Debate público vai avaliar situação dos hospitais no Estado

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais vai realizar, na segunda-feira (25/6/07), às 14 horas, ...

18/06/2007 - 00:03
 

Debate público vai avaliar situação dos hospitais no Estado

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais vai realizar, na segunda-feira (25/6/07), às 14 horas, no Plenário, um debate público para tratar da situação financeira dos hospitais públicos, filantrópicos e privados do Estado, em virtude da não-regulamentação da Emenda à Constituição Federal no 29. O dispositivo assegura recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. O evento acontece a pedido dos deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente da comissão; Roberto Carvalho (PT); e Dinis Pinheiro (PSDB), que é o 1º-secretário da ALMG.

Segundo Dinis Pinheiro, nos últimos seis anos, 101 hospitais conveniados ao Serviço Único de Saúde (SUS) teriam fechado suas portas, ocasionando a redução de aproximadamente nove mil leitos em todo o Estado. Em Belo Horizonte, nove instituições teriam encerrado suas atividades, nos últimos dois anos, com a conseqüente eliminação de 671 leitos de atendimento à população. Para o parlamentar, as causas dessa situação são variadas e complexas, algumas fruto das políticas públicas da União; outras da tendência de manutenção do funcionamento dos chamados hospitais de grande porte, com atendimento diversificado. Outro motivo seria a má distribuição de recursos nos estabelecimentos macro-hospitalares.

"Qualquer que seja a causa do fechamento desse grande número de hospitais, a principal prejudicada continua sendo a população, principalmente a mais carente", afirmou Dinis Pinheiro. Dessa forma, com o debate público, a Comissão de Saúde pretende encontrar alternativas para minimizar a crise e atender às necessidades básicas da população, no que se refere ao atendimento à saúde.

Emenda 29 - Sancionada em setembro de 2000, a emenda à Constituição garante a aplicação de mínimo exigido da receita resultante da arrecadação de impostos estaduais na manutenção e no desenvolvimento do ensino e das ações e serviços público de saúde. Segundo a norma, os Estados e o Distrito Federal ficariam obrigados a destinar 12% dessa arrecadação, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos municípios. A emenda ainda não foi regulamentada.

Convidados - Foram chamados a participar do evento a coordenadora do Pró-Hosp da Secretaria de Estado da Saúde, Marilene Fabri Lima, que irá representar o secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Marcus Pestana; o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte e Presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Helvécio Miranda Magalhães Jr.; o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrôpicos de Minas Gerais (Federassantas), Saulo Levindo Coelho; o presidente da Associação dos Hospitais de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira; o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Geraldo Heleno Lopes; o secretário municipal de Saúde de Poços de Caldas, Mário Roberto de Paiva Ferreira; o coordenador estadual de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde, Welfane Cordeiro Júnior.

 

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