Caravana da Lei Geral discute problemas específicos de Minas

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais foi a quinta escala da Caravana pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas...

21/05/2007 - 00:00
 

Caravana da Lei Geral discute problemas específicos de Minas

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais foi a quinta escala da Caravana pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que percorre as capitais do país para reacender a mobilização do empresariado e dos seus representantes políticos pela regulamentação dos dispositivos da Lei Complementar federal 123. Mais de 30 deputados estaduais já assinaram adesão à Frente Parlamentar das MPEs, cujos líderes são os deputados Antônio Carlos Arantes (PSC), Eros Biondini (PHS), Délio Malheiros (PV) e Sebastião Costa (PPS).

A solenidade, realizada no Teatro da Assembléia na manhã desta segunda-feira (21/5/07), foi presidida por Arantes. Compuseram a mesa o presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto; os deputados federais Carlos Melles (DEM-MG), que preside a Subcomissão Permanente das MPEs; e José Pimentel (PT-CE), tributarista que preside a Comissão Parlamentar Mista das MPEs; o senador Ademir Santana (DF), presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional; e o presidente da Fecomércio, Renato Rossi.

A Lei Geral das MPEs - que começou a tramitar em 2003, aprovada ao longo de 2006 na Câmara e no Senado, e sancionada com 14 vetos pelo presidente Lula em dezembro de 2006 - procura facilitar a vida dos pequenos empreendedores e reduzir sua carga tributária. Unifica em apenas uma guia, a ser paga num único dia do mês, seis impostos federais, mais o ICMS estadual e o ISS municipal. A redução da carga tributária para dezenas de categorias de empresas de indústria, comércio e serviços vai vigorar a partir de 1° de julho. Além desses aspectos, a Lei Geral estabelece facilidades de acesso ao crédito e à renovação tecnológica, e estabelece normas para que as compras de governo privilegiem os micro e pequenos empresários, modificando aspectos da Lei de Licitações.

Crédito presumido de ICMS terá que ser estudado

No teatro lotado, a maior parte da platéia era de representantes classistas, técnicos da Receita e principalmente de contadores, interessados em tirar dúvidas sobre a situação específica de Minas. Paulo Okamotto pediu sugestões dos especialistas locais sobre a maneira de enfrentar a questão do crédito presumido de ICMS, que parece ser uma medida que só vigora em Minas. O deputado Carlos Melles defendeu também a inclusão dos pequenos negócios de fogos de artifício e de cachaça artesanal, a seu ver, injustamente retiradas das categorias beneficiárias da Lei Geral.

A deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM) pediu a disseminação do debate para o interior do Estado, e lembrou que a Zona da Mata não se resumia a Juiz de Fora. Disse que a geração de empregos deve ser a prioridade de todos. Antônio Carlos Arantes pregou a união de todos para ajudar os pequenos empresários. "Clandestinidade é uma palavra pejorativa injusta para nos referirmos ao empreendedor brasileiro", afirmou.

Um dos especialistas presentes, o deputado cearense José Pimentel, discorreu sobre as grandes mudanças que estão pela frente, e que vão mudar a cultura das instituições, como no caso das compras governamentais, que vão impor modificações na Lei das Licitações. Agora, para participar de uma licitação, os candidatos não precisam mais exibir certidão de regularidade tributária. Só quem ganhar precisará exibi-la, dentro de um prazo de 48 horas que lhe permitirá compor seu débito com o governo. Disse também que o Sebrae ficará a cargo de gerir o Fundo Setorial de Ciência e Tecnologia, do qual 20% terá que ser empregado na modernização das MPEs.

Deputados e lideranças empresariais discutem vetos

Dos 14 vetos do presidente Lula, pelo menos um é inexplicável, segundo Paulo Okamotto. Trata-se do veto sobre a garantia de avais, a chamada sociedade de garantia de crédito, da qual o próprio Sebrae participaria. Pimentel agrupou os 14 vetos em três blocos: um que trata das questões creditícias, já está sendo enfrentado com uma proposta desenvolvida pelo Sebrae e pelos bancos.

O segundo bloco trata de uma preocupação do Conselho dos Secretários Estaduais da Fazenda (Confaz), de atualização anual dos tetos definidos para as micro e pequenas empresas. Pimentel espera que até 30 de junho tudo esteja regulamentado. O terceiro bloco trata do cadastro único, em que as pessoas jurídicas passam a ter uma única inscrição, que vale para as três esferas de poder.

Presenças - Além dos citados, participaram do evento também os deputados Délio Malheiros (PV), Weliton Prado (PT), Fábio Avelar (PSC) e a deputada federal Maria do Carmo Lara (PT). Também Eduardo Bernis, da ACMinas; Luiz Márcio Haddad e outros dirigentes do Sebrae-MG.

 

 

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