Presos acusam agentes de maus-tratos em carceragem de Santa Luzia

Detentos do 1o Distrito Policial de Santa Luzia, localizado no bairro Palmital, acusaram os agentes penitenciários de...

24/05/2007 - 00:02
 

Presos acusam agentes de maus-tratos em carceragem de Santa Luzia

Detentos do 1o Distrito Policial de Santa Luzia, localizado no bairro Palmital, acusaram os agentes penitenciários de agressão e maus-tratos regulares, durante visita da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais à carceragem, nesta quinta-feira (24/5/07). O deputado Durval Ângelo (PT), que solicitou a visita, e representantes da Defensoria Pública Estadual conheceram as dependências da delegacia e ouviram as denúncias de alguns dos 107 presos acomodados no local.

Cercados de sujeira, ratos, lixo e esgoto, os detentos reclamaram da má qualidade da comida, da falta de colchões e da superlotação das celas, além das supostas agressões por parte dos agentes penitenciários. Segundo o preso Odilon Castro, os maus-tratos acontecem, principalmente, quando eles reclamam das condições de higiene e alimentação. "Estou há 45 dias sem tomar sol. A situação aqui é caótica. Tudo que quero é ver meus familiares e viver de forma decente", pediu.

O deputado Durval Ângelo afirmou, ao final da visita, que a delegacia, que fica ao lado da Escola Estadual Reny de Souza Lima, é imprópria tanto para os detentos quanto para os moradores do entorno. De acordo com ele, a ALMG pede a interdição da carceragem desde 1997. "O Estado está postergando o fechamento da delegacia do Palmital. Sugiro ao secretário de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, que venha até aqui para se sensibilizar com o problema e interditar o local o mais rápido possível", disse.

O 1o Distrito de Polícia de Santa Luzia e 11a Delegacia Seccional de Polícia Metropolitana possui oito agentes penitenciários e um policial civil, que reclamam da falta de viaturas e condições materiais de trabalho.

Oito requerimentos foram aprovados pela comissão

Durante a reunião ordinária da comissão, que também aconteceu nesta quinta-feira (24), no Auditório da ALMG, foram aprovados requerimentos que pedem realização de audiências públicas e envio de ofícios. Os deputados Durval Ângelo, João Leite (PSDB) e Luiz Tadeu Leite (PMDB) pedem a realização de audiência pública em Mariana (Região Central) para debater o papel da Guarda Municipal da cidade, e realizar visita às dependências do órgão.

O deputado Antônio Júlio (PMDB) pede envio de ofício ao secretário da Fazenda do município de Frutal, Simão Dias, solicitando informações sobre a suposta emissão de certidão falsa para a quebra de sigilo fiscal do parlamentar. O deputado Durval Ângelo teve requerimento aprovado, que solicitou a entrega do ofício pessoalmente; além de outros cinco que solicitam envio de ofício ao governador, Aécio Neves, e ao secretário de Desenvolvimento Social, Custódio Matos, pedindo agilidade no pagamento das indenizações a Paulo Ferreira de Souza, vítima de violência no período da Ditadura Militar; envio de ofício aos senadores da República, pedindo agilidade na aprovação do Projeto de Lei (PL) 122/06, do deputado federal Enio Tatto (PT-RS), que define os crimes de racismo no País; autorização para participar de evento na Unipac de Andradas nesta quinta-feira (24), para debater a Lei Maria da Penha; e realização de visita conjunta com a Comissão de Assuntos Municipais, para discutir a situação da comunidade de Novo Lajedo, na RMBH.

Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente (que também esteve presente à visita); Luiz Tadeu Leite (PMDB), vice; João Leite (PSDB) e Antônio Júlio (PMDB).

 

 

 

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