Nova regulamentação para farmácias será debatida em audiência

Transformar a farmácia em estabelecimento de saúde; combater o conceito comercial da venda do produto farmacêutico e ...

29/06/2007 - 00:00
 

Nova regulamentação para farmácias será debatida em audiência

Transformar a farmácia em estabelecimento de saúde; combater o conceito comercial da venda do produto farmacêutico e seu consumo irracional estimulado pela automedicação; e atualizar a regulamentação sobre o funcionamento das farmácias, cuja legislação é da década de 70. Todos esses assuntos deverão ser discutidos em audiência da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, solicitada pela deputada Elisa Costa (PT), marcada para quinta-feira (5/707). A reunião será às 10 horas, no Plenarinho I. A parlamentar quer discutir a proposta de nova regulamentação para o setor, que tramita no Congresso Nacional sob a forma do Projeto de Lei (PL) 4.385. Ela defende que o debate esteja integrado aos preceitos do SUS e das políticas nacionais de medicamentos e de assistência farmacêutica.

No requerimento da audiência, Elisa Costa revela números preocupantes sobre o setor. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que 50% a 70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa; 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente; 75% das prescrições de antibióticos são errôneas e apenas 50% dos pacientes tomam os medicamentos corretamente. Segundo a parlamentar, são inúmeros os prejuízos causados pelas práticas comerciais nas farmácias. Por ano, cerca de 20 mil casos de intoxicação por medicamentos são notificados aos serviços de saúde. "O consumo sem orientação e prescrição de medicamentos como antibióticos resulta no fortalecimento de vírus e bactérias e na conseqüente ineficiência dos tratamentos. Há prejuízos para o indivíduo e risco para a saúde coletiva", opina.

Na avaliação de Elisa Costa, o Brasil precisa de uma política pública que altere o conceito e as práticas das farmácias. Para a promoção da saúde pública, elas deveriam repassar noções sanitárias; promover o uso racional dos medicamentos e prestar assistência por meio do farmacêutico. "Fazer da farmácia um estabelecimento de saúde é uma atividade de interesse social e demanda participação da população e de seus representantes no Congresso Nacional e nas Assembléias", diz.

Convidados - Foram convidados a participar dos debates o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Lauro Mello Vieira; o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais, Rilke Novato Públio; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Lázaro Luiz Gonzaga; a promotora de Justiça da área da saúde, Josely Ramos Pontes; o superintendente da Vigilância Sanitária do Estado, José Geraldo Leal de Castro; e o secretário de Saúde de Belo Horizonte e presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior.

 

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