| Usiminas espera produzir 14,5 milhões de toneladas de aço por 
            ano Manter a liderança absoluta no mercado brasileiro 
            de aço plano e aumentar a participação no mercado internacional de 
            placas e laminados. Estas são as duas principais estratégias que 
            norteiam o projeto de expansão do Sistema Usiminas até 2015. As 
            informações foram dadas pelo presidente da empresa, Rinaldo Campos 
            Soares, durante audiência pública da Comissão de Turismo, Indústria, 
            Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais 
            realizada nesta quinta-feira (10/05/07), a pedido da deputada 
            Cecília Ferramenta (PT). "Temos competência necessária para 
            concretizar essas aspirações, além do grande relacionamento 
            comercial e produtos de qualidade", afirmou o presidente da 
            Usiminas. Segundo Rinaldo Campos Soares, essas aspirações serão 
            desdobradas em dois momentos, que ele chamou de ondas. A primeira 
            será de investimentos para aprimorar a qualidade dos produtos e a 
            segunda, o crescimento em 5 milhões de toneladas de aço ao ano. 
            "Queremos chegar à produção anual de 14,5 milhões de toneladas", 
            adiantou Rinaldo Soares. Para aumentar essa produção, o local escolhido foi 
            a região Sudeste. De acordo com o presidente da Usiminas, a primeira 
            etapa de expansão, prevista para terminar em 2010/2011, vai aumentar 
            a capacidade de produção da usina de Ipatinga, no Vale do Aço, em 
            2,2 milhões de toneladas. A próxima etapa, prevista para operar em 
            2014, vai aumentar a produção da Cosipa, em Cubatão (SP), em 3 
            milhões de toneladas. O presidente da empresa informou que o Sistema 
            Usiminas vai investir US$ 8,4 bilhões até 2015, em tecnologia e 
            equipamentos, sem deixar de lado o aspecto ambiental. A expectativa 
            de geração de empregos será entre 10 mil e 15 mil postos de trabalho 
            durante as obras e mais 5 mil empregos diretos e indiretos na fase 
            de operação. Já o potencial de arrecadação do governo estadual será, 
            de acordo com a empresa, de cerca de R$ 1,2 bilhão em impostos, 
            durante a realização da obra. Quando a expansão estiver concluída, o 
            número deve girar em torno de R$ 500 milhões ao ano. Logística - Rinaldo Soares 
            Campos cobrou a duplicação da BR-381 para escoamento da produção, 
            que vai aumentar com o projeto de expansão. Pediu a participação do 
            Estado, dos deputados e de autoridades públicas no sentido de 
            promover a duplicação da rodovia para "detonar um desenvolvimento 
            fantástico na região". De acordo com o presidente da Usiminas, a 
            expectativa da empresa é de que este ano sejam aprovadas a licença 
            ambiental e a especificação dos equipamentos e que, em março de 
            2008, os novos equipamentos de coqueria, alto forno, aciaria e 
            laminadores sejam instalados. Rinaldo pediu ainda um ponto de equilíbrio para os 
            processos de licença ambiental, para alavancar o desenvolvimento. 
            Segundo ele, no passado, tudo podia ser feito e hoje o controle é 
            total. Este pensamento foi reforçado pelo deputado Gustavo Corrêa 
            (DEM): "É inaceitável tamanha burocracia dos órgãos ambientais, que 
            atrasam o desenvolvimento do Estado. Não quero que eles sejam 
            omissos, mas não podem prejudicar o crescimento". Projeto tem apoio de parlamentares e 
            autoridades Os planos de expansão do Sistema Usiminas, que 
            conta com 17 empresas, recebeu o apoio dos parlamentares e 
            convidados presentes na reunião. O diretor de Metalúrgica da 
            Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sídon Etrusco, 
            informou que o Estado está à disposição para encaminhar os projetos 
            de expansão, principalmente na Secretaria de Meio Ambiente. Disse 
            ainda ser testemunha do progresso que a Usiminas trouxe para 
            Ipatinga e para o Vale do Aço. O apoio também foi reforçado pelo 
            assessor parlamentar da Federação das Indústrias do Estado de Minas 
            Gerais (Fiemg), Pedro Parizzi. Ele destacou a importância da empresa 
            para o Estado e a contribuição da ALMG para conscientizar a 
            sociedade e o Executivo para o desenvolvimento socioeconômico do 
            Estado. A deputada Cecília Ferramenta também destacou a 
            importância da Usiminas para a região do Vale do Aço. "Quando fiz 
            esse requerimento não foi apenas porque sou da comissão, mas porque 
            sou moradora de Ipatinga e sei o que a usina representa para nossa 
            região", afirmou a parlamentar, ao destacar o peso da empresa para 
            diminuir as desigualdades de emprego no Brasil. Disse ainda que 
            solicitou realização de Reunião Especial de Plenário em homenagem a 
            Usiminas, pelo seu aniversário, em outubro, e pediu ao presidente da 
            empresa que a solenidade seja incluída na programação de 
            festividades da Usiminas. Já o presidente da Comissão de Turismo, deputado 
            Vanderlei Miranda (PMDB), disse sentir orgulho do tamanho da 
            empresa, que é destaque para Minas Gerais e para o Brasil. O 
            deputado Doutor Rinaldo (PSB) partilhou do mesmo sentimento, de 
            orgulho, e perguntou ao presidente da Usiminas qual seria a situação 
            da empresa se ela não tivesse sido privatizada. Segundo Campos 
            Soares, a saída para a iniciativa privada foi benéfica, mas o Estado 
            teve seus méritos. De acordo com ele, se não fosse o Estado, a 
            Usiminas não teria sido viabilizada. A deputada Elisa Costa pediu ao presidente da 
            empresa que a expansão da Usiminas priorize os aspectos ambiental e 
            social para todo o Vale do Rio Doce. "A minha solicitação é de um 
            olhar voltado para o desenvolvimento da região. É a perspectiva da 
            empresa-cidadã, com projetos sociais e ambientais", afirmou a 
            parlamentar, que recebeu como resposta a motivação da empresa para 
            tal. "O mais difícil hoje é corrigir os erros ambientais do 
            passado", ponderou Rinaldo Campos Soares. A importância da Usiminas para Ipatinga, Minas e o 
            Brasil também foi destacada pela deputada Rosângela Reis (PV). 
            "Reconhecemos a interferência da empresa no desenvolvimento social e 
            econômico da cidade e região", disse. "Pedimos ainda preferência na 
            absorção de mão-de-obra local e capacitação dessas pessoas", afirmou 
            Rosângela Reis. A parlamentar lembrou também que tramita na Casa um 
            projeto de lei complementar (PLC 18/07), de sua autoria, que inclui 
            os municípios de Ipaba, Mesquita e Belo Oriente na Região 
            Metropolitana do Vale do Aço. Presidente da Usiminas destaca 
            empresa-cidadã Uma empresa-cidadã, que visa o lucro mas procura 
            repartir as riquezas conquistadas com a sociedade. Assim resumiu o 
            presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, durante sua 
            apresentação sobre a empresa aos deputados presentes na reunião. Ao 
            responder o deputado Domingos Sávio (PSDB), que perguntou se a 
            empresa pretende manter, nessa etapa de expansão, a proposta de 
            empresa-cidadã, Rinaldo foi além, ao dizer que Usiminas quer ser uma 
            empresa-válida, que a sociedade aplaude e valida seus resultados 
            porque sabe que parte deles serão revertidos em prol do social. 
            Domingos Sávio lembrou que a Usiminas jamais deixou de ter 
            compromisso com a sociedade. Questionado pelo vice-presidente da Comissão de 
            Turismo, deputado Bráulio Braz (PTB), sobre quem são os acionistas 
            da Usiminas atualmente, Rinaldo explicou as mudanças ocorridas desde 
            a fundação da empresa, que antes tinha capital do Estado. 
            Atualmente, três grupos e uma empresa - Companhia Vale do Rio Doce - 
            respondem por 63% do controle acionário. Esses grupos são Nippon 
            Usiminas, Votorantin Camargo e os funcionários da Usiminas. História - O presidente da 
            empresa informou que a Usiminas foi criada a partir de uma 
            associação com o grupo japonês Nippon Steel, em 1957. Quando foi 
            instalada em Ipatinga, no ano de 1962, a produção era de 500 mil 
            toneladas de aço/ano. Atualmente, a capacidade de produção da 
            empresa é de 9,5 milhões de toneladas/ano, com geração de caixa de 
            R$ 4,4 bilhões/ano e receita bruta de vendas de R$ 16,4 bilhões. 
            Exporta para mais de 52 países e domina o mercado interno, com 
            participação de 52%. Entre as 17 empresas que fazem parte do Sistema 
            Usiminas, 80% produzem aço e 20% lidam com novos negócios onde a 
            presença do aço é importante.  Requerimentos aprovados - Os deputados aprovaram dois requerimentos solicitando realização 
            de audiências públicas. O primeiro, do deputado Doutor Rinaldo 
            (PSB), para ouvir o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre 
            o plano de investimentos da companhia e, especificamente, a 
            fabricação de 26 navios, com 65% de nacionalização. O segundo 
            requerimento, do deputado Vanderlei Miranda (PMDB), para averiguar 
            ação de fiscalização no shopping Oiapoque, na Capital. O 
            requerimento também propõe uma visita ao local. Presenças - Deputados 
            Vanderlei Miranda (PMDB), presidente da comissão; Bráulio Braz 
            (PTB), vice; Alberto Pinto Coelho (PP), presidente da ALMG; Eros 
            Biondini (PHS), Doutor Rinaldo (PSB), Domingos Sávio (PSDB), Gustavo 
            Corrêa (DEM), Delvito Alves (DEM), Inácio Franco (PV), Weliton Prado 
            (PT) e as deputadas Cecília Ferramenta (PT), Rosângela Reis (PV) e 
            Elisa Costa (PT).   
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