Comissão analisa projetos que regulam serviços de TV a cabo

Dois projetos de lei que regulam as relações entre consumidores e empresas de TV a cabo tiveram, nesta quinta-feira (...

14/06/2007 - 00:03
 

Comissão analisa projetos que regulam serviços de TV a cabo

Dois projetos de lei que regulam as relações entre consumidores e empresas de TV a cabo tiveram, nesta quinta-feira (14/6/07), parecer favoráveis de 1º turno aprovados na Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. São eles: o Projeto de Lei (PL) 615/07, do deputado Weliton Prado (PT), que fixa prazo para que as operadoras de TV a cabo efetuem a interrupção do serviço quando solicitada pelo usuário; e o PL 847/07, do deputado Leonardo Moreira (DEM), que proíbe a cobrança pela instalação e uso de ponto adicional. Os dois receberam dos relatores pareceres pela aprovação na forma original.

O PL 615/07 estabelece o prazo máximo de sete dias, contados do pedido feito pelo cliente, para que a operadora suspenda a prestação do serviço. O projeto também veda a cobrança pelo serviço dos dias que excederem o prazo de desligamento. O relator, deputado Walter Tosta (PMN), considerou que a proposição protege os interesses econômicos do consumidor, já que atualmente, embora manifeste desinteresse pela continuidade do serviço, fica obrigado a pagar a mensalidade até o efetivo desligamento da rede.

O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Délio Malheiros (PV), e o deputado Célio Moreira (PSDB) destacaram a importância da aprovação do projeto, pois o cidadão enfrenta grandes dificuldades para conseguir o cancelamento do serviço de TV a cabo. Nesse sentido, Délio Malheiros apresentou requerimento solicitando a realização de audiência pública para debater as dificuldades de cancelamento dos serviços de TV a cabo, telefonia, internet e outros.

Ponto adicional - O PL 814/07, que proíbe as operadoras de TV a cabo de cobrarem pelo ponto adicional, também recebeu parecer favorável do relator, deputado Antônio Júlio (PMDB). No parecer, o parlamentar destacou que essa cobrança é abusiva, pois a extensão da rede nas dependências internas das residências que já recebem o serviço não resulta em custo adicional para a operadora.

Projeto proíbe cobrança de consumação mínima

A Comissão de Defesa do Consumidor também aprovou o parecer ao PL 486/07, do deputado Leonardo Moreira, que proíbe restaurantes, bares e casas noturnas de cobrarem consumação mínima. O relator, deputado Célio Moreira, opinou pela aprovação do projeto em 1º turno na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça.

O substitutivo adequou o texto original à técnica legislativa, vedando a cobrança de consumação mínima por fornecedor de produto ou serviço e acrescentou a previsão de que, no caso de descumprimento da proibição, o infrator estará sujeito às penalidades previstas pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor. No parecer, Célio Moreira afirmou que a legislação brasileira já proíbe o estabelecimento de limites quantitativos para o consumo de mercadorias.

Outra proposição que teve parecer de 1º turno favorável aprovado foi o PL 609/07, do deputado Weliton Prado, que veda a inscrição do nome do consumidor de serviço público em cadastro de restrição ao crédito em decorrência de atraso no pagamento de conta de consumo. O projeto determina que a proibição dessa inscrição ocorrerá quando o serviço for prestado de forma direta pela administração pública ou por meio de concessionária ou permissionária do serviço público.

O relator, deputado Walter Tosta, opinou pela aprovação na forma original. E considerou que o consumidor já é suficientemente penalizado quando deixa de pagar a conta de consumo, uma vez que o serviço é logo interrompido. Para o deputado, não é razoável que o consumidor também tenha seu nome incluído em cadastros de restrições ao crédito.

Crédito consignado - Foi aprovado ainda requerimento do deputado Célio Moreira, que solicita a realização de audiência pública para debater a concessão de empréstimos consignados para idosos na folha de pagamento. Os deputados Antônio Júlio e Délio Malheiros discordaram da forma como esses créditos são concedidos aos aposentados, pois, muitas vezes, os juros cobrados são abusivos e as pessoas não tem acesso às condições estabelecidas nos contratos.

Presenças - Deputados Délio Malheiros (PV), presidente da comissão; Antônio Júlio (PMDB), Célio Moreira (PSDB) e Walter Tosta (PMN).

 

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