Plenário receberá pedidos de dados sobre Balanço-Geral do Estado

Até o dia 19 de julho poderão ser protocolados requerimentos de informações ao Poder Executivo e ao Tribunal de Conta...

10/07/2007 - 00:00
 

Plenário receberá pedidos de dados sobre Balanço-Geral do Estado

Até o dia 19 de julho poderão ser protocolados requerimentos de informações ao Poder Executivo e ao Tribunal de Contas relacionados ao Balanço-Geral do Estado relativo ao exercício de 2006. O balanço foi publicado no "Diário do Legislativo" do dia 7 de julho e distribuído em avulso aos deputados no último dia 9, quando começou a contar o prazo de dez dias para os requerimentos. A informação foi repassada aos parlamentares na Reunião Ordinária de Plenário, desta terça-feira (10/7/07), da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Também na reunião, foi determinado que o Projeto de Lei (PL) 943/07, que institui a Semana de Vacinação de Adultos no Estado, passe a tramitar nos termos do artigo 190 do Regimento Interno. O artigo determina a tramitação em turno único de projeto de lei que verse sobre data comemorativa e homenagem cívica.

Foram recebidos dois ofícios: o primeiro, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), trata de Projeto de Lei Complementar (PLC) que contém a organização e divisão judiciárias do Estado. Já o ofício encaminhado pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, solicita a retirada de tramitação do PLC 17/07. Originalmente, o projeto cria uma gratificação para promotores que acumulam funções em mais de uma vara ou comarca, além de uma indenização por plantões aos finais de semana e feriados.

PEC 35/07 - A Presidência designou a Comissão Especial para emitir parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 35/07 (que estende a possibilidade de destinação de recursos públicos, aplicando-os na concessão de bolsas-de-estudo para alunos carentes dos ensinos técnico-profissionalizante e superior de estabelecimentos de ensino, quando houver falta de vagas ou de cursos regulares da rede pública na localidade de residência do educando). São membros os deputados: pelo Bloco Social Democrata (BSD), João Leite (PSDB) e Lafayette de Andrada (PSDB), efetivos e Ana Maria Resende (PSDB) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), suplentes; pelo PMDB, Vanderlei Miranda (efetivo) e Luiz Tadeu Leite (suplente); pelo PT, Almir Paraca (efetivo) e Paulo Guedes (suplente); pelo DEM, Maria Lúcia Mendonça (efetiva) e Leonardo Moreira (suplente).

Comunicação - O deputado Neider Moreira, informou que abre mão de sua vaga de membro efetivo na Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização.

Requerimentos deferidos - Os deputados Dalmo Ribeiro Silva, Agostinho Patrús Filho e Dinis Pinheiro, solicitaram a retirada de tramitação, respectivamente, do requerimento 65/07, do PL 1.347/07 e do PLC 12/07.

Fhemig e classificação de programas de TV foram tema de discursos

O deputado Durval Ângelo (PT) reiterou a posição contrária da bancada do PT ao PLC 17/07. "Somos contrários a essa sistemática de gratificação", afirmou. Acompanhando a fala do parlamentar, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) também se declarou contra o projeto. "Pode ser legal, mas é imoral", disse. Durval falou sobre o problema de 104 servidores aposentados da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que tiveram cortes de 50 a 70% em seus vencimentos. Muitos deles estavam representados nas galerias do Plenário, por membros da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg).

A classificação indicativa dos programas de televisão foi tratada pelo deputado Vanderlei Miranda (PMDB) que citou trechos de novela e programas que, segundo ele, não contribuem em nada para a construção de valores da família brasileira. "Vemos à tarde, cenas de sexo explícito. Outro programa traz uma garota toda tatuada falando sobre sexo. Qual a contribuição disso? Que serviço esses programas prestam?", questionou ele, citando trechos da Constituição Federal. "Os nossos lares estão sendo invadidos, agredidos, e os valores jogados na lama", frisou. Miranda questionou um manifesto publicado sobre o tema. "Ele está trabalhando para preservar a liberdade de comunicação da imprensa saudável ou, ao se preocupar com a liberdade de expressão não se preocupa com o lixo que é veiculado?".

Pedido de retirada do PLC 17/07 gera debate

Durante a discussão, em 2º turno, do PL 68/07, do deputado Paulo Guedes, que altera a Lei 15.910, de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), os deputados Antônio Júlio (PMDB), Getúlio Neiva (PMDB), Paulo Cesar (PDT) e Rêmolo Aloise (PSDB) concentraram-se no debate sobre o pedido de retirada do PLC 17/07.

Antônio Júlio citou vários exemplos do que considera abusos de alguns promotores públicos, sobretudo dos que trabalham no interior do Estado. Sobre a carta com o pedido de retirada do projeto, ele afirmou que "ela quer impedir a Assembléia de legislar. Não é o Ministério Público que vai definir o que vamos votar". "Hoje, as denúncias contra prefeitos são consideradas crimes. Promotor não manda me Câmara Municipal", alertou Antônio Júlio, dirigindo-se aos vereadores e prefeitos das cidades mineiras.

"Não temos nada contra o salário deles. O orçamento é deles. Não aceito o argumento do deputado Durval contra subsídio. O problema aqui é que o Ministério Público se acha maior que o Estado, maior que a lei, maior que a Justiça", disse o deputado Getúlio Neiva. "Só o Poder Judiciário está nos salvando. Os jornalistas, pobres jornalistas, são obrigados por suas editorias a buscar informações no Ministério Público, porque lá não há perigo de haver problema com a Justiça. Eles estão acima da lei", declarou Neiva. O deputado Paulo Cesar também citou exemplos de casos no interior, como um promotor que obrigou um prefeito a comprar um medicamento de mais de R$ 20 mil sem constar em orçamento municipal. "Minha preocupação é como será o relacionamento entre os poderes. O Ministério Público também erra e essa carta é uma exemplo disso. Esse é o momento mais rico que esta casa coloca à sociedade", afirmou o deputado Rêmolo Aloise, citando que o tema já está sendo debatido há quase 30 dias na ALMG. Os deputados também se solidarizaram com os vereadores de Belo Horizonte, que são alvo de processo relativo a nepotismo.

 

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