Deputados relançam Frente em Defesa da Vida e Contra o Aborto

Cerca de um milhão de mulheres, por ano, praticam aborto no Brasil, o que demanda mais de 230 mil internações pelo Si...

05/06/2007 - 00:01
 

Deputados relançam Frente em Defesa da Vida e Contra o Aborto

Cerca de um milhão de mulheres, por ano, praticam aborto no Brasil, o que demanda mais de 230 mil internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A interrupção da gravidez tornou-se a quarta maior causa de morte materna no País. Os números foram apresentados na noite desta segunda-feira (4/6/07), na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, pelo deputado Célio Moreira (PSDB), no relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto, cuja retomada das atividades foi requerida por ele e pelo deputado Eros Biondini (PHS).

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, em 2006, os hospitais de rede pública de Minas Gerais registraram 21.843 casos de curetagem decorrentes de aborto. "Os números mostram que esse é um caso de saúde pública também, já que se trata de uma agressão violenta ao corpo da mulher, sem falar nos danos psicológicos que virão depois", disse Célio Moreira. O parlamentar criticou os movimentos em defesa da legalização da prática, classificando de "institucionalização da indústria da morte". Célio Moreira lamentou ainda o fato de a gravidez precoce, a pobreza e a separação do companheiro estarem entre as principais causas que levam uma mulher a abortar. "Por isso, nós temos que investir na educação e no planejamento familiar ", defendeu.

Para Eros Biondini, a frente, mais do que simplesmente levantar a bandeira contra o aborto, vai ser um clamor por políticas públicas em favor das mulheres. "É um crime hediondo, pois é a morte do ser mais indefeso que pode existir. A partir da concepção já existe vida", opinou.

Já Maria Lúcia Mendonça (DEM) cobrou das escolas e faculdades mais orientação aos alunos sobre temas como saúde pública, sexo e aborto. Ela criticou o culto exagerado ao corpo e atribuiu a alta incidência de interrupção da gravidez à distância dos homens de Deus. "Está faltando temor a Deus", lamentou.

O monsenhor Geraldo dos Reis parabenizou a iniciativa dos parlamentares e revelou que, em 42 anos de sacerdócio, não conhece mulher alguma que tenha feito aborto e que esteja tranqüila ou em paz consigo mesma. "É o remorso batendo à porta. Afinal, uma vida não é um tumor indesejável para ser retirado do corpo", pregou.

Os deputados se puseram à disposição de quem denunciar a existência de clínicas clandestinas de aborto no Estado e prometeram encaminhar as providências necessárias para o fechamento e punição dos responsáveis.

Presenças - Deputados Eros Biondini (PHS), Célio Moreira (PSDB), Agostinho Patrús Filho (PV) e deputada Maria Lúcia (PFL).

 

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