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Suspeito do assassinato de Pedro Augusto será ouvido na
ALMG
O policial civil Lúcio dos Santos Júnior, suspeito
do assassinato do menino Pedro Augusto Beltrão Prates, será ouvido
pelos deputados das comissões de Direitos Humanos e Segurança
Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em reunião
conjunta, a ser realizada na próxima terça-feira (22/5/07), às
14h30, no Plenarinho IV.
O suposto crime foi relatado ao Ministério Público
e aos parlamentares pelos dois filhos de Lúcio dos Santos Júnior,
menores de idade, que também dizem ter sido violentados pelo pai. De
acordo com o depoimento dos meninos, os crimes referentes a Pedro
Augusto, desaparecido desde agosto de 2006, teriam acontecido na
casa do pai. O garoto teria sofrido violência sexual, e depois teria
sido assassinado para que seu coração fosse extraído em um ritual de
magia negra. O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão
de Direitos Humanos, disse, na oportunidade, considerar esse o
depoimento mais chocante que já presenciou na Assembléia
Legislativa.
O objetivo das reuniões conjuntas das duas
comissões é investigar o desaparecimento de crianças entre os anos
de 2005 e 2007, em Minas Gerais. A idéia é realizar de quatro a
cinco reuniões fechadas à imprensa para apurar a possível
participação de policiais em alguns desaparecimentos, como o de
Pedro Augusto. Os deputados estão ouvindo as famílias, os
denunciantes e os possíveis envolvidos. Para essa reunião, foram
convidados também o sargento PM Reformado, Napoleão Lúcio dos Santos
e o cabo da Rotam, Júlio César Lúcio dos Santos. Segundo o deputado
Durval Ângelo, o presidente da Assembléia, deputado Alberto Pinto
Coelho (PP), garantiu que tudo o que a for apurado será considerado
pelo governo do Estado.
Comissão Especial - Entre
os meses de novembro e dezembro de 2006, a ALMG criou a Comissão
Especial das Pessoas Desaparecidas, que ouviu o relato de familiares
e autoridades sobre as circunstâncias do desaparecimento de pessoas,
a motivação que as leva a sair de casa e as providências que vêm
sendo tomadas para localizá-las. Em seu relatório final, a comissão
recomendou, entre outras ações, o aumento do efetivo policial na
Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida; o reforço na
divulgação do Cadastro de Pessoas Desaparecidas no Estado; e a
edição e distribuição de cartilha informativa sobre a prevenção de
ocorrências de desaparecimento.
Convidados - Foram
convidados para a reunião: a delegada titular da Divisão de
Referência da Pessoa Desaparecida, Cristina Coeli Cicarelli Masson;
o promotor de Justiça Lucas Rolla, coordenador da Promotoria de
Infância e Juventude; o delegado titular da Divisão de Crimes Contra
a Vida, Wagner Pinto de Souza; o promotor de Justiça e coordenador
do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa
dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAO-DH), Rodrigo
Filgueira de Oliveira; Paloma Bárbara Leôncio; Maria Argemira
Machado; e Dilma Laube dos Santos.
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