério Público - O deputado Getúlio Neiva (PMDB) voltou à tribuna para lamentar a atuação de promotores públicos, que, segundo ele, estão mais interessados em aparecer, promovendo perseguições políticas, principalmente a prefeitos de cidades do interior. Ele justificou a recente aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 17 e negou que a proposta tenha sido aprovada apenas para dar foro privilegiado a deputados. "É uma mentira. E quem diz isso está mentindo. Apenas mudamos a iniciativa do processo", enfatizou. Ele criticou a atuação da imprensa e a omissão da mídia em investigar os casos de abusos cometidos pelos integrantes do MP.

Mercado Municipal - O deputado João Leite (PSDB) fez duras críticas à Prefeitura de Belo Horizonte, que vai vender sua participação acionária, que é de quase 10%, na Copasa. "Logo a prefeitura que lutou tanto para ter um assento no Conselho da empresa, agora joga as ações no mercado dessa maneira irresponsável. É um absurdo. São 11 milhões de ações. Isso não é pouco. Eu pergunto: quem vai ficar com estas ações?", indagou.

 

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