Plenário aprova alteração na tabela de vencimentos da ALMG

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, em Reunião Extraordinária, na manhã desta quinta-feira ...

05/07/2007 - 00:00
 

Plenário aprova alteração na tabela de vencimentos da ALMG

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou, em Reunião Extraordinária, na manhã desta quinta-feira (5/7/07), em 2º turno o Projeto de Lei (PL) 1.338/07, da Mesa da Assembléia, que altera a tabela de vencimentos básicos dos servidores da secretaria da ALMG. O projeto também teve aprovado o seu parecer de redação final e agora poderá ser encaminhado ao governador Aécio Neves para sanção. Também teve o parecer de redação final aprovado o PL 597/07, do governador, que altera a Lei 16.190, de 2006, que estabelece as tabelas de vencimento das carreiras do Grupo de Atividades de Tributação, Fiscalização e Arrecadação.

O PL 1.388/07 foi aprovado na forma do vencido em 1º turno. Ele altera as tabelas dos vencimentos básicos dos servidores ativos e inativos da ALMG, reajustando-os em 15% a partir de 1º/7/07 e corrigindo as diferenças existentes entre os padrões de vencimento. Na forma em que foi aprovada, a proposição incluiu os pensionistas da Assembléia no reajuste. Em declaração de voto, o deputado Délio Malheiros lembrou que o reajuste é justo, pois os vencimentos dos servidores da Assembléia encontram-se com seus valores defasados.

Segundo a justificativa do projeto, o objetivo é corrigir uma impropriedade existente na tabela de escalonamento vertical de vencimentos dos servidores, uma vez que, nela, as diferenças entre os padrões não são uniformes e têm variações nos percentuais, acarretando tratamento desigual dos servidores por ocasião da concessão de progressões e promoções. O objetivo é estabelecer a uniformização dos índices entre os padrões de vencimento. A justificativa também ressalta que, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite de despesas de pessoal aplicável à ALMG é de 2,2272% da Receita Corrente Líquida do Estado, sendo que atualmente o gasto com pessoal encontra-se em 1,37%, abaixo do limite prudencial estabelecido pela legislação.

Doação de imóveis - Na reunião, foram aprovados em 1º turno três projetos de doação de imóvel. O PL 1.027/07, do governador do Estado, que autoriza o Executivo a doar ao município de Delta imóvel com área de 15.752 m² para ser construída sede de escola estadual, foi aprovado na forma original.

O PL 1.028/07, também do governador, que dá nova redação ao parágrafo único do artigo 1º da Lei 7.013, de 1977, que autorizou o Executivo a doar imóvel ao município de São Lourenço, foi aprovado na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça. Dessa forma, a proposição desobriga o município a dar a destinação prevista na lei ao imóvel, e determina a instalação, em parte do imóvel (3.767 m²), da nova sede do serviço militar.

Foi ainda aprovado, na forma original, o PL 1.141/07, do presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), que autoriza o Executivo a doar imóvel de 7.273,35 m² ao município de Pains. O imóvel deverá ser destinado ao funcionamento de uma praça pública de lazer e para arruamento público.

Deputados criticam fechamento do Mercado Distrital de Santa Tereza

Durante a Reunião Extraordinária, vários deputados fizeram uso da palavra para debater o fechamento do Mercado Distrital de Santa Tereza pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). O deputado Délio Malheiros afirmou que a guarda municipal da PBH fechou durante a madrugada o mercado e retirou os comerciantes e suas mercadorias do local. Ele condenou a atitude da prefeitura e considerou que foi um desrespeito aos direitos dos comerciantes.

O deputado João Leite (PSDB) afirmou que os mercados distritais fazem parte da história de Belo Horizonte e que a PBH agiu não somente contra o interesse dos comerciantes, mas contra o interesse da população. "A prefeitura está acabando com um espaço de encontro da cidade, cheio de história e cultura. Está sepultando a história de Belo Horizonte", destacou.

O deputado Ademir Lucas (PSDB) cobrou do Ministério Público uma ação em defesa dos comerciantes do patrimônio histórico de Belo Horizonte. Ele disse que os comerciantes perderam os produtos perecíveis que estavam armazenados. O deputado Fábio Avelar (PSC) afirmou que a ação da prefeitura foi um desrespeito à população e à Assembléia. Ele lembrou do PL 1.016/07, de autoria de 19 deputados, que declara como patrimônios históricos e culturais de Minas Gerais os mercados distritais do Cruzeiro e de Santa Tereza, em Belo Horizonte e que está tramitando na ALMG.

O deputado Antônio Júlio (PMDB) também criticou a ação da prefeitura. Ele considerou que o fechamento do mercado foi uma agressão a cultura e à historia de Belo Horizonte. O deputado Wander Borges (PSB) afirmou que, antes de ter tomada qualquer decisão, a prefeitura deveria ter buscado o entendimento com a população. Ele também disse que se houvesse mais investimento público no local não seria necessário fechar o mercado. O deputado Doutor Viana (DEM), 1o-vice-presidente da ALMG, também manifestou sua posição contrária ao fechamento do mercado.

Participação da população - O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) afirmou que cabe à população de Santa Tereza se manifestar sobre o fechamento do mercado distrital. Ele considerou que é preciso que a população mostre à PBH que tem interesse em manter o mercado funcionando. O deputado João Leite disse que a população já esteve na Assembléia e manifestou ser contrária ao fechamento do mercado. Alencar da Silveira Jr. ressaltou que irá apoiar a vontade da população de Santa Tereza.

 

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