Turismo quer debater apreensão em shopping popular

Representada pelo seu presidente, deputado Vanderlei Miranda (PMDB), a Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Coo...

26/06/2007 - 00:01
 

Turismo quer debater apreensão em shopping popular

Representada pelo seu presidente, deputado Vanderlei Miranda (PMDB), a Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais visitou, nesta terça-feira (26/6/07) o shopping popular Oiapoque, no centro de Belo Horizonte, para verificar a situação dos comerciantes depois da operação realizada pela Receita Federal no dia 8 de maio deste ano. A visita foi requerida pelos deputados Vanderlei Miranda e Durval Ângelo (PT).

Os lojistas denunciaram que funcionários da Receita chegaram ao shopping às 5h30 da manhã, arrombaram as lojas e levaram mercadorias e até mesmo dinheiro. A partir do que ouviu no centro de compras, Vanderlei Miranda decidiu apresentar, na próxima reunião da comissão, requerimento para debater o assunto com a participação de representantes da Receita e da Polícia Federal, da Prefeitura de Belo Horizonte e dos shoppings populares.

De acordo com o presidente da Cooperativa dos Empreendimentos dos Shoppings Populares, Aroldo João dos Santos, os fiscais não poderiam invadir as lojas, na ausência dos proprietários. Ele afirmou também que foram apreendidas mercadorias com nota fiscal., e que vários comerciantes ainda não recuperaram as mercadorias. Aroldo estava com uma cópia do mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Francisco de Assis Betti para comprovar suas denúncias. O presidente da cooperativa lembrou ainda que atualmente existem quatro shoppings populares em Belo Horizonte - Xavantes, Tubinambás, Caetés e Oiapoque -, que precisam de prazo para se regularizarem junto à prefeitura, Receita e Polícia Federal. "A única entidade que nos apoiou foi a Secretaria da Receita Federal, criando a empreitada popular, que isenta os comerciantes de pagar imposto quando a renda não exceder a R$ 10 mil por mês", lamentou.

O lojista Francino da Silva disse que teve um prejuízo de 50 mil reais com a operação da Polícia Federal e levou cerca de nove dias para reaver sua mercadoria. "Além disso o shopping levou mais de três semanas para voltar a funcionar normalmente, o que causou mais prejuízo ainda", observou. Na opinião dele, os empreendedores populares devem lutar pela formalidade, mesmo que seja um processo longo. Enquanto isso, a saída é a criação de sindicatos e cooperativas para garantir melhores condições de trabalho.

Geração de renda - De acordo com informações da Cooperativa de Compras dos Empreendedores de Shoppings Populares (Cooesp) cerca de 572 mil pessoas circulam pelo shopping Oiapoque diariamente, que conta com 900 empreendedores e gera em torno de 3.200 empregos diretos. Pelo shopping Xavantes, que tem 350 pequenos empreendedores e 900 empregados diretos, circulam 310 mil pessoas diariamente. Já no Tubinambás passam 208 mil pessoas por dia, pelas 473 lojas. Ali trabalham 1.200 pessoas. No shopping Caetés há 170 lojistas gerando 500 empregos diretos e atendendo cerca de 110 mil clientes por dia.

O deputado Vanderlei Miranda pediu aos lojistas para elaborar um documento enumerando todas as reivindicações do setor para serem discutidos mais detalhadamente, e quem sabe, levados ao conhecimento do governador do Estado.

Arbitrariedade - A comissão foi ainda ao Shopping Xavantes, onde recebeu denúncias da representante da Associação dos Lojistas do shopping, Mara Narry Cleudina, de que a administração vem fechando e lacrando boxes de forma arbitraria. A representantes do Xavantes, Érica Capanema, lembrou que o a administradora do shopping é um elo entre a prefeitura e os empreendedores e que os direitos e deveres de cada parte precisam ser cumpridos. O deputado se dispôs a ser um mediador nesse impasse.

 

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