Indicação de presidente da Jucemg é aprovada na ALMG

O engajamento da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) nos projetos de desenvolvimento do Estado foi a prioridade ...

12/06/2007 - 00:01
 

Indicação de presidente da Jucemg é aprovada na ALMG

O engajamento da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) nos projetos de desenvolvimento do Estado foi a prioridade mais ressaltada pelo indicado pelo governador à presidência da entidade, engenheiro Ayres Augusto Alvares da Silva Nascimento, durante a sabatina a que foi submetido na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (12/6/07). A argüição, realizada em Comissão Especial formada especificamente para isso, está prevista na Constituição Estadual como uma condição para efetivação dos dirigentes de órgãos estaduais.

O parecer favorável à aprovação, de autoria do deputado Célio Moreira (PSDB), foi aprovado por unanimidade na Comissão, que foi presidida pela deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM) e contou com o deputado Ademir Lucas (PSDB) como vice-presidente. A indicação segue agora para Plenário, para votação secreta, com aprovação por maioria simples.

Responsável pelo registro público das empresas mineiras, a Junta Comercial é uma autarquia estadual, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Inclui 21 membros efetivos, sendo seis indicados pelo governador, além de 161 servidores efetivos e 18 de recrutamento amplo. Durante a argüição, Ayres Nascimento destacou que as juntas de todo o Brasil são submetidas a auditorias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC), e que a Jucemg vem conquistando o 1º lugar nacional nessas auditorias, há dez anos. Ele admitiu, no entanto, que a autarquia também enfrenta problemas, tais como a perda de funcionários, atraídos por melhores salários.

Entre os cargos exercidos por Ayres Nascimento estão o de superintendente de relacionamentos da Cemig, gerente de planejamento da Gasmig, funcionário do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi), da Xerox do Brasil S/A, Safron Teijin, Sociedade de Planejamento Econômico (Sopel) e Volkswagen do Brasil. Hoje, é também membro do Conselho de Infra-estrutura e Privatização da Fiemg. O engenheiro disse ter recebido do secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, a missão de ampliar a atuação da Jucemg dentro do programa Minas Fácil, que se propõe a viabilizar a abertura de empresas em um prazo máximo de oito dias.

Deputado cobra maior descentralização da Junta

O deputado Célio Moreira questionou o presidente da Jucemg sobre a necessidade de maior descentralização da Jucemg. Nascimento disse que a questão está entre seus objetivos, e que a ampliação do número de escritórios no interior é uma das metas do projeto estruturador Descomplicar. Hoje existem seis escritórios, em Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Governador Valadares, Juiz de Fora e Varginha.

Já o deputado Ademir Lucas cobrou o aperfeiçoamento dos mecanismos públicos para evitar a abertura de empresas fantasmas. Ayres Nascimento afirmou que a Jucemg está impedida, legalmente, de impor maiores condicionantes ao registro comercial, ou de exercer fiscalização sobre as empresas. Essa fiscalização caberia a outros órgãos, como a Receita Estadual ou as prefeituras, responsáveis pela inscrição estadual da empresa e pela concessão de alvará. Um problema discutido na reunião é que muitas empresas buscam o registro na Jucemg e depois, para evitar a fiscalização, ignoram os demais órgãos. "Com o registro na mão, muitas empresas são usadas como laranjas", afirmou o deputado. Para evitar a manobra, Ayres Nascimento defendeu que o Congresso torne obrigatório o registro vinculado, ou seja, a empresa só poderia operar após obter o registro na junta, a inscrição estadual e o alvará municipal.

A deputada Maria Lúcia Mendonça, por sua vez, lembrou o papel da Jucemg na luta para reduzir a informalidade das empresas, e o trabalho realizado pelos deputados na discussão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Ela defendeu a parceria entre empresários e políticos para enfrentar a questão. "A informalidade no interior é terrível", enfatizou a deputada. Ayres afirmou que é preciso evitar sempre a burocracia desnecessária e defendeu a redução do peso fiscal. "Por causa disso, muitas vezes, o pequeno empresário não consegue ser competitivo e é obrigado a sonegar", afirmou o engenheiro.

Presenças - Deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM), presidente; deputados Ademir Lucas (PSDB), vice; e Célio Moreira (PSDB); Ayres Augusto Alvares da Silva Nascimento; sua esposa Rosane Mascarenhas e integrantes da direção da Jucemg.

 

 

 

 

 

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