Comissão debate situação de famílias que ocupam prédio em BH

A situação de cerca de 100 famílias que ocupam um prédio no bairro Serra, em Belo Horizonte, será discutida em audiên...

04/07/2007 - 00:00
 

Comissão debate situação de famílias que ocupam prédio em BH

A situação de cerca de 100 famílias que ocupam um prédio no bairro Serra, em Belo Horizonte, será discutida em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (5/7/07). A reunião, que atende a requerimento do deputado Durval Ângelo (PT), será às 9 horas, no Auditório. Representantes dos sem-casa estiveram em reunião da comissão, na última quinta-feira (28), pedindo a intermediação dos deputados. O prédio ocupado está localizado na rua Corinto, 215 e se encontra inacabado, sendo uma das obras abandonadas, há cerca de 15 anos, pela Construtora Encol, quando da sua falência. Durante a reunião, devem ser debatidas também as políticas públicas habitacionais em busca de soluções ágeis para os sem-casa.

De acordo com informações do gabinete do deputado Durval Ângelo, a ocupação, batizada de "João de Barro", ocorreu em 28 de abril passado e envolvia, à época, 200 famílias organizadas pelos movimentos Brigadas Populares, Assembléias Unificadas dos Sem-Casa e Fórum de Moradia do Barreiro. No dia 1º de maio, foi concedida liminar de reintegração de posse a mutuários da Encol que compraram imóveis na planta e, no dia 24 do mesmo mês, a Polícia Militar organizou operação para a desocupação. Segundo representantes dos sem-teto, essa operação teria contado com grande aparato, reunindo 400 policiais fortemente armados. O despejo só não ocorreu devido a uma decisão do Tribunal de Justiça, que determinou a imediata suspensão da desocupação até que fosse julgado recurso dos sem-casa.

Política habitacional - Ainda de acordo com a assessoria do autor do requerimento, os sem-casa reivindicam a desapropriação do imóvel e prometem lotar o auditório da Assembléia. Os movimentos organizados informam que há 13 mil famílias na fila de espera da política habitacional da Prefeitura de Belo Horizonte, muitas das quais já estariam aguardando há nove anos. Em contrapartida, segundo eles, existiriam 70 mil imóveis no Estado sem cumprir sua função social, muitos dos quais abandonados.

Foram convidados para a reunião, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), Dilzon Luiz de Melo; o secretário de Políticas Urbanas de Belo Horizonte, Murilo de Campos Valadares; o defensor público da Defensoria Pública do Estado, Everton Flávio Ronconi da Rocha; o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias (CAO-DH), Rodrigo Filgueira de Oliveira; a coordenadora do Núcleo Jurídico do Observatório das Cidades da PUC Minas, Marinella Machado Araújo; o representante do Fórum de Moradia do Barreiro, José Mariano Lana; e a representante das Brigadas Populares, Frente de Moradia, Sarah de Souza Otoni.

 

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