Análise de prorrogação do Fundomaq aguardará negociação com União

Aguardar o desfecho da negociação entre técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e da Secretaria do Tesouro ...

11/07/2007 - 00:00
 

Análise de prorrogação do Fundomaq aguardará negociação com União

Aguardar o desfecho da negociação entre técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para, então, apreciar o projeto que prorroga a vigência do Fundo Máquinas para o Desenvolvimento (Fundomaq) de 31/12/08 para 31/12/10. Essa foi a posição adotada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (11/7/07), quando a proposição foi discutida. O relator do Projeto de Lei (PL) 852/07, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), que trata do assunto, pediu prazo para apresentar seu parecer para 1º turno. Depois que o projeto, de autoria do deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), passar por essa comissão, estará pronto para o Plenário.

O caso do Fundomaq foi discutido em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira em 27 de junho. Na reunião, os deputados ouviram representantes dos municípios que aderiram ao Fundomaq e que estavam impedidos de firmar convênios com outros entes federativos. A STN não permitiu a realização de convênios com o governo federal, por entender que isso infringia a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), uma vez que eles já tinham participação em uma espécie de arrendamento mercantil, o Fundomaq. O governo do Estado contesta essa afirmação e já está negociando como a STN. Caso permaneça o questionamento, o Executivo deverá encaminhar à ALMG um projeto para solucionar o impasse apresentado pelo Tesouro Nacional.

Para o relator, é prudente aguardar a negociação entre governos estadual e federal para continuar a analisar o projeto. Já o deputado Sebastião Helvécio (PDT) defendeu veementemente o Fundomaq e negou que ele constitua uma espécie de arrendamento mercantil. "É um projeto inovador de otimização dos recursos públicos para fortalecer os governos locais", destacou, lembrando que o Tesouro estadual aportou R$ 200 milhões no fundo, para aquisição de máquinas e equipamentos para os municípios, visando à melhoria das condições da malha viária do Estado. Os bens são cedidos em comodato às prefeituras. O parlamentar criticou "o burocrata" que penalizou 650 municípios que aderiram ao programa. Afirmou ter a convicção de que os deputados precisam ser "estadualistas", corrigindo a situação equivocada de um fortalecimento bipolar de municípios e União, em detrimento do Estado, que por sua vez passa por um esvaziamento e crise de identidade.

A deputada Elisa Costa (PT) também defendeu o Fundomaq, mas ponderou que a dúvida sobre se ele seria um arrendamento mercantil vem desde a tramitação do projeto que deu origem à lei na Assembléia. A lei que trata do fundo é a 15.695, de 2005. Na opinião dela, o problema será resolvido pela via jurídica ou política. A existência de um questionamento jurídico foi, no entanto, contestada por Sebastião Helvécio, para quem o problema é de âmbito administrativo. Já o presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB), opinou que a STN exerceu o papel que seria do Supremo Tribunal Federal (STF), ao argüir a constitucionalidade do Fundomaq.

Emenda da Comissão de Constituição e Justiça apresentada ao PL 852/07 permite que os recursos do fundo sejam também empregados na aquisição de implementos e ambulâncias.

Semana de Vacinação de Adultos - A comissão aprovou, ainda, parecer favorável sobre o PL 943/07, do deputado Gilberto Abramo (PMDB), que institui a Semana de Vacinação de Adultos no Estado. O relator, deputado Sebastião Helvécio, opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 1, da CCJ. Agora o projeto está pronto para o Plenário, em 1º turno.

Pelo projeto, a semana seria realizada anualmente, a partir do dia 5 de agosto, na rede pública de saúde, com o objetivo de promover a vacinação dessa faixa etária e incentivar esse hábito, uma vez que já existe consciência da necessidade de vacinação infantil e várias campanhas de vacinação de idosos. No entanto, o texto original contém impropriedades, como a previsão de oferecimento de várias vacinas na data comemorativa e a distribuição de carteira para controle das vacinas. Isso porque essas ações já existem. Para suprimir essas impropriedades, o relator apresentou o substitutivo nº 1, que passou a prever apenas a criação da semana de vacinação para adultos, na data já estipulada pelo projeto original.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Jayro Lessa (DEM), vice; Antônio Júlio (PMDB), Elisa Costa (PT), Sebastião Helvécio (PDT), Weliton Prado (PT) e Lafayette de Andrada (PSDB).

 

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