Comissão de Defesa do Consumidor aprova parecer a quatro projetos

Quatro projetos de lei (PLs) tiveram pareceres de 1º turno favoráveis aprovados na reunião desta terça-feira (26/6/07...

26/06/2007 - 00:00
 

Comissão de Defesa do Consumidor aprova parecer a quatro projetos

Quatro projetos de lei (PLs) tiveram pareceres de 1º turno favoráveis aprovados na reunião desta terça-feira (26/6/07) da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Na ocasião, também foi informado que na próxima quinta-feira, a comissão vai receber uma visita oficial da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa de São Paulo. Os deputados paulistas vêm a Belo Horizonte para conhecer o Procon Assembléia e a dinâmica de trabalho da comissão mineira, que segundo o deputado Délio Malheiros (PV), seu presidente, "está se tornando referência nacional".

Dos projetos aprovados, três são de autoria do deputado Leonardo Moreira (DEM). Um deles é o PL 448/07, que teve como relator o deputado Délio Malheiros. O objetivo da proposta é a adoção de medidas eficazes para coibir o protesto de títulos sacados indevidamente pelos fornecedores. Nos termos da proposição, "o fornecedor que levar a protesto qualquer título sacado de forma indevida, validamente sacado e que tenha se tornado indevido por inexecução contratual ou validamente sacado, mas referente a débito já pago" passará a ser devidamente penalizado, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

O PL 964/07, do deputado Délio Malheiros, obriga as instituições financeiras a advertir os usuários de seus serviços sobre fraudes. O relator foi o deputado Carlos Pimenta (PDT). O parecer favorável foi aprovado com a manutenção da emenda nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprimorou a redação do artigo 1º. Desta forma, obriga as instituições financeiras localizadas no Estado a informar os consumidores sobre as fraudes mais freqüentes no uso de seus serviços, bem como sobre os cuidados para sua prevenção. No projeto original, as instituições financeiras seriam obrigadas a advertir os clientes sobre essas fraudes.

Foram aprovados, ainda, dois requerimentos. Um do deputado Carlos Pimenta, que solicita realização de evento para comemoração dos 10 anos do Procon Assembléia; e outro do deputado Délio Malheiros, que pediu audiência pública para discutir sobre produtos saneantes, como água sanitária e alvejantes. Alunos da Faculdade de Ciências Jurídicas da Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha (Fevale) assistiram à reunião.

Sacolas plásticas deverão ser feitas com material reciclável ou biodegradável

A preocupação ambiental motivou a elaboração do PL 436/07 pelo deputado Leonardo Moreira. Relatado pelo deputado Délio Malheiros, o projeto dispõe sobre o acondicionamento de mercadorias no comércio varejista e tem quatro objetivos apresentados: obrigar o comércio varejista a disponibilizar para os consumidores sacos ou sacolas de material reciclável ou biodegradável; instituir a taxa de reciclagem de embalagens, a ser recolhida pelo comércio varejista; condicionar o licenciamento ambiental ao atendimento das determinações mencionadas; e obrigar o Estado a incentivar o consumidor a usar sacolas de uso permanente para acondicionar os produtos comprados.

De acordo com o parecer favorável, que foi aprovado na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça, que sanou imperfeições técnicas, com a apresentação da emenda nº 1, as sacolas convencionais deverão ser substituídas por similares biodegradáveis de forma gradual, 20% a cada ano. Assim, em cinco anos, 100% das embalagens fornecidas pelo comércio varejista em Minas Gerais deverão ser de material reciclável e biodegradável.

Outro projeto do deputado, o PL 535/07, relatado pelo deputado Walter Tosta (PMN), também trata de sacolas plásticas. O objetivo é tornar obrigatória a impressão, nas sacolas fornecidas pelo comércio varejista, de informação do volume e do peso por elas suportados. Para adequar a proposta ao PL 436/07, foi apresentado e aprovado o substitutivo nº 1, que ajusta tecnicamente a proposta, fazendo menção a "embalagens fornecidas ao consumidor" e não a sacolas plásticas.

O Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, matéria-prima utilizada na fabricação dos saquinhos plásticos, produzidos a partir do polietileno de baixa densidade, não-biodegradável e poluente também durante sua produção. Menos de 10% desses sacos são encaminhados à cadeia de reciclagem e a maior parte é descartada nos lixões. Muitas iniciativas contra esse tipo de embalagem já foram tomadas em diversos países. Na Irlanda, o governo passou a cobrar imposto por cada sacolinha e a redução da utilização chegou a 90% ou cerca de um bilhão de unidades por ano, uma economia de 18 milhões de litros de petróleo no país, segundo cálculos oficiais.

Presenças - Deputados Délio Malheiros (PV), presidente; Carlos Pimenta (PDT), Walter Tosta (PMN) e Ademir Lucas (PSDB).

 

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