Deputados ouvem suspeitos do caso Pedro
Augusto
O policial civil Lúcio dos Santos Júnior, suspeito
de envolvimento no desaparecimento e suposto assassinato do garoto
Pedro Augusto Beltrão Prates, compareceu nesta terça-feira (22/5/07)
à Assembléia Legislativa de Minas Gerais, atendendo convocação das
comissões de Direitos Humanos e Segurança Pública, que estão
realizando reuniões conjuntas para investigar o desaparecimento de
menores no Estado. Também compareceu à reunião o irmão de Lúcio, o
cabo Júlio César Lúcio dos Santos, da Polícia Militar, que também
foi envolvido nas denúncias. Lúcio dos Santos não quis responder às
perguntas dos deputados, e disse que só falaria em juízo, conforme
orientação de seu advogado. Júlio César respondeu algumas
perguntas.
O suposto assassinato de Pedro Augusto em um ritual
de magia negra foi relatado ao Ministério Público e aos
parlamentares pelos dois filhos de Lúcio dos Santos Júnior, menores
de idade, que também relataram ter sido violentados pelo pai. O
presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo
(PT) disse estranhar a atitude dos policiais de não prestar
declarações, mas ressalvou que as acusações têm que ser analisadas
com cautela. "Acho muito estranho; era a oportunidade para eles
manifestarem seu ponto de vista. Para nós, eles estavam aqui como
testemunhas, não como réus. Trabalharemos até o fim, observando a
presunção de inocência. Isso tudo ocorre em um clima muito
emocional, que envolve uma separação", afirmou o deputado. Quando as
denúncias surgiram, Lúcio e a ex-mulher disputavam a guarda dos dois
filhos.
Presenças - Deputado
Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos;
deputado Sargento Rodrigues (PDT), presidente da Comissão de
Segurança Pública; deputados João Leite (PSDB) e Vanderlei Miranda
(PMDB); delegada titular da Divisão de Referência da Pessoa
Desaparecida, Cristina Coeli Masson; promotora Ângela Fábero;
delegado titular da Divisão de Crimes Contra a Vida, Wagner Pinto de
Souza; agente policial Lúcio dos Santos Júnior; cabo Júlio César
Lúcio dos Santos, da Polícia Militar; e técnica do Ministério
Público, Jussara Cristina Coutinho.
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