Luz para Todos não será interrompido em Minas Gerais

O Programa Luz para Todos não será interrompido em Minas Gerais e, até que seja assinado novo contrato com a Cemig, a...

03/07/2007 - 00:03
 

Luz para Todos não será interrompido em Minas Gerais

O Programa Luz para Todos não será interrompido em Minas Gerais e, até que seja assinado novo contrato com a Cemig, a empresa continuará a fazer as ligações rurais faltantes. A garantia foi dada pelos representantes do governo federal, da Cemig e das empreiteiras que dividem a obra com a concessionária estadual, em reunião da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (3/7/07). A comissão discutiu em audiência pública, requerida pelos deputados Weliton Prado (PT) e Ronaldo Magalhães (PSDB), a interrupção do programa que está levando luz aos domicílios rurais de todo o País.

O Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - Luz para Todos, do governo federal, gerido pelo Ministério das Minas e Energia, por meio da Eletrobrás, já cumpriu mais de 50% de sua meta em todo o País, que é de 4 milhões de ligações em quatro anos, segundo seu coordenador estadual, Marcílio de Sousa Magalhães. Isso representa mais de 1 milhão de domicílios ligados, em dois anos. A meta do Luz para Todos é atingir 15 milhões de pessoas até 2008 na área rural de todo o País, especialmente regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Em Minas Gerais, já foram feitas 193.637 ligações, sendo 181.342 pela Cemig e 10.130 pela Cataguazes-Leopoldina, além de contratos menores com outras empresas. O primeiro contrato com a Cemig foi de R$ 270 milhões, para atender 72 mil domicílios. E o segundo de R$ 507 milhões para atender a 83 mil ligações. Com a Cataguazes, a Eletrobrás contratou 10.200 ligações, ao custo de R$ 42 milhões. A empresa constatou uma demanda em sua área de atendimento, a Zona da Mata, e já solicitou novo contrato para a ligação de mais 18 mil residências rurais.

Novas ligações aguardam liberação de contrato

A Cemig ainda tem um passivo de cerca de 100 mil ligações a serem feitas, de acordo com informações do seu representante, Ricardo José Charbel. A empresa encaminhou à Eletrobrás, em abril, o projeto para essa nova etapa. De acordo com Charbel, as previsões iniciais da empresa eram de atendimento de 105 mil domicílios, número baseado em dados do IBGE, que dois meses após o início dos levantamentos em campo, chegou a 176 mil moradias. Ele informou ainda que foram gerados oito mil empregos diretos neste período. A empresa constatou o aumento do processo produtivo das famílias atendidas e, conseqüente geração de renda, ainda segundo Charbel. O Luz para Todos, por meio da Cemig, foi responsável pela construção de 53 mil km de redes, pela instalação de 120 mil transformadores e 580 mil postes. Segundo o coordenador de divulgação do programa pela Cemig, Higino Zacarias de Souza, Minas Gerais executou cinco vezes mais ligações do que os outros estados.

Tanto os representantes da Cemig, da Cataguazes, como os do Programa Luz para Todos, enfatizaram o compromisso com o prosseguimento do projeto em Minas. "O programa não vai ser interrompido em Minas, as empreiteiras podem executar o serviço que serão ressarcidas", garantiu Marcílio de Sousa. O representante do Ministério das Minas e Energia, Aurélio Pavão Paiva, disse ter-se surpreendido com as notícias de interrupção do Luz para Todos no Estado. "O programa não corre risco em Minas, estamos em fase de análise do cadastro e repactuação do contrato". Minas Gerais vai chegar a 300 mil ligações, o que representa dois terços da demanda de toda a Região Sudeste, informou o coordenador do programa para essa região, Paulo Tadeu Silva Darcadia.

Deputados aliviados - Acompanhando a discussão desde as audiências de Paracatu, Araçuaí e Montes Claros, quatro deputados se declararam aliviados com as garantias de que o programa não sofrerá interrupção. Weliton Prado insistiu na importância dos esclarecimentos e de as ligações atingirem 100% dos domicílios cadastrados. Lafayette de Andrada (PSDB) e Wander Borges (PSB) criticaram o cadastro do IBGE, segundo eles, o responsável pela diferença entre metas e atendimentos. Borges sugeriu uma margem maior nesse número para que sejam atendidas as demanda que forem surgindo. Domingos Sávio (PSDB) pediu critérios para o atendimento das residências que ainda faltam. "Que sejam priorizados os municípios que não tenham recebido ainda 50% das ligações previstas e que as empresas definam a forma de execução com transparência".

Deputados e representantes da Cemig e da Cataguazes pediram ainda a extinção da Resolução 238 da Aneel, que limita as ligações a R$ 18 mil por residência.

Requerimentos - Do deputado Durval Ângelo (PT), que pede informações à Cemig, ao Ministério das Minas e Energia, e ao coordenador do programa, sobre a implementação do Luz para Todos em Novo Oriente de Minas. Do deputado Padre João (PT), que pede o envio de ofício ao governador do Estado, solicitando a inserção na Lei Delegada 160, de 2003, e no Decreto 44.022, de 2005, a função deliberativa do Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana; e a realização de audiência pública em Piranga, para discutir os mecanismos de controle social do Programa Bolsa Família. E dos deputados: Weliton Prado, Domingos Sávio, Lafayette de Andrada, Wander Borges, Neider Moreira (PPS) e Elmiro Nascimento (DEM), o envio de ofícios a Ministério de Minas e Energia, governo do Estado, Eletrobrás e Cemig solicitando providências para a imediata continuidade do programa, especialmente celebração de novo contrato, definição, disponibilização de recursos, agilização da contratação de empresas executoras e definição do cronograma de obras em Minas Gerais.

Presenças - Deputados Weliton Prado (PT), presidente; Wander Borges (PSB); Neider Moreira (PPS), Lafayette de Andrada (PSDB), Domingos Sávio (PSDB), João Leite (PSDB) e Elmiro Nascimento (DEM).

 

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