Audiência vai tratar sobre aumento de acidentes de trabalho na Cemig

Na próxima quinta-feira (28/6/07), às 10 horas, as comissões de Direitos Humanos e do Trabalho, Previdência e da Ação...

22/06/2007 - 00:00
 

Audiência vai tratar sobre aumento de acidentes de trabalho na Cemig

Na próxima quinta-feira (28/6/07), às 10 horas, as comissões de Direitos Humanos e do Trabalho, Previdência e da Ação Social da Assembléia Legislativa de Minas Gerais vão realizar uma reunião conjunta. A audiência pública tem o objetivo de conseguir esclarecimentos sobre o aumento do número de acidentes de trabalho com vítimas fatais, a partir do ano de 1999, e debater a precarização das relações de trabalho e violações aos direitos fundamentais por parte da Cemig. O requerimento é deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos.

"Sabemos que há ações da Procuradoria do Trabalho e entendemos que se o Ministério Público do Trabalho ou a própria Justiça agilizarem um pouco essas ações, talvez nós teríamos uma condenação dessas formas de precarização do trabalho, que é o que representam as terceirizações", explica o deputado.

Desde 2001, o tema já foi tratado em pelo menos três reuniões de comissão na Assembléia. Em 2005, o coordenador-geral do Sindieletro, Marcelo Correia, acusou a Cemig de ser a distribuidora de energia campeã em acidentes de trabalho. Na ocasião, foram apresentados dados da Fundação Coge, levados pelo sindicalista, que listam 149 trabalhadores terceirizados afastados em 2003 por causa de acidentes de trabalho. O número está bem acima da média do setor, que é de 14 afastamentos por ano.

Os sindicalistas atribuem o elevado número de acidentes à terceirização. O número de trabalhadores da empresa encolheu de 17 mil, em 1994, para pouco mais de 11 mil, em 2005, apesar da ampliação do número de consumidores. Segundo Marcelo Correia, o quadro funcional da Cemig conta com assistência médica, plano de carreira e treinamentos constantes, benefícios que não são estendidos ao pessoal das empreiteiras prestadoras de serviço. Como resultado desse desamparo, os terceirizados são cinco vezes mais sujeitos a acidentes de trabalho que os funcionários efetivos.

Foram convidados para a audiência a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Luciana Marques Coutinho; o auditor Fiscal do Trabalho (MTE), da Delegacia Regional do Trabalho-MG, Wladimir Poletti Jorge; o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais; e o coordenador Geral do Sindieletro-MG, Wilian Vagner Moreira.

 

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