Adiada votação da PEC sobre prazo de aposentadoria e pensão

A Comissão Especial encarregada de analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/07, que fixa prazos para aná...

13/06/2007 - 00:01
 

Adiada votação da PEC sobre prazo de aposentadoria e pensão

A Comissão Especial encarregada de analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/07, que fixa prazos para análise de pedidos de aposentadoria e pensão, deverá votar o parecer de 1º turno somente na próxima semana. Em reunião da comissão realizada nesta quarta-feira (13/6/07), na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o deputado Antônio Júlio (PMDB) pediu vista do parecer do relator, deputado Fábio Avelar (PSC), favorável à proposição, na forma do substitutivo apresentado.

Originalmente, a PEC 19/07, de autoria do deputado Doutor Viana (DEM) e outros, acrescenta dois parágrafos ao inciso VI do artigo 76 da Constituição Estadual, fixando prazos de 90 dias para o encaminhamento dos atos de aposentadoria, reforma e pensão ao Tribunal de Contas e de 180 dias para o TCMG apreciar a legalidade desses atos. Em seu parecer, Fábio Avelar reconheceu que a demora na análise dos processos pode causar embaraços ao servidor. Mas julgou exíguo o prazo estipulado na PEC, em função do acúmulo de processos no Tribunal.

Por essa razão, o relator apresentou o substitutivo nº 1, que, entre outras alterações, propõe que o TCMG observe os princípios da prescrição e da decadência na análise dos processos. Dessa forma, de acordo com o parlamentar, os pedidos de aposentadoria seriam decididos em, no máximo, cinco anos. O substitutivo também apresenta mecanismos para desburocratizar e agilizar a tramitação de processos no Tribunal.

Para o deputado Antônio Júlio, a proposição é uma das mais importantes em tramitação atualmente. Ele concordou com a observância dos prazos de prescrição e decadência, mas assegurou que vai aproveitar o momento para sugerir, entre outras coisas, a inclusão das contas de prefeituras dentro dos mesmos princípios. "A Constituição fala em 365 dias, mas a demora chega a oito ou dez anos. Muitas vezes, o ex-prefeito não consegue documentos exigidos, por ter um inimigo político na prefeitura", exemplificou.

O parlamentar também não vê justificativa para a análise de processos, pelo TCMG, de mais de 20 anos, o que ocorre atualmente. "Isso custa para o Tribunal, para o governo e para o cidadão", argumentou. Antônio Júlio ressaltou que nem sempre a culpa é do Tribunal. "Às vezes é da legislação, é nossa, que não criamos mecanismos para agilizar isso", completou.

O relator, deputado Fábio Avelar, também vice-presidente da comissão, reforçou que o parecer foi amplamente discutido com o TCMG. Já o presidente, deputado Fahim Sawan (PSDB), ressaltou a importância de se desburocratizar o Tribunal por meio de instrumentos legais, mas chamou a atenção para a situação dos servidores que aguardam a aposentadoria. "Essa matéria lida com a vida de muitas pessoas. O momento do gozo da aposentadoria geralmente é o pior na questão da saúde. O cidadão tem o direito, mas a burocracia muitas vezes impede a agilidade, e ele vem a falecer sem receber o recurso", afirmou. De acordo com o parlamentar, essa é uma demanda freqüente nos gabinetes.

Presenças - Deputados Fahim Sawan (PSDB), presidente; Fábio Avelar (PSC), vice-presidente e relator; e Antônio Júlio (PMDB).

 

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