Votação de um projeto e 4 pronunciamentos marcam Reunião Ordinária

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou em 1º turno, nesta quarta-feira (13/6/07), durante a Reu...

13/06/2007 - 00:00
 

Votação de um projeto e 4 pronunciamentos marcam Reunião Ordinária

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou em 1º turno, nesta quarta-feira (13/6/07), durante a Reunião Ordinária, o Projeto de Lei (PL) 635/07, dos deputados Weliton Prado (PT) e Vanderlei Jangrossi (PP), que obriga a afixação de cartazes alertando sobre o uso de drogas em boates e casas noturnas. A matéria havia recebido uma emenda apresentada pelo deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB) na reunião extraordinária da manhã desta quarta e, por isso, retornou à Comissão de Saúde para que a alteração recebesse parecer. Mas o autor da emenda pediu a sua retirada, de forma que o projeto voltou à Ordem do Dia.

Durante a Reunião Ordinária, a Presidência designou os deputados integrantes da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (Cipe São Francisco). Como efetivos foram designados Gil Pereira (PP), Fábio Avelar (PSC), Ruy Muniz (DEM), Almir Paraca (PT) e Antônio Carlos Arantes (PSC). Os suplentes são Tiago Ulisses (PV), Ana Maria Rezende (PSDB), Doutor Viana (DEM), Paulo Guedes (PT) e Wander Borges (PSB).

O deputado Gustavo Corrêa (DEM) comunicou seu pedido de afastamento do mandato parlamentar para assumir o cargo de secretário de Estado de Esportes e da Juventude.

Deputados tratam de temas nacionais

Quatro parlamentares fizeram pronunciamentos nesta quarta-feira. A deputada Elisa Costa (PT) abordou a reforma política. Segundo ela, mais que uma reforma eleitoral, é necessário rediscutir o sistema político brasileiro. Elisa defendeu a realização de plebiscitos, referendos, democratização dos meios de comunicação social e o controle social do Estado. Pronunciou-se favoravelmente à adoção de listas fechadas no processo eleitoral, segundo ela, um modelo que fortalece a democracia. De acordo com a deputada, o mandato político não deve pertencer ao eleito, e sim ao partido. A parlamentar defendeu também o fim das coligações. Elisa Costa fez ainda uma reflexão sobre o 3º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece no final de agosto em São Paulo (a etapa regional mineira será em julho). Ela pediu unidade, maturidade e responsabilidade coletiva dos integrantes do partido no congresso, que vai discutir, entre outros temas, a reorganização da base do PT visando o seu futuro.

A deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM), segunda a subir à tribuna, dividiu seu pronunciamento em dois momentos. No primeiro, ela lamentou o envenenamento de três crianças em uma escola de Cataguases, sendo que duas delas morreram e uma está internada em estado grave em Juiz de Fora. A parlamentar pediu a instalação de uma UTI neonatal em Cataguases, argumentando que no município há um hospital que a comporta. Além disso, fez um apelo para que as escolas se tornem mais atenciosas com seus estudantes. "Não é hora de procurar culpados, mas de buscar soluções", afirmou. Em seguida, Maria Lúcia comemorou a instalação, em Belo Horizonte, da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher. Ela esteve presente à solenidade, acompanhada pela deputada Gláucia Brandão (PPS), e ficou entusiasmada com a disposição da promotora, Laís Silveira, de atuar no combate a todo tipo de violência contra as mulheres.

João Leite (PSDB) registrou a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho. Ele lembrou a conferência ambiental Eco-92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, e o documento assinado pelos países participantes, intitulado Agenda 21. João Leite citou que em Minas Gerais os temas levantados na ECO-92 estão sendo trabalhados e ressaltou a lei aprovada na ALMG e sancionada em janeiro pelo governador, que trata da construção efetiva da Agenda 21 no Estado. O parlamentar saudou os participantes do Fórum Agenda 21 de Minas Gerais, que se reúnem oito vezes por mês na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea/MG). João Leite fez ainda críticas ao governo federal pelo projeto de transposição do Rio São Francisco. Segundo ele, o atual governo vai ficar marcado pela morte do rio. "Serão investidos R$ 20 bilhões na transposição, sem garantia de que trará benefício à vida das populações mais pobres do semi-árido", afirmou.

O último deputado a se pronunciar foi Getúlio Neiva (PMDB). Ele defendeu o pacto federativo, alegando que hoje o governo federal detém um poder excessivo. Neiva exemplificou sua tese com o argumento de que a União fica com quase 70% de todo o imposto arrecadado no País. "Estamos caminhando para um Estado unitário, onde o governo federal detém todo o poder", afirmou. Segundo ele, Minas Gerais está fora do processo de decisão nacional. Para o parlamentar, o Estado deve se unir em torno de um candidato à Presidência mineiro que seja comprometido com o pacto federativo. Além disso, Neiva falou da hegemonia de São Paulo nas decisões nacionais e criticou o senador Aloísio Mercadante (PT-SP) por ter retirado da pauta de votação a discussão de projeto que cria a Zona de Processamento de Exportação de Teófilo Otôni, uma luta dos políticos da região desde 1988. "Mercadante defende os interesses de São Paulo, e não da Nação brasileira", disse o parlamentar.

 

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