Projeto sobre mercados distritais passa pela Comissão de Cultura

Aprovado nesta terça-feira (3/7/07), na Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, parecer favorá...

03/07/2007 - 00:01
 

Projeto sobre mercados distritais passa pela Comissão de Cultura

Aprovado nesta terça-feira (3/7/07), na Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, parecer favorável de 1º turno ao Projeto de Lei (PL) 1.016/07, que declara como patrimônios históricos e culturais de Minas Gerais os mercados distritais do Cruzeiro e de Santa Tereza, em Belo Horizonte. O parecer do deputado Dimas Fabiano (PP), foi lido pela deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM) durante a reunião da comissão. De autoria de 19 deputados, tendo como primeiro signatário o deputado João Leite (PSDB), o PL 1.016/07 segue agora para a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais.

O projeto determina que caberá ao Poder Executivo a adoção das medidas cabíveis para registro dos bens culturais. Na prática, de acordo com o parecer, a medida preserva a memória desses estabelecimentos comerciais e culturais. "Entretanto, o registro não implica que as atividades pertinentes aos mercados sejam necessariamente exercidas nos locais em que atualmente se encontram." O parecer também esclarece que "não se está tombando nenhuma das estruturas físicas dos dois mercados". Caso houvesse o tombamento, ele não implicaria na manutenção das atuais atividades, pois, segundo o relator, "não existe o chamado tombamento de uso". Tombamento de uso é o nome jurídico dado a um equívoco usual, que é "imaginar que, ao proteger um bem cultural, implicitamente se estaria 'tombando' a atividade praticada nesse imóvel", explica o texto do parecer, que é finalizado com um questionamento: a não-inclusão do Mercado Central, "uma referência para todos os mineiros", no projeto em questão.

Iniciativa - O projeto foi apresentado pelos parlamentares depois de audiência pública promovida em 26 de abril pela Comissão de Direitos Humanos. Nessa audiência, comerciantes e freqüentadores, incluindo artistas, demonstraram preocupação quanto à possibilidade de fechamento dos espaços públicos. Em 10 de maio, a comissão percorreu as instalações dos mercados e se mobilizou para demonstrar o apoio da ALMG à causa dos feirantes. Segundo informações repassadas pelos feirantes aos deputados, a Prefeitura de Belo Horizonte pretende construir um quartel da Guarda Municipal em Santa Tereza e um estacionamento no Cruzeiro.

Sobre os locais - O mercado distrital de Santa Tereza já teve 99 boxes, mas hoje conta com apenas 15 feirantes. Trabalham no local cerca de 120 pessoas (somando-se os funcionários de um supermercado dentro de suas dependências). Atualmente, existem 36 boxes desocupados, mas segundo os feirantes haveria pelo menos 74 pessoas interessadas em ocupá-los. Já os comerciantes do mercado distrital do Cruzeiro ficaram sabendo pela imprensa que existe a intenção de transformar o espaço em uma espécie de centro gastronômico. Longe da situação de abandono de Santa Tereza, o mercado do Cruzeiro tem 58 lojas em atividade e recebe cerca de 8 mil pessoas semanalmente.

Os autores do PL 1.016/07 são os deputados João Leite (PSDB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Durval Ângelo (PT), Ademir Lucas (PSDB), Fábio Avelar (PSC), Walter Tosta (PMN), Gustavo Valadares (DEM), Gláucia Brandão (PPS), André Quintão (PT), Elmiro Nascimento (DEM), Doutor Rinaldo (PSB), Carlin Moura (PCdoB), Maria Lúcia Mendonça (DEM), Agostinho Patrús Filho (PV), Domingos Sávio (PSDB), Gustavo Corrêa (DEM), Wander Borges (PSB), Ronaldo Magalhães (PSDB) e Délio Malheiros (PV).

Ainda na reunião, foram aprovados três requerimentos de voto de congratulações, que dispensam a apreciação do Plenário.

Presenças - Deputadas Gláucia Brandão (PPS), Maria Lúcia Mendonça (DEM) e deputado Antônio Genaro (PSC).

 

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