TCMG encaminha relatório de atividades do 1º trimestre de 2007

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na Reunião Ordinária desta terça-feira (29/5/07), ofíci...

29/05/2007 - 00:00
 

TCMG encaminha relatório de atividades do 1º trimestre de 2007

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na Reunião Ordinária desta terça-feira (29/5/07), ofício do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCMG) encaminhando o relatório das atividades do 1º trimestre do órgão. Também foram recebidas duas correspondências do governador: um ofício anunciou sua ausência entre os dias 31 de maio e 4 de junho, devido à viagem à Inglaterra. Já a Mensagem 51/07 encaminhou Projeto de Lei que acrescenta dispositivo à Lei 14.699, de 2003, a qual dispõe sobre formas de extinção e garantias do crédito tributário. Segundo a mensagem, "a proposição tem o objetivo de viabilizar a preferência e prioridade para pessoas com idade igual ou superior a 70 anos no pagamento de precatórios de natureza alimentar ".

O trecho inicial do relatório do TCMG ressalta que "a prevenção foi a tônica das atividades desenvolvidas" no 1º trimestre de 2007. "Ainda na esteira da prevenção, foram suspensos, no trimestre, dez editais de licitação", o que significa R$ 1,14 bilhão em recursos não gastos. O resumo do relatório cita, em relação aos processos: a autuação de 7.015 deles, 4.348 examinados pelas diretorias técnicas, 4.267 processos apreciados e 7.053 examinados pela Auditoria. Foram proferidos 700 acórdãos e notificados 168 gestores para pagamento de multas no valor de R$ 261,95 mil, e para restituição de débito no total de R$ 328,62 mil.

A Presidência informou ao Plenário que foram recebidos e aprovados os requerimentos 628 a 632/07. Foram deferidos requerimentos do deputado Carlin Moura (PCdoB), solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei (PL) 531/07, que aguarda parecer em comissão; e do deputado Adalclever Lopes (PMDB), solicitando que o PL 133/07 seja encaminhado à comissão seguinte a que foi distribuído, em virtude da perda de prazo pela Comissão de Cultura. Outros três requerimentos deferidos solicitam o desarquivamento de proposições. São eles: do deputado Dinis Pinheiro (PSDB), projetos de lei 3.402, 3.717 e 3.760/06; do deputado Lafayette de Andrada (PSDB), projetos de lei 3.320 e 3.321/06; do deputado João Leite (PSDB), Projeto de Lei 3.358/06.

Quatro deputados fazem pronunciamento

Durante a Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (29/5/07), quatro deputados subiram à tribuna para pronunciamentos pelo Artigo 70 do Regimento Interno. Getúlio Neiva (PMDB) falou sobre o descaso com a "região mais pobre" de Minas Gerais, sobretudo o Vale do Mucuri. Paulo Guedes (PT) comentou a cassação do prefeito do município de Manga. Domingos Sávio (PSDB) falou sobre a importância da democracia, os escândalos nacionais de corrupção e o autoritarismo crescente na América Latina. Já Zé Maia (PSDB) discursou sobre a necessidade do estímulo à instalação de empresas no Estado.

O PL 637/07, que prevê a redefinição dos critérios de repasse de recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os municípios, foi comparado pelo deputado Getúlio Neiva à Lei Robin Hood, que também trata do ICMS. "Ambas visam reduzir a desigualdade entre os municípios mineiros." Citando as dificuldades dos municípios do Norte e Nordeste de Minas Gerais, ele afirmou que tem assistido a um "assistencialismo barato" e que o que se faz pela região "ainda é maquiagem". "Vamos fazer o pacto federativo em Minas Gerais. O papel do Estado é redistribuir recursos para reduzir desigualdades", disse, pedindo que o governo estadual seja sensível ao aumento de repasse de verbas aos municípios. Em apartes, os deputados Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Zé Maia defenderam o Triângulo Mineiro. Segundo eles, a região é a única que, com o projeto, tem seu repasse de verbas diminuído. Também em aparte, o deputado Lafayette de Andrada pediu serenidade para tratar do tema, que considera muito importante.

O deputado Paulo Guedes foi à tribuna para comentar a cassação do prefeito de Manga, no Norte de Minas, Carlos Humberto dos Gonçalves Di Salles Ferreira. Segundo o parlamentar, o desembargador Fernando Bráulio, da 8ª Câmara do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), resolveu tornar sem efeito a liminar que mantinha Carlos Humberto, desde o mês de setembro de 2006, na prefeitura. Com a decisão, o cargo pode ser ocupado a qualquer momento pelo empresário e vice-prefeito Joaquim "Quinquinha" de Oliveira Sá Filho (PPS). O deputado pediu apoio do prefeito que assumirá para levar à cidade os benefícios que ela merece. Ele citou iniciativas que atenderão a cidade, como a abertura de uma agência do INSS no próximo mês, recursos assegurados para recuperar trecho da BR 135, e a instalação na cidade de uma das 20 esmagadoras de oleaginosas, que atenderão a usina de biodiesel em Montes Claros. "Precisamos somar esforços para devolver à Manga o conceito de cidade-pólo da região", frisou.

O falecimento do ex-prefeito da cidade de Prados, Paulo de Carvalho Vale, foi lembrado pelo deputado Domingos Sávio no início de sua fala. O parlamentar fez um manifesto em defesa da democracia. Ele citou a realização, ontem, do Congresso Nacional do PSDB, onde foram discutidos os problemas e desafios do País e analisada "uma agenda imediata". "A consolidação da democracia foi também tema de debate. "Esse assunto não está esgotado. Vivemos um momento de descrédito do poder público", disse, citando ações recentes dos presidentes Hugo Cháves e Evo Morales e os sucessivos escândalos de corrupção no Brasil. Ele comentou sobre o posicionamento do presidente Lula frente a tais situações e chamou de "bravatas" algumas falas de Lula que aparecem na imprensa. "Não posso me calar com tanto jogo de cena. Precisamos nos unir. A corrupção deve ser combatida com ações concretas e punição exemplar", finalizou, lembrando o projeto que apresentou na legislatura passada, que sugere a abertura do sigilo fiscal, bancário e patrimonial de quem pertence ao poder público. "Política tem que ser missão de vida. Eu mesmo abri os meus sigilos", argumentou.

Em vez de discutir distribuição de recursos, discutir geração de renda. Essa foi a tônica do discurso do deputado Zé Maia, que comentou as dificuldades de instalação de empresas, devido a alguns posicionamentos de órgãos e instituições públicas como o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e o Ministério Público. "Só resolvemos o problema da população dando a ela condições de trabalho. Devemos exigir proteção ao meio ambiente sem atrapalhar o desenvolvimento do Estado", avaliou. Zé Maia também argumentou contra o PL 637/07, de Dinis Pinheiro. "O que nos assusta é que a região do Triângulo Mineiro é a única que perde receita, segundo o projeto. Hoje, o Triângulo se sente bem atendido pelo governo. No entanto, estamos vendo recomeçar o movimento pela separação da região do resto do Estado", falou, afirmando que a região dá mais recursos do que recebe do governo estadual. Em aparte, Getúlio Neiva apresentou alternativas de repasse aos municípios que não prejudicariam o Triângulo. Foi consenso que o projeto deve ser mais discutido.

 

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