Presidente da ALMG afirma que o Poder cumpriu seu dever constitucional

Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (12/7/07), após Reunião Extraordinária de Plenário que aprovou, ...

12/07/2007 - 00:01
 

Presidente da ALMG afirma que o Poder cumpriu seu dever constitucional

Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (12/7/07), após Reunião Extraordinária de Plenário que aprovou, entre outras proposições, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 17/07, o presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), afirmou que o Poder Legislativo cumpriu seu dever constitucional de legislar e "o fez da maneira mais profunda e analítica possível". Destacou que o projeto de lei complementar aprovado em 2o turno atende o aspecto que motivou o Ministério Público a apresentá-lo, em relação às gratificações e indenizações dos promotores, e corrige uma incoerência relacionada à hierarquia de tratamento de autoridades e membros de poder.

Questionado se foi concedido uma espécie de privilégio para alguns ocupantes de cargos públicos, que não tinham a prerrogativa exclusiva do procurador-geral de Justiça para instaurar processo investigatório e promover inquérito civil, o presidente da ALMG afirmou que o projeto está em concordância com algo já consagrado na Constituição do Estado, que concede foro especial, por prerrogativas de funções, a membros de poderes, como é o caso de parlamentares e de secretários. "Portanto, falar em foro diz respeito ao Poder Judiciário. O que nós estamos buscando, com esta hierarquia, é dar tratamento de membros de poder e não somente ao presidente. Porque o presidente do poder nada mais é do que um membro de poder". Alberto Pinto Coelho acredita que o controle e a hierarquia vão acabar com alguns excessos e abusos a que nenhuma instituição está imune.

Ainda de acordo com o presidente da Assembléia Legislativa, os dispositivos alterados no projeto de lei complementar refletem o que está previsto na lei federal sobre o Ministério Público e buscam proporcionar maior eficácia no trabalho da instituição, com transparência, publicidade e controle social.

O parlamentar esclareceu também que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais não está inovando na questão porque, além de São Paulo, outros três estados da federação já adotam este dispositivo. Em São Paulo, salientou, esta matéria foi colocada na legislação desde 1993 e houve uma argüição, sendo que o Supremo Tribunal Federal se pronunciou, excluindo o que diz respeito à iniciativa da ação civil pública. "Com relação ao aspecto investigatório, liminarmente, o próprio Supremo manteve aquilo que nós acabamos de aprovar na Assembléia", afirmou Alberto Pinto Coelho.

O presidente da ALMG ponderou ainda sobre o tratamento dado pela imprensa sobre o relacionamento das duas instituições: "Em que pese a exploração feita pela mídia em relação a este choque entre a instituição Ministério Público e o Poder Legislativo, não vemos motivo nenhum para este tipo de colocação, uma vez que há uma convicção de que aquilo que foi aqui aprovado, em muito pouco tempo, o próprio Ministério Público e a sociedade vão aplaudir".

 

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